sábado, 31 de dezembro de 2016
Leitores e leituras
No último dia do ano, eis o top dos livros mais requisitados pelos leitores da Biblioteca Pública de Évora:
1°: O diário de um banana
2°: A rapariga no comboio
3°: Memorial do convento
Se aqui o panorama até não parece muito mau (muita leitura juvenil, um best seller internacional e uma obra prima portuguesa que toda a gente devia ler), daqui para baixo o panorama altera-se: as mesmas histórias de sempre, mas em adaptações politicamente correctas da Disney e muitas "receitas mágicas" para melhorar instantaneamente a vida de quem as lê.
Há aqui muito trabalho para fazer. Nos ultimos 3 anos conseguimos aumentar em mais de 60% os numeros do empréstimo domiciliário e temos mais 3 mil novos leitores. Não se animem. Para uma cidade como Évora os números ainda estão muito longe do desejável.
O trabalho a este nível tem que continuar sem tréguas, mas esta análise dos títulos mais lidos levanta outras preocupações: o que lêem os nossos utilizadores? Como podemos intervir para formar hábitos de leitura mais consolidados, que contribuam para a formação e desenvolvimento do espírito crítico dos cidadãos?
E depois, a eterna dúvida: Quem sou eu para decidir o que é ou não de qualidade? O que me dá o direito de decidir que as leituras dos nossos utilizadores precisam de ser melhoradas? Até que ponto consigo separar a responsabilidade profissional do meu gosto pessoal?
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Independências
Tanta gente que saiu do armário para dizer que afinal gostava de George Michael. A ditadura da opinião pública é tramada.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Festas felizes
Por mais que tente, não consigo deixar-me contagiar por este espírito de paz, amor e boa-vontade que aparece no final de Novembro e desaparece a 26 de Dezembro. Tento - muitas vezes não consigo - ser fraterna e solidária todo o ano e esta coisa assim calendarizada, com hora marcada, cheira-me sempre a esturro.
No entanto, face aos votos de boas festas que recebo, aqui estou eu a retribuir, da forma mais genuína que sou capaz:
Boas festas. Aproveitem o tempo com as vossas famílias. Comam e bebam do que gostam, aproveitem estes dias para passear, rir, dormir, ler e fazer reset nas cabeças cansadas de um ano de trabalho e preocupações. E depois, no dia 1, agarrem o novo ano com tudo o que têm para dar. Esqueçam os queixumes e as lamentações, aproveitem as oportunidades, façam a diferença. A vida que queremos só depende de nós. Pode demorar um bocadinho a chegar porque há sempre um ou dois canalhas que se atravessam à frente, mas se formos determinados e corajosos, ela chega.
Festas felizes e um 2017 cheio de garra (leonina, de preferência)!
No entanto, face aos votos de boas festas que recebo, aqui estou eu a retribuir, da forma mais genuína que sou capaz:
Boas festas. Aproveitem o tempo com as vossas famílias. Comam e bebam do que gostam, aproveitem estes dias para passear, rir, dormir, ler e fazer reset nas cabeças cansadas de um ano de trabalho e preocupações. E depois, no dia 1, agarrem o novo ano com tudo o que têm para dar. Esqueçam os queixumes e as lamentações, aproveitem as oportunidades, façam a diferença. A vida que queremos só depende de nós. Pode demorar um bocadinho a chegar porque há sempre um ou dois canalhas que se atravessam à frente, mas se formos determinados e corajosos, ela chega.
Festas felizes e um 2017 cheio de garra (leonina, de preferência)!
Primeiros minutos de 2014, primeiros minutos da vida que há tanto tempo esperava. Que 2017 vos traga a oportunidade por que esperam. |
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Caminhos
Numa decisão muito difícil, decidi hoje trocar um lugar de camarote pelo trabalho nos bastidores. No papel de velho dos Marretas não me saía mal (até tinha uma vocação natural), vamos ver agora o que faço do outro lado.
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