terça-feira, 25 de agosto de 2015

Books change lives ou o alimento para a alma

Podia dizer aqui tanta coisa, a começar pelo facto de isto ser a prova de que uma biblioteca é o que "Faz" e não o que "É", mas vou deixar isto para outro dia.

No  meio do campo de refugiados em Calais nasceu uma biblioteca. E funciona. Não tem um edifício com projecto de arquitectura premiado nem estantes homologadas. Tem livros que nasceram de doações porque, e tomem bem atenção às palavras que se seguem, "a biblioteca é um dos serviços considerados essenciais que é prestado com base no voluntariado". Eu vou repetir para os mais desatentos: a biblioteca é um serviço essencial, mesmo numa situação limite como é um campo de refugiados.

A sua criadora, uma professora britânica, não precisou de um único cêntimo dos muitos milhões que já foram disponibilizados para construir muros que vão separar os europeus do resto do mundo. Precisou apenas de vontade para "começar algo que pudesse oferecer ajuda real e prática". Além do serviço de leitura, a biblioteca que nasceu na selva, como é designado o campo de refugiados, "ajuda os que querem aprender a ler e escrever em inglês, a candidatar-se a empregos ou a preencher formulários".

É o alimento para a alma. É a biblioteca a exercer a sua missão da forma mais pura e vital, aqui e agora, em Calais, como há um ano, em Ferguson, nos EUA.

Fiquei emocionada. E fiquei agradecida por ter tido, algures num momento da minha vida, a oportunidade de ser bibliotecária.

Toda a história e mais histórias de bibliotecas que ajudam a mudar vidas aqui.


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