À luz da Lei de Godwin, considero-me culpada. Mas como reagir de outra forma a isto, a não ser relembrando que Hitler acreditava no mesmo?
Não se iludam, também eu quero que todas as crianças tenham uma vida digna, pais que os amem e eduquem e lhes proporcionem condições de habitação, alimentação e educação acima do satisfatório. O que há a fazer para garantir isto é dar aos pais a oportunidade de traballho para poderem assegurar o sustento da sua família. Sem caridadezinhas e sem decisões arbitrárias por parte de quem se acha moralmente superior.
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A propósito de culpa.Dos mourenses que vítimas do tribunal da inquisição souberem que tinham culpa por não terem culpa.Quando é que todos vamos prestar-lhes homenagem; gesto simples mas significativo seria o da biblioteca municipal pedir cópias desses processos em suporte digital à bilbioteca nacional e nos quais figuram como réus gentes da cidade.
ResponderEliminarIdeia interessante, a merecer uma investigação íntegra e metodologicamente adequada. Fica o repto para um dos muitos historiadores que Moura, felizmente, tem.
EliminarQuanto à intervenção da biblioteca, não é essa a sua função. Essa ideia ainda vem do tempo em que as bibliotecas desempenhavam a função de depósitos de informação, sem o adequado tratamento. Hoje, essas funções foram assumidas com qualidade pelos Arquivos Históricos.
De qualquer forma, os documentos relativos ao Tribunal da Inquisição dos mourenses estão depositados em Évora e que eu saiba, ainda não estão digitalizados.
Talvez tenha razão;seria mais um acumular de processos na biblioteca.No entanto recomendo a consulta do site da Torre do Tombo onde podem encontrar-se referências a esses processos ou talvez mesmo a sua cópia digital.Disso não tenho a certeza.E já agora porque não a B. Municipal promover um colóquio sobre a temática em causa?Mas deixe-se disso! Num período pré-eleitoral nenhum poder local dá abertura para uma discussão dessa natureza; o desafio que deixo é o seguinte:quando a sociedade civil parece estar adormecida as instituições culturais da cidade, neste caso a sua B. Municipal, deverá estar na primeira linha de promoção do debate e discussão de temas polémicos da nossa história local e mesmo nacional.Só assim poderá dar vida a esse espaço de cultura que não pode ser nem é um mero depósito de livros.
ResponderEliminarÓptimo, vejo que afinal partilhamos a visão do que deve ser uma biblioteca. Passe por lá, talvez me possa ajudar a encontrar soluções concretas. Eu tento todos os dias, mas reconheço que ao fim de tantos anos, os meus olhos já estão habituados e já não tenho a frescura de quem vê as coisas pela primeira vez. Vá lá, saia do anonimato e das sugestões vagas sobre o que deveria ser feito e ajude-me com propostas e ideias concretas, possíveis de realizar.
ResponderEliminarQuanto à abertura do poder local num período pré-eleitoral, não consigo perceber o impacto do Tribunal do Santo Ofício nos resultados eleitorais de Outubro (penso que é a essas eleições que se refere). Por outro lado, interessa a qualquer poder local a realização de actividades que mostrem o seu dinamismo, não consigo mesmo ver onde estaria o problema.
Quanto a mim, o problema na realização de um colóquio sobre este assunto estaria na inexistência de documentação suficiente de suporte, na dificuldade ou impossibilidade de contar com a contribuição de alguém que tivesse estudado mesmo o problema específico dos condenados pelo Tribunal do Santo Ofício no concelho de Moura. Confesso que não conheço ninguém...
Quanto ao acumular de processos na biblioteca, reitero o que já disse. Trata-se de documentação a ser tratada em ambiente de arquivo histórico. Não é a mesma coisa, sabe?
Sr. Drª. Agradeço o convite.Por agora não posso passar pela biblioteca. Vivo longe;pertenço a uma espécie da "diáspora" mourense da década de 1970.Quando frequentava esse local havia duas salas mais reservadas por um cordão em seda e que continham livros antigos, de capas solenes e graves, a constituir o espólio de doadores.Enfim, a uma distância de mais de 30 anos, essas duas salas eram espaços bafientos e mortos;os leitores comuns e toda uma juventude não tinha acesso àquelas obras.Não sou historiador ou com conhecimentos específcos nessa área do saber.Foram apenas sugestões que pretendi dar.Quer-me parecer que os historiadores da cidade mergulham em tempos mais remotos da história local; compreende-se, é mais cómodo, pois a análise dos períodos mais recentes envolve natural polémica e discussão;mas só com esses temas recentes e polémicos é que as bibliotecas podem chamar mais leitores e desempenhar plenamente o seu papel de divulgação da cultura.Quando visitar a biblioteca da cidade de certeza que já não irei encontrar as duas salas bafientas .Por fim deixo mais uma sugestão:Promova-se uma exposição sobre as intervenções de parlamentes mourenses nos períodos da monarquia e da I República.O site da A. República permite o pesquisar dessas matérias.
ResponderEliminarEu agradeço todas as sugestões. Na realidade há um jovem historiador a fazer investigação sobre a história mais recente de Moura. Quando cá vier passe pela Biblioteca, terei muito gosto em lhe dar a conhecer o trabalho que ele desenvolve.
ResponderEliminarAs salas que refere já não existem. A documentação foi organizada e os documentos de valor histórico seguiram para o arquivo histórico. As bibliotecas doadas mantêm-se na Biblioteca e estão a ser tratadas retrospectivamente, ou seja, quando há uma aberta no trabalho, dá-se um avanço no registo e catalogação. Infelizmente, a falta de espaço que nos aflige impede a criação de uma área reservada à investigação e à consulta deste tipo de documentos.
As bibliotecas têm de acompanhar a voracidade dos dias e, na impossibilidade física de comportar todas as suas vertentes, acabamos por dar prioridade à circulação do livro corrente, ao acesso a novas fontes de informação e a projectos de promoção da leitura que se realizam, em grande parte, fora das instalações da própria biblioteca, ao encontro dos utilizadores. "Se Maomé não vai à montanha..."
Gostei muito de "falar" consigo. Fico à espera da sua visita. Acho que tive a maior sorte do mundo na profissão que escolhi (ou que me calhou em sorte), mas sinto muitas vezes o fantasma da estagnação à espreita. Não é fácil resistir-lhe, é por isso que "ando sempre com ideias" ou que voltei à Universidade. Aquela sensação de ter um caminho para fazer é extraordinária. Por isso, não se acanhe. Esteja à vontade para sugerir, discutir, propor. Todos precisamos de boas ideias, desde que sejam viáveis.
Ah, esqueci-me! Sr. Drª. é que não. Eu chamo-me Zélia. Eu sei que é feio, feio, feio, mas é mesmo assim que me chamo.
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