quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo



O que é que gostariam mesmo, mesmo, mesmo de ter, ou de fazer?

Têm a certeza?

Então, é isso que vos desejo para 2010. Sejam felizes. Um abraço.

25 anos

"Festejar a Vida, as Canções, o Fim e o Princípio, a Chuva - se for convidada - os Refrões, as Imagens de todos os Tempos, o Mar e a Multidão. Festejar a Festa."

É assim que os Delfins se vão despedir do seu público hoje, na "sua" Baía de Cascais, após 25 anos de canções.

A banda nascida em Cascais e liderada pelo carismático vocalista Miguel Ângelo alcançou durante os últimos vinte e cinco anos um lugar ímpar na música pop nacional.

Vi os Delfins ao vivo nos claustros da "minha" Universidade de Évora, em 1991. Foi extraordinário e não vou esquecer.


Mais do que a um país
que a uma família ou geração
Mais do que a uma passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Mais do que a um patrão
A uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem

Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém

Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
De ninguém

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Obrigada



Voltem sempre!

Assembleia Municipal #4 - 29 Dez 2009

No período antes da Ordem do Dia, e na sequência das cheias que mais uma vez se verificaram na nossa região, especialmente na zona de Sobral da Adiça, a bancada da CDU apresentou uma proposta de moção exigindo à administração central a rápida intervenção em obra nos estrangulamentos que afectam a Ribeira da Perna Seca e que tantos danos têm causado à população daquela freguesia.

A bancada do PS pediu para discutir internamente o documento e após a introdução de um pedido de alteração de uma frase, a moção foi aprovada por unanimidade.

O Sr. João Gomes apresentou, em nome da bancada do PS, uma Proposta de Recomendação à Câmara Municipal para a criação de um fundo financeiro de apoio às vítimas das intempéries. A bancada da CDU, após discussão interna e na pessoa do Sr. João Ramos, apresentou uma contraproposta, em que era exigida à Administração Central a rápida intervenção no apoio às vítimas da intempérie na freguesia do Sobral da Adiça, a exemplo do que a Câmara Municipal, dentro das suas competências, tem vindo a fazer. O Sr. João Ramos justificou esta alteração pelo facto de a Câmara já estar a apoiar as vítimas, e por a proposta da bancada do PS ser demasiado abrangente e generalista, não se limitando às vítimas das cheias no Sobral da Adiça.

Após uma discussão demorada e várias intervenções, foi ouvido o Sr. Presidente da Câmara que considerou ser desnecessária a criação de um Fundo, na medida em que se trata apenas de um instrumento de trabalho que só se justificaria se a Câmara não dispusesse já dos meios legais e operacionais para apoiar as vítimas. Informou ainda que, relativamente às cheias de Outubro, a Segurança Social determinou só apoiar 4 famílias, deixando à Câmara a responsabilidade de suportar o apoio às restantes famílias.

Na continuação da discussão, com repetição de argumentos, foi sublinhada pelo Sr. Amílcar Mourão (PSD) a necessidade de conseguir um documento de consenso a dirigir a várias entidades, pressionando no sentido da prestação de apoio às vítimas. A Mesa da Assembleia apresentou então uma proposta para a redacção de um documento a enviar a todas as entidades com responsabilidades para que envidassem todos os esforços para apoiar rapidamente as famílias afectadas.

Na sequência desta proposta gerou-se algum impasse e foi apresentada pela bancada da CDU uma proposta de redacção para este documento. O Sr. Ventinhas (PS) pediu que o documento fosse apresentado por escrito, para se certificar “que as vírgulas estavam no sítio certo”, o que foi efectuado.

O documento foi aprovado por unanimidade.

Ordem de Trabalhos

1.Fiscalização dos actos da Câmara

O Sr. Orlando Fialho (CDU) cumprimentou a Câmara pela assinatura recente de contratos de parceria que garantem a obtenção de fundos comunitários para aplicação no concelho, solicitando informação sobre a sua aplicação.

O Sr. Manuel Bravo (CDU) solicitou informações sobre o processo de Gestão da Herdade da Contenda.

A Sra. Ana Caeiro (CDU) solicitou informações sobre o processo de abastecimento de água a Safara.

O Sr. Ventinhas (PS) teceu várias considerações sobre os mapas contabilísticos apresentados para aprovação, manifestando preocupação pela capacidade de realização, por parte da autarquia, das obras previstas.

O Sr. Baptista (PS) solicitou informação sobre um corte no fornecimento de água a Safara e sobre as condições em que a água se encontrava quando o abastecimento foi regularizado.

O Sr. Garrido (PS) pediu explicações sobre a existência de um plano para a zona envolvente ao Centro de Saúde, perguntando também qual o destino a dar aos terrenos actualmente utilizados como parque de estacionamento junto ao edifício dos Quartéis e junto ao Centro de Saúde. Questionou ainda a Câmara sobre duas sarjetas nas extremidades da Av. de S. Francisco e estado do piso que não facilitam o escoamento de água em dias de chuva.

O Sr. João Gomes (PS) perguntou à câmara se tem noção da capacidade do aquífero Moura – Ficalho, que abastece o concelho de Moura, uma vez que este aquífero também abastece a agricultura. Referiu ainda haver dificuldade, por parte dos agricultores do concelho, em aprovar projectos de financiamento devido à localização das suas explorações se enquadrar em zona protegida. Perguntou se existe alguma compensação financeira para estes agricultores que vêem assim a sua actividade limitada. Por fim, perguntou se a Câmara pretende dar algum uso ao “Monstro” que está no Parque de Feiras e Exposições, referindo-se ao Pavilhão de leilões de gado.

O Sr. Presidente da Câmara interveio, salientando a importância dos projectos que a Câmara subscreveu, especialmente tendo em conta o papel de liderança do concelho de Moura nestas parcerias. Os fundos serão aplicados em diversas obras cuja realização já havia sido aprovada.

Relativamente à Contenda referiu algumas dificuldades processuais na medida em que não foi ainda publicada em Diário da República a transmissão da propriedade para o Município, o que tem causado alguns constrangimentos.

Respondendo às questões sobre a água, informou ter sido alterado o sistema de captação de água, que era feito em profundidade o que provocava a absorção de muitas impurezas, para um sistema de captação em jangada, que também não tem sido fácil, devido às fortes correntes que as chuvadas dos últimos dias têm provocado.

Elucidou em seguida o Sr. Ventinhas sobre as questões de ordem contabilística colocadas.

O Sr. João Dinis (PS) interveio para agradecer a rápida presença do Sr. Presidente da Câmara no Sobral, junto da população, sempre que se registava algum problema relacionado com as cheias. Pediu ainda a intervenção da Câmara para a reparação de alguns danos que especificou.

2. Ratificação da escritura da AMGAP

Aprovada por unanimidade.

3. Concurso público para aquisição de gasóleo e de vários tipos de óleo e lubrificantes destinados às viaturas do Município.

Aprovado por unanimidade.

4. Orçamento e Grandes opções do plano para 2010

Por proposta da mesa, os dois documentos foram discutidos em conjunto.

Interveio o Sr. João Ramos (CDU) para informar que a bancada da CDU concorda com as propostas apresentadas, na medida em que correspondem às intenções expressas no Manifesto Eleitoral, que foi votado (e aprovado) pela população. Chamou a atenção para o Plano de Desenvolvimento da Saúde, por considerar que será feito um importante aprofundamento da discussão em torno destas matérias, sistematizando e organizando os recursos. Servirá ainda para pressionar de alguma forma o Ministério da Saúde no sentido de proporcionar melhores condições à população do concelho.

A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) salientou a importância do Plano Mais Educação, prova de que a Câmara está empenhada nesta questão e assume a sua posição na formação e desenvolvimento dos cidadãos do concelho. Referiu ainda a crescente delegação de competências nesta área a que as autarquias têm vindo a ser sujeitas por despachos normativos, e o esforço suplementar a que são obrigadas por não haver o correspondente acréscimo financeiro e técnico. Sublinhou a importância da integração de Moura na Rede de Cidades Educadoras e a realização de actividades para o envolvimento e cooperação de todos os membros da comunidade educativa.

Zélia Parreira (CDU): Sublinhei a importância do Programa Mais Cultura, que traduz uma aposta clara da Câmara nesta área, da qual nunca abdicou. Este programa integra as diversas actividades culturais existentes e prevê o estabelecimento de parcerias com especialistas e instituições de importância reconhecida. Pretende sensibilizar a população para as questões culturais, envolvendo especialmente os jovens, reforçando o seu conhecimento cultural e a sua participação. Fará também a divulgação do trabalho efectuado para o exterior, uma vez que tem havido alguma falha nesse aspecto, não tendo sido dado o devido conhecimento de projectos pioneiros e inovadores que a Câmara tem vindo a desenvolver.

O Sr. João Dinis (PS) solicitou informação sobre a data de início das obras na Ribeira da Perna Seca.

O Sr. Ventinhas (PS) sublinhou que a discussão do orçamento é uma discussão que tem de ser feita sobre os números e não sobre os projectos. Em relação à intervenção da Sra. Céu Rato, manifestou o seu agrado pelo facto de esta ter considerado que a Câmara desempenhava bem as funções que lhe foram delegadas, pelo que considerava que a Câmara devia ter ido mais longe na aceitação de competências. Voltando ao Orçamento considerou ser um documento “nada realista”.

O Sr. João Gomes (PS) questionou a Câmara sobre a poupança de energia nos serviços, nomeadamente a utilização de lâmpadas de baixo custo, biodiesel e carros movidos a electricidade. Relativamente ao turismo, insistiu na importância da valorização do património natural, como é o caso de oliveiras com mais de 500 anos, no património imaterial, com destaque para a música, dos produtos locais e colocou a possibilidade de instalar uma praia fluvial em Alqueva.

O Sr. Álvaro Azedo (PS) chamou a tenção para os acessos ao Mourasol, que também faz parte da cidade, merecendo os seus moradores a mesma atenção.

O Sr. João Guerreiro (PSD) solicitou algumas informações adicionais sobre o Plano de Desenvolvimento da Saúde e questionou a existência de instalações desportivas que não estão disponíveis para uso do público. Indagou ainda sobre a existência de medidas que evitem as migrações que se têm registado no concelho.

A Sra. Céu Rato (CDU) sublinhou novamente a importância das autarquias na educação, enquanto entidade mais próxima, lamentando o facto de esta não dispor de mais meios para resolver mais situações.

O Sr. António Gonçalves (ind.) manifestou a solidariedade, em nome dos Amarelejenses, à população do Sobral da Adiça. Questionou a Câmara sobre o processo de remodelação da Rede de Águas, por não ver esta obra contemplada em Plano de Actividades e acrescentou esperar pela realização das restantes obras previstas.

A Sra. Maria Fialho (PS) chamou a atenção para algumas iniciativas na área da educação, sem desvalorizar o trabalho da Câmara, nomeadamente a Semana da Comunidade Educativa, que considera ter pouca participação dos professores, pelo que deveria ser repensada.

O Sr. João Ramos (CDU) sublinhou novamente a importância da discussão das Grandes Opções do Plano, uma vez que a análise exaustiva dos números é uma tarefa técnica para a qual a Assembleia não está habilitada.

À 01h16 foi proposta a votação do Orçamento: Aprovado com 20 votos favoráveis e 9 abstenções.

Foi em seguida proposta a votação das Grandes Opções do Plano. Interveio o Sr. Ventinhas para protestar por não ter havido discussão deste ponto. Foi informado que o ponto havia sido discutido em simultâneo com o Orçamento, conforme proposta da Mesa e com a concordância dos membros da Assembleia. *

Aprovado com 20 votos a favor e 9 abstenções.

5. Mapa de Pessoal 2010

Aprovado com 18 votos a favor e 11 abstenções.

6. Protocolo de delegação de competências entre a Câmara Municipal de Moura e as Juntas de Freguesia do Concelho.

Aprovado por unanimidade.

01h29: Foi encerrada a sessão.



* Gostava de saber sobre o que é que o Sr. Ventinhas pensava que os restantes membros da Assembleia que intervieram, incluindo os da sua bancada, tinham estado a falar aquele tempo todo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Referendar ou não referendar: Eis a questão

Na Avenida da Salúquia, 34 está em debate a questão dos referendos, designadamente os que já se realizaram, bem como o "tema quente" da temporada, que é o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Como já há algum tempo que andava para escrever alguma coisa sobre o tema, deixo aqui a cópia do comentário que enviei.

Já duas ou três vezes que começo aqui um comentário, e depois apago, a pensar: Zélia, não te metas em discussões.


Mas tenho mesmo de meter a colher. Vamos por partes:

1. Casamento entre pessoas do mesmo sexo:

Nem deve ser objecto de referendo, porque são pessoas com vidas próprias e que como tal, têm o direito a tomar as suas decisões. Não aceito que ninguém possa impor a sua vontade sobre a vida de outra pessoa que lhe é estranha, só porque sim, só porque lhe apetece discordar.

Meus amigos, não tenham medo, lá por ser permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, vocês não vão ser obrigados a casar nessas circunstâncias! Mas não têm o direito de impedir que outros o façam, se é essa a sua vontade.

Não me respondam por favor com o argumento da religião. Jesus Cristo era tolerante. Pregava a tolerância, o respeito e o amor pelo próximo. É isso que estão a fazer?

Espero sinceramente que não obriguem o Estado a gastar o dinheiro que nos faz falta a todos em mais um referendo e respectiva campanha, apenas porque algumas pessoas se julgam “mais iguais que outras”.

Quanto à adopção de crianças por casais homossexuais, o que tenho a dizer é muito simples: O que me choca é o número de crianças que passam a sua vida em instituições sem oportunidade de viver numa família. Choca-me que pessoas com disponibilidade, carinho e afecto sejam impedidas de adoptar crianças que poderiam tornar felizes, apenas porque são casadas com pessoas do mesmo sexo, ou porque são solteiras, viúvas ou divorciadas. Mais uma vez é a opinião de alguns “iluminados” a interferir na vida de outras pessoas, a impedir a constituição de famílias e a obrigar crianças a crescerem numa “rede” sem rosto.

2. IVG

Participei activamente na campanha, embora contrariada. O motivo da minha contrariedade era a frustração que sentia por aquele referendo e aquela campanha serem necessários.

Nunca na minha vida interromperia uma gravidez. Fui colocada perante essa possibilidade quando fiquei grávida do meu terceiro filho, cinco meses após uma cesariana de urgência. À pergunta delicada do meu médico, a resposta foi imediata: Nem pensar. A minha decisão, que teve consequências posteriores a nível da minha saúde, valeu-me a existência do meu filho Pedro e da sua permanente boa disposição.

Mas o facto de, em qualquer circunstância, a minha resposta ao aborto ser NÃO, não me dá o direito de impedir outras pessoas de o fazerem. E acreditem, para uma mulher ou um casal ter a coragem de tomar essa decisão, os motivos têm de ser bem fortes.

Além disso, a penalização do aborto nunca impediu que ele fosse praticado. Apenas impedia que as mulheres o fizessem em condições de segurança e higiene, com o apoio médico necessário. Ou seja, sabemos que existe, mas preferimos fechar os olhos. A isto chama-se Hipocrisia.

3. Referendo ao Tratado de Lisboa

Cito as palavras de um comentador anterior: “não temos informação que nos permita ter uma opinião bem formada, mas só o facto dos nossos governantes, não nos facultarem essa informação, já é razão para ficarmos preocupados e até desconfiados.”

É uma matéria que vai afectar a vida de TODOS. É uma matéria que vai regulamentar a economia, a administração, o direito, a política e a nossa identidade. Devia ser objecto de Referendo e de verdadeiro esclarecimento (e não daquelas lutas de galos que costuma ser as campanhas eleitorais). Mas é claro que aqui, não fomos chamados a dar a opinião.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Soneto dos vencidos

Quando subi a serra, alguns troçaram,
Enquanto a multidão, em volta, ria...
E troças e risadas arranharam
Tudo o que em mim sentia e se doía.

Todos os mais, depois, me detestaram,
Por eu não ser igual à maioria.
E, fortes, contra um, cem abusaram,
Enquanto a multidão, em volta, ria…

Fartar, vilões, que estou cansado!
Eis-me – Ecce-Homo! – Nu, prostrado e atado.
Podeis lançar-me à cara os vossos lodos!

Mas eu, quanto mais sofro mais me prezo:
Só o meu orgulho iguala o meu desprezo...
E vingo-me em ter pena de vós todos.
José Régio

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Tarte de Requeijão




Tenho uma receita nova de tarte de requeijão, que experimentei ontem. É assim:

Metem-se no vosso carrinho, vão até Santo Amador e procuram pela Pastelaria Doces d'Aldeia. Fica no centro, ali coladinha à Praça. Tem Tarte de Requeijão e outros doces deliciosos, tradicionais e de fabrico diário. A proprietária, gerente e pasteleira é a minha amiga Helena Romana, que fez o favor de me dar a tal receita que experimentei ontem, sob promessa de não a divulgar...

Por incrível que pareça, esta Pastelaria também está aberta aos Sábados e Domingos, com bolos do dia, ideais para um belo lanche. Bom apetite e bom passeio.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Programação de Natal

O "Sózinho em casa" está a estrear pela 83ª vez numa das estações de tv portuguesas. Por sorte tenho uma grande família para conviver, e uma grande bateria de episódios do CSI, Monk, The Closer, Anatomia de Grey, Investigação Criminal, etc., para ver. Ainda ninguém explicou aos senhores directores de programação da RTP, SIC e TVI que as pessoas já estão cansadas de ver sempre o mesmo?

A sorte destas estações é que são gratuitas, e têm sempre clientes garantidos. Aplica-se aqui a mesma lógica de uma frase comum cá em Moura a respeito de alguns cafés: Se não estivessem na Praça, não se governavam.

Mais respeito pelos consumidores, por favor! Bom Natal.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Boas Festas!



A todos os visitantes deste humilde blogue, os votos de Boas Festas. Que os próximos dias sejam de alegria, saúde e paz.

Zélia, Inês, Mariana e Pedro

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Já nasceu o Zé Maria!

Às 13h30 de hoje, com 3670 kg. A mãe e o bebé estão óptimos.

Mais dias extraordinários

No Sábado tive a oportunidade de participar no jantar de atribuição do galardão Mourense do Ano ao Sr. João da Mouca, um homem fundamental para a criação da Biblioteca Municipal, do Arquivo Histórico e do Museu Municipal de Moura.

Domingo foi dia do almoço de Natal dos funcionários da Biblioteca Municipal de Moura, no Restaurante A Chaminé. À tarde, tive oportunidade de assistir ao excelente Concerto de Natal da SFUM Os Amarelos na Igreja de S. João Baptista. Apesar de "Leoa" dos quatro costados, tenho vários amigos n´Os Amarelos e foi um grande prazer ouvi-los.

Hoje, a partir das 16h00, terá lugar a Festa de Natal dos filhos dos funcionários da Câmara de Moura, e à noite, a Associação Cultural e Social dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Moura realizará o seu Jantar de Natal, no salão recentemente inaugurado da Associação de Mulheres do Concelho de Moura.

Mas estes dias são ainda mais especiais porque as minhas duas famílias vão aumentar: A minha irmã Patrícia está já hospitalizada para dar à luz o Zé Maria. É o irmão mais novo da Mafalda (a nossa Bá) e o sétimo neto dos meus pais.



É também mais um bebé para a nossa Biblioteca. No espaço de 13 meses (entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2010) a família da Biblioteca acolhe 6 bebés: A Letícia, filha da Sandra, o Rodrigo, filho da Vânia, o Paulo, filho da Cláudia, a Maria Inês, filha da Vera e agora o Zé Maria. Em Fevereiro nascerá o filho da Célia, que pelo que sei, se chamará Salvador.

A fotografia mais completa que tenho desta família foi tirada no casamento da colega Marta Santos, mas desde aí, crescemos muito. Temos de pensar em tirar uma nova, com toda a gente...

sábado, 19 de dezembro de 2009

"Acordo" de Copenhaga



O acordo, hoje apresentado aos 193 países membros da Convenção sobre o Clima da ONU, é um documento de apenas três páginas que fixa como objectivo limitar o aquecimento planetário a dois graus em relação aos níveis pré-industriais.

Prevê também um montante de 30 mil milhões de dólares a curto prazo (para 2010, 2011 e 2012), depois um aumento até 100 mil milhões de dólares até 2020, destinado aos países mais vulneráveis para os ajudar a adaptar-se aos impactos do desregulamento climático.

Este "acordo" difere bastante do esboço que circulava nos corredores desta cimeira e não refere o comprometimento dos países desenvolvidos com reduções de emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 80% até 2050. As metas de redução anunciadas para 2020 também não são vinculativas.

Vários países da América Latina e do Pacífico rejeitaram o novo acordo, considerando o documento minimalista, e discordam das metas apresentadas. Destacam-se aqui os pequenos países, constituídos por ilhas que poderão desaparecer com a subida do nível das águas que um aquecimento de dois graus poderá provocar.

Os países europeus aceitam o documento com reticências. As grandes decisões ficam remetidas para a cimeira do México, em Novembro de 2010.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Ensopado de borrego

Pegando no tema do post de baixo, aqui fica um prato tradicional do Alentejo:

1 peça de borrego (costumo utilizar perna ou mão) partida em bocados
azeite
1 cebola grande
4 ou 5 dentes de alho
sal
pimenta preta
3 ou 4 cravinhos
louro
hortelã
batatas cortadas aos quartos

Na panela de pressão, faz-se um refogado com o azeite, o alho e a cebola. Deita-se a carne e deixa-se corar. Durante este tempo vão-se juntando os outros temperos: o sal, a pimenta preta, de preferência moída na altura, os cravinhos e as folhas de louro partidas em bocados.

Quando a carne estiver bem corada, juntam-se as batatas cortadas em quartos e a água suficiente para o ensopado. Antes de fechar a panela de pressão, deitam-se uns raminhos de hortelã (não é preciso muito).

Fecha-se a panela de pressão, e deixa-se cozer 10m a partir do momento em que começa a apitar.

Bom apetite.

Leitura com sabor



A livraria Ao Sabor da Leitura vai apresentar amanhã, pelas 15h30, o livro Fialho : gastronomia alentejana, da autoria do nosso conterrâneo Alberto Franco.

Além do autor, o próprio Sr. Fialho, proprietário do famoso restaurante de Évora, estará presente nesta sessão organizada pelo André Ferreira, corajoso proprietário da Livraria.

O livro tem um prefácio de Henrique Granadeiro, em que é feito o enquadramento de Évora e do Fialho, na vivência do seu autor.  ”A história do Fialho, que agora é contada em letra de forma para testemunho de vindouros, é uma bela lição de coragem e um caso exemplar de visão estratégica.”

O livro está dividido em seis capítulos: O primeiro é dedicado ao progenitor e primeira descendência e com o título “Filho de Mariana Letrada”. É a história do princípio da geração que transformou e prestigiou o famoso restaurante. O segundo, “A Taberna de Manuel Fialho” para além do texto e em continuação cronológica do anterior, apresenta um conjunto de receitas de Petiscos. O terceiro, “Casa de Comidas de Manuel Fialho”, segue a história mas agora com receitas de Doses. O quarto, “Mascarenhas Bar”, com receitas de Pratinhos. O quinto, “Restaurante Fialho”, apresenta as receitas de Especialidades. O sexto, “A fraternal cozinha” remete-nos para a actualidade do restaurante.

Pelo amável convite do André, e porque reúne duas das minhas paixões (livros e comidinha), amanhã lá estarei. E vocês, têm alguma coisa melhor para fazer?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Com suores frios na sola dos pés

Foi como eu fiquei à 1h37 da madrugada de hoje. Não tive qualquer dúvida de que era um tremor de terra e fiquei paralisada, especialmente porque não tinha a mínima ideia do que deveria fazer caso o sismo fosse mais intenso ou tivesse durado mais tempo.



Entretanto, encontrei esta página, com informação e indicações compiladas pela TSF, sobre o que fazer em caso de sismo.

Poema do amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Domingos na Biblioteca?

A questão está na ordem do dia na Alemanha. Em Portugal seria certamente motivo para um debate "Prós e Contras": De um lado, a Lei do Trabalho e o direito ao merecido descanso por parte dos funcionários. Do outro, a possibilidade de pais e filhos aproveitarem o fim-de-semana para visitarem a Biblioteca, juntos.

A polémica gira (ainda) neste momento à volta das bibliotecas de grandes aglomerados populacionais. Em Portugal, muitas bibliotecas têm tentado inverter a lógica do horário "das 9 às 5", abrindo as suas portas em horários que não coincidem com o período de trabalho/aulas dos seus potenciais leitores.

Se resulta? Dificilmente. Por desconhecimento, ou porque a Biblioteca não tem capacidade de atracção suficiente, verificamos que, nos horários nocturnos, ou de fim-de-semana, a Biblioteca tem registos de utilização residuais, que dificilmente justificam o custo de abertura e funcionamento dos serviços. Os utilizadores têm hoje um nível de exigência que não se compadece com boas-vontades e "desenrascanços". São necessárias infraestruturas e serviços bem equipados, modernos, acessíveis e atractivos.

Então porque insistimos em abrir ao fim-de-semana? Porque temos também uma função educadora: Educar hábitos, oferecer possibilidades, abrir horizontes. E nada disto se consegue com uma porta fechada.



Horários das Bibliotecas do Concelho de Moura (15 de Setembro a 14 de Junho)

Biblioteca Municipal de Moura
Segunda a Sexta - Das 10h00 às 19h00
Sábado - Das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00
Pólo de Amareleja
Segunda - Das 10h00 às 18h00
Terça a Sexta - Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00
Sábado - Das 10h00 às 12h30
Pólo de Sobral da Adiça
Segunda a Sexta - Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00
Pólos de Santo Amador, Safara, Santo Aleixo da Restauração e Póvoa de S. Miguel
Segunda, Terça, Quinta e Sexta - Das 14h00 às 17h30
Quarta - Das 14h00 às 19h00
Sábado - Das 14h00 às 18h00
Está neste momento em estudo uma proposta de harmonização dos horários de todas as Bibliotecas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Inês Gonçalves, fadista do Alentejo y dos Algarves

A minha amiga Inês Gonçalves arrecadou ontem mais um galardão na sua carreira, ao vencer a 9ª edição do Concurso de Fado Cidade de Portimão, realizado no grande Auditório Municipal do Teatro Tempo.

Agora queremos ver-te na Grande Noite do Fado e depois, sabe Deus até onde podes ir.

Muitos parabéns, mais uma vez. Um grande abraço para ti, amiga. Eu sabia que tu eras uma mulher de muita força e isto ainda só é o princípio de tudo o que podes conquistar.

Nota: Estou à espera de fotografias, não te descuides, Zé Francisco.

Uma aventura na Biblioteca - As fotografias

A aventura aconteceu mesmo na noite do passado Sábado. Obrigada aos Escuteiros, gostámos muito de vos ter cá.

Obrigada Patrícia, Marta, Elsa e Ana. Mais uma vez disseram "Presente" e possibilitaram a realização desta actividade, organizando tudo com o maior cuidado e carinho. É fácil aceitar desafios quando sabemos que podemos sempre contar com uma equipa de trabalho profissional e dedicada.

Bem, o prometido é devido. Aqui estão as imagens, pelas objectivas da Patrícia Valério e da Marta Santos.




A chegada à Biblioteca




Visita guiada






Os jogos da noite






A hora do conto




A hora de dormir...


...e a hora de acordar


O pequeno-almoço

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ler, muito prazer

- Mãe, já acabei de ler o livro para Português.
- E que tal, gostaste?
- Sim, mas tive tanta pena de o acabar... Não há continuação?
A minha filha Mariana acaba de descobrir o verdadeiro e insubstituível prazer de ler.

Adenda:
E a propósito de leituras, encontrei estes dois vídeos em blogues amigos (destes que estão aqui à esquerda). São falados em castelhano, mas dá para perceber. Vejam:



Isto é muito interessante

Sobretudo se pensarmos no papel preponderante que o Mediterrâneo assumiu durante séculos. Uma alteração geológica e...zás! Um deserto dá origem ao nascimento, crescimento, desenvolvimento e evolução de Civilizações absolutamente determinantes para a História da Humanidade. É, literalmente, a criação do mundo que conhecemos. Por enquanto é apenas um estudo, mas é uma teoria para acompanhar com muita atenção.

A maior inundação da história deu origem ao Mar Mediterrâneo moderno
O período de seca do Mediterrâneo terminou bruscamente há 5,3 milhões de anos quando as águas vindas do Atlântico jorraram para o Mediterrâneo com um caudal que chegou a ser 1000 vezes superior ao Rio Amazonas, e que permitiu o enchimento da bacia mediterrânica em apenas dois anos.
Nos anos noventa os engenheiros responsável pela escavação do túnel que faria a ligação entre a Europa e a África depararam-se com um sulco de várias centenas de metros de profundidade preenchido por sedimentos não consolidados. Na altura, o achado foi atribuído a algum rio de grande caudal do tempo em que o Mediterrâneo secou.
No entanto, segundo um estudo agora publicado na Nature e levado a cabo por investigadores espanhóis e franceses o sulco foi formado pelo jorro de água proveniente do oceano atlântico que originou o enchimento de bacia mediterrânica.
Segundo explicou Daniel García-Castellanos, primeiro autor do artigo agora publicado, “O nosso trabalho demonstra que, quando as águas do Atlântico voltaram a encontrar passagem através do estreito, provavelmente como consequência de um afundamento tectónico, o desnível entre os mares, de cerca de 1500m, desencadeou a maior e mais abrupta inundação que se conhece na Terra, deixando uma erosão no fundo marinho [entre o golfo de Cádiz e o mar de Alborão] de cerca de 200km de comprimento e 8km de largura.
De acordo com García-Castellanos, o caudal da coluna de água chegou a ser 1000 vezes superior ao do actual rio Amazonas, originando uma subida do nível do mar da ordem nos 10m por dia e enchendo a bacia mediterrânica em apenas dois anos. Em vez de uma cascata, o que ocorreu foi uma descida gradual do Atlântico até ao Mar de Alborão (a parte mais ocidental Mar Mediterrâneo) numa espécie de megarrápido em que a água circulava a mais de 100Km/h.
O investigador é da opinião que a rapidez do processo de enchimento da bacia mediterrânica pode ter tido impactos relevantes no clima, o que não ainda foi investigado com detalhe. “Uma alteração tão grande e abrupta na paisagem terrestre como a que deduzimos poderia proporcionar um laboratório natural para o estudo da resposta climática do nosso planeta”.
Por outro lado, os cientistas esperam que as descobertas da equipa ajudem na planificação das obras do túnel, condicionadas pela presença do canal erosivo resultante da inundação.
Retirado daqui.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Declaração Universal dos Direitos do Homem



Artigo 1.º
(Liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens)

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2.º
(Universalidade dos direitos do homem)
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 3.º
(Direito à vida, a liberdade e à segurança)
Todo o indivíduo tem direito a vida, a liberdade e a segurança pessoal.

Foi proclamada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948. Estaremos mesmo a cumprir a nossa parte?

Nota: Só publico três artigos para não tornar o post muito pesado, mas o documento integral pode ser lido aqui.

A mais bonita de todas as músicas de Rui Veloso

Tem de se aprender a gostar, mas é extraordinária.



Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Associação Cultural e Social dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Moura



Realiza-se hoje, às 17h30, na sala de reuniões do Departamento Técnico da Câmara, a Assembleia Eleitoral para a eleição dos órgãos sociais da ACSTCMM para os próximos dois anos.

Apenas uma lista se apresentou ao acto eleitoral, tendo sido designada por lista A, com seguinte composição:

Assembleia-Geral


Presidente          - Vania Susete dos Santos Marujo
1º Secretário      - Patrícia Alexandra Dimas Valério
2º Secretário      - Patrícia Isabel Charraz Parreira Miguel Gorrão
Suplentes           - Odete Fialho; Dora Serrado

Direcção

Presidente          - Vítor Manuel Combadão Ramalho
Vice-Presidente - Ana Maria Charrama Farinho
Secretária          - Maria Leonor Roque Brito de Carvalho Pelica
Tesoureira         - Vanda Maria Clérigo Fialho
Vogal                - Zélia Maria Charraz Parreira
Vogal                - José Francisco Rodrigues Finha
Vogal                - Marta Isabel Candeias Santos
Suplentes          - Fátima Linhas Roxas; Maria de Jesus Mendes

Conselho Fiscal

Presidente         - João Pereira Lobo
Vogal                - Ana Paula Patinhas
Vogal                - Orlando Fialho
Suplentes          - Paulo Limpo, Luís Santos

Entretanto, está já a ser divulgado o Jantar de Natal da Associação, que decorrerá no próximo dia 21 de Dezembro. Aqui fica o convite.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Já passaram dez anos...

Tenho razão de sentir saudade
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
Carlos Drummond de Andrade , A um ausente

O tempo não apagou o vazio, não alargou este nó que nos sufoca, não apagou a tua voz.
O sol continua a nascer todos os dias, eu sei, mas os teus olhos já não o vêem. Zeza, sinto muito a tua falta.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Uma aventura na Biblioteca


Cerca de 15 Lobitos do Agrupamento nº 314 do Corpo Nacional de Escutas de Moura vão passar a noite de Sábado (12 de Dezembro) para Domingo na Biblioteca Municipal de Moura.

Esta iniciativa, que se insere nas actividades de campo daquele Agrupamento, veio de encontro à nossa política de abertura à comunidade, com o objectivo de afirmar a Biblioteca como um espaço vivo e dinâmico ao serviço da População.

Esta noite poderá constituir uma experiência piloto para nós, uma vez que já por diversas vezes havíamos abordado esta hipótese, na comemoração do Dia Mundial do Livro, ou no aniversário da Biblioteca. Por isso, caso corra bem, é provável que se realizem outras edições desta Aventura, abertas aos nossos leitores.

Para já, e especialmente para os Lobitos do Agrupamento 314, a nossa equipa está a preparar algumas actividades para o serão, nomeadamente jogos de pesquisa e claro, uma Hora do Conto especial. Prometo  que depois coloco aqui algumas fotografias.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Hoje



Programa da VIII Feira da Vinha e do Vinho

Dia 5 (Sábado)
09.00 H - TT Rota dos Vinhos de Amareleja 2009 – concentração no “Largo do Regato”
20.00 H - Sessão de Inauguração da Feira
21.00 H - Actuação dos Grupos: Coral Masculino da Casa do Povo de Amareleja e Coral Feminino “Espigas Douradas”
22.30 H - Actuação da “Tuna Sabes” da Escola Superior de Educação de Lisboa

Dia 6 (Domingo)
9.00 H - Actuação do grupo de música tradicional Portuguesa “Cantes do meu Cante”
21.00 H - Actuação do grupo espanhol “Sones Romeros” de Ensinasola (Huelva)
22.30 H - Actuação do grupo “Quarteto Eléctrico”

Dia 7 (Segunda-feira)
20.00 H - Actuação dos Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense
21.00 H - Concerto de Acordeões

Dia 8 (Terça-feira)
18.00 H - Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense

Horário da Feira:
Sábado: 20.00 – 24.00 Horas
Domingo e Segunda-Feira: 11.00 – 24.00 Horas
Terça-feira: 11.00 – 20.00 Horas

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Porque está na ordem do dia...

Robalo à moda da minha mãe

2 robalos  frescos
3 cebolas
1 ramo de salsa
1 dente de alho
1 lata pequena de tomate picado
3 colheres de sopa de azeite
1 colher de banha
vinagre, sal e colorau q.b.
batatas cortadas em quartos

Escame, amanhe e lave o peixe.
Forre o fundo de uma assadeira com cebolas às rodelas, alho, o tomate picado, a salsa e coloque o robalo, dispondo as batatas à volta.
Tempere com um pouco de vinagre, sal, colorau, banha e azeite. Podes juntar um pouco (pouco!) de água para ajudar a cozer as batatas
Asse em forno médio até ficar alourado.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ainda a nossa (i)literacia

Somente um em cada cinco portugueses possui nível médio de literacia. O que causa prejuízos directos no potencial de desenvolvimento do país. As conclusões constam de um estudo apresentado na Gulbenkian.
Segundo o relatório realizado pela Data Angel, a pedido dos coordenadores do Plano Nacional de Leitura (PNL) e apresentado ontem na Gulbenkian, apenas um em cada cinco portugueses possui o nível médio de literacia. Na Suécia, a correspondência é de quatro em cada cinco suecos.
Literacia é a capacidade de ler e compreender o que se lê para resolver problemas concretos. Esta aptidão em Portugal, refere o relatório, é muito baixa. "Portugal apresenta os níveis mais baixos de competências de literacia de entre todos os países observados", referiu o coordenador do projecto, Scott Murray.

Assembleia Municipal #3 - 02 Dez 09

A Ordem de Trabalhos de ontem compreendia apenas dois pontos, que já "transitavam" da sessão anterior:

1. Proposta de contratação de empréstimo para obras comparticipadas por fundos comunitários;
2. Proposta de contratação de empréstimo para investimentos.
Por proposta do Sr. António Ventinhas (PS) e com o acordo da mesa, foram discutidos conjuntamente os dois pontos na generalidade.

O Sr. Ventinhas apresentou uma extensa lista de críticas de ordem formal ao documento apresentado para apreciação, ao que o Sr. Presidente da Câmara respondeu considerar que a Assembleia tinha em seu poder todas as informações necessárias para o acto em questão, uma vez que estava em causa a aprovação da contratação de empréstimos e não a qualidade, oportunidade ou prioridade das obras incluídas na lista de investimentos a financiar e que, na devida altura, seriam apreciados.

O Sr. João Dinis (PS) manifestou a sua satisfação pela inclusão da intervenção na Ribeira da Perna Seca no conjunto das obras a financiar, lamentando apenas a demora verificada.

O Sr. Joaquim Batista (PS) solicitou informação sobre a concretização das obras do Programa Terra em Safara.

O Sr. Ventinhas (PS) voltou a colocar questões de ordem prática e administrativa referentes ao documento.

O Sr. João Gomes (PS) manifestou ter imensa dificuldade em interpretar e analisar o documento que lhe fora enviado. Considerou ainda que encarar o património como motor de desenvolvimento do turismo é ter uma perspectiva extremamente redutora, uma vez que a identidade e o "savoir faire" do concelho têm muito mais a oferecer do que o património que considera discutível, quando comparado com a concorrência. Considera ainda o investimento em equipamentos culturais questionável, em tempos de crise.

O Sr. António Gonçalves (ind.) considerou também que o documento para apreciação estava mal explicado, nomeadamente quanto à localização das obras e manifestou o seu incómodo pelo facto de se construir uma piscina na Amareleja quando não há água nas torneiras.

O Sr. Manuel Bravo (CDU) salientou que a apreciação específica dos projectos não é da competência específica da Assembleia. Defendeu ainda que o documento em apreciação explicava o destino a dar ao dinheiro objecto de empréstimo. Referiu ainda, no que se refere à Ribeira da Perna Seca, ser um problema muito antigo, do qual ninguém quis assumir a responsabilidade, nem sequer a tutela. A resolução do problema implica a realização de obras a montante, o que implica o envolvimento do Ministério. No entanto, já por duas vezes foi recusada, a nível do poder central, a inclusão de verbas no PIDAC para a realização das obras necessárias.

O Sr. João Ramos (CDU) pediu à mesa que houvesse mais cuidado na elaboração dos documentos, para que o Sr. Ventinhas não fosse obrigado a fazer intervenções tão extensas. Chamou a atenção para o facto de 1/3 do investimento total ser destinado a intervenções em linhas de água, que eram da competência do Ministério.

O Sr. Amílcar Mourão (PSD) reforçou a ideia de que deve haver maior cuidado na elaboração dos documentos. Pediu ainda que, durante este mandato, fossem resolvidas duas questões que se arrastam há demasiado tempo no nosso concelho: A Ribeira da Perna Seca e o abastecimento de água às freguesias.

O Sr. Ventinhas (PS) argumentou que provavelmente a Câmara não foi capaz de fazer "lobby" suficiente para pressionar o poder central a resolver a situação. Importa pressionar o INAG para o financiamento das obras, uma vez que o intervalo entre as duas últimas cheias foi de apenas 12 anos.

O Sr. João Dinis (PS) voltou a intervir para declarar o seu apoio à Câmara, pelo esforço que estava a desenvolver para a resolução da situação na Ribeira da Perna Seca.

O Sr. Francisco Farinho (CDU) também interveio, sublinhando o facto de o pedido dos empréstimos a contrair ter bem especificado os fins e rubricas a que se destinam.

Procedeu-se então à votação, sendo a designação das propostas alterada por pedido do Sr. Ventinhas (PS):

1. Proposta de contratação de empréstimo para obras comparticipadas por fundos comunitários, no valor de 4 400 000 €, conforme previsto no mapa anexo 2.
Aprovado por unanimidade.
2. Proposta de contratação de empréstimo para obras não comparticipadas por fundos comunitários, no valor de 5 400 000 €, conforme previsto no mapa anexo 3.
Aprovado por unanimidade.
---------------------
Só para esclarecimento, estava em causa o financiamento de obras como:
  • a já muito falada intervenção na Ribeira da Perna Seca no Sobral da Adiça;
  • a requalificação da Mouraria, da Piscina Municipal e do Mercado Municipal;
  • a ligação da Rede de Esgotos da ETAR de Moura;
  • a remodelação da Rede de Águas e Saneamento do Sobral da Adiça;
  • a requalificação dos Largos da Rua da Fonte Nova, Rua da Escola e Praça General Humberto Delgado na Amareleja;
  • a requalificação da Rua da Fonte de Arouche, em Santo Aleixo da Restauração;
  • a requalificação da zona envolvente do Mercado e Junta de Freguesia de Sobral da Adiça;
  • a piscina de Amareleja
  • o Pavilhão Multiusos das Cancelinhas, em Amareleja
Queria ainda referir que isto não é uma acta, embora desta vez pareça mesmo. Retirei apenas a informação que me pareceu útil e relevante. Obviamente, embora me esforce muito para o evitar, acaba por ter sempre um pouco de subjectividade, porque o que eu acho importante talvez seja considerado "discutível" por outros.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres

Aquilo que transmite informação faz homens e mulheres livres. E uma das lacunas de Portugal - por falta de hábito, de experiência, de cultura - é não ter cidadãos livres, informados, capazes de participarem de modo independente na vida pública.

(...) décadas de abertura com a emigração, a televisão, o turismo e, depois do 25 de Abril, as liberdades, as viagens, a integração europeia, a adesão, a liberdade do comércio. Os portugueses ficaram a conhecer o que há de melhor no mundo e portanto a ambicionar o que há de melhor no mundo. As pessoas querem ter o sistema médico sueco, o escolar dos noruegueses, as estradas dos alemães, os automóveis dos ingleses. Ambicionar uma coisa medíocre é em si mesmo um sinal de mediocridade. Os portugueses querem o máximo, simplesmente não são capazes de fazer o máximo: não têm organização, nem capital, nem empresas, nem experiência, nem treino.
(...) já estamos atrasados há 250 anos, porque perdemos 15 ou 20 anos com a guerra colonial, com uma ditadura que durou, durou, com uma Revolução que fez disparates, disparates. Tivemos de revolucionar e fazer a contra-revolução, nacionalizámos e privatizámos. Foi uma perda de tempo, de recursos, de energia e abriu feridas. Ainda hoje noto que Portugal tem uma maneira de fazer política mais crispada que muitos países da Europa. O primeiro-ministro, o chefe da oposição, os partidos da oposição falam uns com os outros no Parlamento aos gritos, evocando problemas de honra, evocando a mentira, a coragem, a vigarice. Nos debates parlamentares de Madrid, de Paris, dos Estados Unidos, ou até de Itália vemos que as pessoas são capazes de falar racionalmente, com bons modos e educação, sem que lhes falte energia ou têmpera. Mas nunca com esta crispação portuguesa, que se vem mantendo ao longo dos últimos 20 ou 30 anos. No fundo, o facto de os portugueses serem os mais pobres dos mais ricos cria uma terrível frustração... Fazendo parte dos ricos - parece paradoxal mas é verdade, há 150 países mais pobres que nós -, somos o último deles, e isso aumenta-nos a frustração. A distância entre o que temos e o que gostaríamos de ter é muito maior que noutros casos.
(...)comparando com países que tiveram recentemente de fazer profundíssimas reformas, como a República Checa, a Polónia, a Hungria, a Eslovénia, dou-me conta de que estão a ir mais depressa e melhor que nós. Estão mais consolidados e, tendo menos anos de democracia, parece que têm mais. Têm melhor cultura, melhor formação e usam muito melhor que nós os meios que têm.
Que mais falta?
Falta literacia. Tínhamos há 30 anos a mesma taxa de analfabetismo que a Inglaterra de 1800. Em matéria de alfabetização havia 150 anos de atraso. Porque é que os portugueses não lêem jornais? A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação. Quem vê televisão está geralmente em posição passiva.
Mas hoje a imagem é rainha. O apetite por um jornal nunca igualará o da televisão...
Mas quem tem como informação exclusiva a televisão subordina o raciocínio, o pensamento, o estudo, o lápis que toma as notas, às emoções. É mais fácil ser livre e independente com um papel na frente do que diante de uma imagem que é fabricada com som e se dirige às emoções e aos sentimentos e não à razão - ou pouco à razão. Sou consumidor de televisão e da net, mas o que quero dizer é que, ao contrário de todos os países europeus, quando os portugueses começaram a aceder à escola e a aprender a ler, nos anos 50 e 60, já havia televisão. Não se fez o caminho que todos os outros países da Europa fizeram, que foi dois séculos a lerem jornais e só depois com uma passagem gradual para a rádio e para a televisão.
(...)
Hoje estamos na "vida normalizada", em que os políticos fazem carreira e ela pode produzir pessoas interessantes, ou não. Não é uma vocação, é uma carreira. Diz-se que muitas pessoas competentes saíram da política mas fizeram-no porque dantes ela era uma vocação que se confundia com uma causa. Hoje há certamente pessoas capazes, o que têm é uma maneira muito diferente de fazer política.
Porque se fala tanto, há cinco ou seis anos, de um crescendo da propaganda política? Porque a vontade não é que as pessoas participem, mas que se limitem a subscrever, e passivamente. Se se quiser participação, há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade.
Nunca houve como hoje um governo tão praticante da propaganda?
Há 15 anos que vem aumentando, aumentando... O último governo foi o que teve mais vontade e mais meios - que hoje são fantásticos: empresas, agências, inúmeras pessoas a trabalhar com esse objectivo...
(...)Em Portugal quase toda a gente depende do Estado, do governo, das instituições públicas oficiais, dos superiores, dos empregadores. Não há verdadeiros focos de independência. Depende-se de muita coisa: do alvará, de ter autorização, de ser aceite, da boa palavrinha do bom secretário de Estado que diz ao bom banqueiro que arranje uns bons dinheirinhos para fazer o investimento. A dependência é enorme. Não é asfixia, uma vez mais, é dependência. As pessoas têm receio pelo seu emprego, pelo seu trabalho, pelo trabalho da família. Conheço algumas que até têm receio de falar...
O país está muito doente?
Está dependente, doente não. Há um fenómeno de esgotamento, de cansaço. Entre 1960 e 1995 houve uma verdadeira cavalgada: fomos o país que mais cresceu e se desenvolveu na Europa, com uma mudança demográfica completa, outra nos costumes, algo de absolutamente fantástico! De repente chegámos a 90 ou 95 e percebemos que não tínhamos inovado nem criado muito... Fizemos auto-estradas - qualquer país com um cheque na mão as faz -, mas não fizemos novas empresas, novos projectos, novos produtos. E perdemos muito do que tínhamos: demos cabo da floresta, demos cabo da agricultura, demos cabo do mar. Três coisas imperdoáveis, três erros históricos. E não sei se ainda é possível voltar a prestar atenção à floresta, à agricultura, ao mar...
No Portugal de hoje que há que valha a pena?
Há coisas que se conseguiram: nas telecomunicações, na organização da banca, um bocadinho na universidade, outro bocadinho na ciência, numa ou outra indústria, na distribuição dos produtos de consumo diário (que está muito bem organizada). Mas são as excepções. No resto, importamos 4/5 do que comemos. Hoje, no produto nacional, 3% ou 4% são agricultura e alimentação, 20% ou 25% são indústria. Ou seja, produtos novos, feitos em Portugal, são 30%, menos de um terço. Que vamos exportar daqui a dez anos? E daqui a 20? Serviços? Quais? Financeiros, bancários, serviços de informações, serviços de quê? Estamos a quilómetros e quilómetros de distância da capacidade de exportação de serviços da Espanha, de Inglaterra, da França, dos Estados Unidos... Novas coisas, novas indústrias, novos projectos, novos planos, novas ideias, fizemos muito pouco. Chegados a 95, 96 ou 97, começaram a aparecer os países de Leste, apareceu a China, apareceram os grandes concorrentes. No fim da década de 90 já a Irlanda estava à nossa frente com inúmeras reformas feitas - embora hoje se encontre em dificuldades -, a Espanha também, e até a Grécia já nos estava a ultrapassar...
Que conclusão se impõe tirar? E isto para não lhe perguntar que caminho pisar...
Se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado. Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres.
Excertos da entrevista de António Barreto a Maria João Avillez, no jornal i.

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Celebra-se amanhã, dia 3 de Dezembro. A Câmara Municipal de Moura, à semelhança do que vem acontecendo nos últimos anos, vai renovar os Protocolos com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Moura para a inclusão na vida activa de utentes daquela instituição.

Na Biblioteca temos o privilégio de apoiar a integração profissional do David Infante e mais recentemente, da Telma Almeida. A Câmara tem ainda integrados nas suas equipas os jovens Inácio (Apoio aos Transportes), Roberto Carlos (Carpintaria), Luís (Piscinas) e Ana (Ludoteca). A Junta de Freguesia de S. João Baptista também acolhe na sua equipa a Cristina Fialho.

Enquanto "Tutora", posso dizer que esta tem sido uma experiência sobretudo reconfortante. É muito bom saber que podemos contribuir de alguma forma para que outras pessoas possam ter uma vida digna, que possam sentir que são úteis à sociedade, que têm um papel a desempenhar.

A assinatura do Protocolo é pública e realiza-se amanhã, pelas 14h00, na Sala de Sessões da Câmara Municipal de Moura.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Reconhecimento devido

A minha amiga Inês Gonçalves venceu ontem a Grande Noite do Fado do Algarve, que se realizou em Faro. Este prémio é mais do que merecido e revela bem a qualidade da voz e a sabedoria na interpretação da Inês.

Muitos, muitos parabéns!

Adenda: O Zé Francisco, babado de orgulho, fez o favor de me enviar umas imagens da noite, que partilho aqui:




segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A minha primeira Assembleia

As Assembleias Municipais são, infelizmente, pouco participadas pelo público. 99,9 % da população não faz ideia do que lá é debatido, das resoluções tomadas ou das opções assumidas, todas elas decisivas para o rumo do nosso concelho.

Como sou estreante nestas andanças, vou procurar partilhar o trabalho desenvolvido em Assembleia. Acho que tenho o dever de prestar contas. Aqui fica o registo da primeira sessão (que por acaso é a segunda, uma vez que já reunimos aquando da tomada de posse), segundo a Ordem de Trabalhos:

1. Aprovação do Regimento da Assembleia Municipal
Foi proposta a constituição de um grupo de trabalho para preparação do documento. O grupo será constituído pela Mesa da Assembleia (José Gonçalo Valente, Isabel Migas e Céu Rato) e um elemento de cada força política com representação, a saber: Manuel Bravo (CDU), Amilcar Mourão (PSD) e António Ventinhas (PS).
2. Designação de um Presidente de Junta de Freguesia e seu substituto para representar as Juntas de Freguesia do Concelho na Associação Nacional de Municípios Portugueses

Foi aprovada com 15 votos a favor e 14 votos em branco a proposta A, e eleita como representante Helena Romana (JF Santo amador) e como substituta Ana Maria Caeiro (JF Safara).
3. Designação de um Presidente de Junta de Freguesia e seu substituto para representar as Juntas de Freguesia do Concelho na Assembleia Distrital de Beja
Foi aprovada com 15 votos a favor e 14 votos em branco a proposta A, e eleito como representante José Armelim (JF São João Baptista) e como substituto José Manuel Godinho (JF Santo Aleixo da Restauração).
4. Designação de um Presidente de Junta de Freguesia para representar a Assembleia Municipal no Conselho Cinegético Municipal
Foi aprovada com 15 votos a favor a proposta A, e eleito como representante  José Manuel Godinho (JF Santo Aleixo da Restauração). A proposta B (João Dinis, PS) obteve 11 votos e foram registados 3 votos em branco.
5. Designação de três Presidentes de Junta de Freguesia e sete cidadãos de reconhecida idoneidade para integrarem o Conselho Municipal de Segurança do Concelho de Moura
Foi aprovada por unanimidade a proposta da Mesa que compreendia:
  • a eleição de um representante de cada partido político com assento na Assembleia, a saber: José Armelim (JF São João Baptista), Rui Almeida (JF Póvoa de S. Miguel) e João Dinis (JF Sobral da Adiça).
  • a nomeação de sete cidadãos a saber: Joaquim Santos, Luiz António Ramos, Carlos Alhinho Bacalhau, Ana Benedita Caro, Edite Ramos, Francisco Alcantara e Manuel Ramalho.
6. Designação de um representante da Assembleia Municipal para a Comissão de Licenciamento Comercial

Foi aprovada com 15 votos a favor e 14 votos em branco, a proposta A, e eleita como representante Isabel Migas
7. Designação de representantes da Assembleia Municipal para o Grupo de Trabalho do Trânsito

A CDU propôs a nomeação de Orlando Fialho, e o PSD propôs a nomeação de João Guerreiro. O PS optou por não apresentar nenhuma proposta por se tratar de um Grupo de Trabalho e não de uma Comissão. A proposta contendo os dois nomes citados foi aprovada com 18 votos a favor e 11 abstenções.
8. Designação de representantes da Assembleia Municipal para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

Por proposta da Mesa, com o acordo de todos os membros da Assembleia foi proposta a designação do Presidente da Assembleia e de um representante de cada um dos partidos, a saber: Orlando Fialho pela CDU, Maria Fialho pelo PS e João Guerreiro pelo PSD. A proposta foi aprovada por unanimidade.
9. Designação de um representante da Assembleia Municipal para a Comissão Municipal de Assuntos Taurinos

Foi aprovada com 15 votos a favor e 14 votos em branco, a proposta A, e eleito como representante José Armelim.
Os pontos 10 e 11 da ordem de trabalhos não puderam ser discutidos por falta de documentos nos respectivos processos, pelo que serão discutidos em nova sessão da Assembleia, a realizar no dia 2 de Dezembro.

Acho que merece honras de post

Obrigada amiga Zélia.

Depois de uma busca incansável, e contra as previsões mais pessimistas, encontrei o meu Karkov.
Nada nesta vida se consegue sem uma boa dose de optimismo, sorte e muita persistência. Posso dizer que, as minhas gargalhadas voltaram...:)
Ver aqui.
Ana
Confesso-te que eu não tinha muitas esperanças. Ainda bem que tu és diferente. Fico muito, muito contente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tarte de Limão

1,5 pacote de bolacha maria (+ ou - 300 gr.)
150 gr de margarina
1 lata de leite condensado
1 limão
2 ovos
2 colh. sopa de açúcar

Esmagam-se as bolachas, junta-se a margarina derretida e mistura-se bem. Forra-se uma forma de tarte com esta mistura, pressionando bem. Vai ao congelador durante alguns minutos, o suficiente para a margarina solidificar.

Mistura-se o leite condensado com o sumo e a raspa de limão e, quando estiver bem misturado, juntam-se as gemas, batendo bem. Deita-se esta mistura por cima da base da tarte. Vai a forno médio durante 10 minutos.

Batem-se as claras em castelo, juntamente com o açúcar (eu deito um pouco mais de açucar, mas não quero que vocês abusem). Retira-se a tarte do lume, deita-se por cima o preparado das claras, deixando de preferência algumas formas irregulares, para ficar mais bonita. Vai alourar em forno médio, durante cerca de 5 minutos.

Como diziam os meus filhos quando eram pequeninos, é "beliciosa".
Bom fim-de-semana!

Para apimentar o fim-de-semana



“Vocês os três… façam um quadrado!”, frase de Jorge Jesus, é apenas uma das muitas citações que o jornalista João Pombeiro reuniu no livro “30 Anos de Mau Futebol”, que hoje chega às livrarias numa edição da Quetzal.
Notícia aqui.

Eu sei que devia estar caladinha, porque as perspectivas não são boas, mas afinal, e citando mais uma das frases desta obra, "jogar à defesa pode ser uma faca de dois legumes".

Independentemente do resultado, espero que vencedores e vencidos tenham um comportamento à Sporting: Digno. Durante esta semana, nem pudemos abrir a boca. Pus um post sobre o apuramento do Sporting, disseram-me logo que eu era pior que a "Évora". Mas se o resultado for desfavorável para o meu clube, nem quero pensar no que aí vem...

Estamos condenados?

População portuguesa estagnada, interior cada vez mais desertificado
No ano passado a população portuguesa praticamente estagnou, com um crescimento de 0,09%. Os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados nos Anuários Estatísticos Regionais mostram que essa evolução foi muito desigual e foi raro o concelho do interior que não perdeu população.

  Notícia completa aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Metem-se em modernices, é o que dá.

Canadiana perde baixa depois da seguradora aceder ao Facebook


Uma canadiana que está sem trabalhar há ano e meio, perdeu o direito ao seguro de saúde depois da seguradora ter visto fotos suas no Facebook em que aparentava estar «muito divertida».

 
Casal infiltra-se em jantar na Casa Branca
A CIA está a investigar um casal que esteve num jantar na Casa Branca sem ter sido convidado.
Tara e Michaele Salahi foram vistos a chagar à Casa Branca e depois publicaram no Facebook o que parecem ser fotos deles no jantar na noite de terça-feira.



O novo logótipo do Big Brother

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vamos lá a saber: Quando é que nos combinamos para pôr um travão nesta falta de respeito?

O governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, defendeu esta segunda-feira um aumento salarial para a Administração Pública inferior ao do sector privado, sendo que este último deverá ser de 1 a 1,5 por cento.
«Em geral, para a economia e, sobretudo, para a economia empresarial, os aumentos salariais reais deverão situar-se entre 1 a 1,5 por cento, correspondendo isto à inflação previsível», disse Vítor Constâncio, à margem do V Fórum Parlamentar Ibero-americano.
Já em relação a um aumento salarial para a Função Pública, o responsável admitiu que deverá ser «mais baixo do que para a actividade produtiva», uma decisão justificada pelo «défice orçamental muito elevado que a crise veio trazer».
Também o facto de, neste ano, ter havido «um aumento dos salários muito acima da inflação», irá estancar uma maior subida na Função Pública para 2010.
No entanto, Vítor Constâncio não quis precisar valores e, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de congelamento dos salários, o governador do BdP respondeu: «depende das previsões orçamentais para o próximo ano».
Em relação ao défice, o responsável apontou um só caminho: aumentar os impostos já em 2011.
Retirado daqui.

Este senhor é o mesmo que recebe o 3º maior salário do mundo entre Governadores de Bancos nacionais, que esteve distraído enquanto os casos BPP e BPN tomaram as proporções que conhecemos, etc., etc.

Chamo só a atenção para um pormenor:
...um aumento salarial para a Função Pública, (...) admitiu que deverá ser «mais baixo do que para a actividade produtiva»
Ou seja, mais um a dizer que nós não produzimos nada. Deve certamente retirar as conclusões pelo desempenho dele, que por acaso, também é funcionário público.

É por causa desta gente que temos a fama que temos.

Mãe

Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...