Pois, isto tem estado difícil... Têm sido dias preenchidos, não há muito tempo para vir aqui, mas já tinha saudades.
Começaram as férias escolares e as inevitáveis festas de fim de ano. Já estou a acabar este ciclo, o próximo ano deve ser o último, mas já ando nestas andanças desde que a minha sobrinha Carolina entrou para o Jardim de Infância. Agora, quando o Pedro terminar o 2º ciclo, vamos ter uma pausa, até que a minha outra sobrinha, a Mafalda, mais conhecida por Bá, comece o seu percurso escolar.
A festa da EB 2,3 foi engraçada, gostei muito de ver o Pedro e a Mariana tocar e cantar com os amigos. Foi a última vez que a turma da Mariana esteve junta. Era um grupo muito unido, uma turma de gente cheia de energia (os professores exaustos que o digam), mas inteligentes e sobretudo, muito interessados. Tenho pena que esta turma se separe, mas é inevitável. Desejo a todos, e à minha filha em particular, as maiores felicidades para o futuro, nunca percam a determinação.
As férias já chegaram, mas as minhas são peculiares: estou a aproveitá-las para dar formação em bibliotecas escolares no Liceu Diogo Gouveia em Beja, a pessoal não-docente. É um grupo de 25 funcionários bastante interessados. É muito, muito cansativo, porque são muitas horas diárias, sempre a trabalhar intensivamente. Mas vale a pena, no próximo ano lectivo estas pessoas estarão mais motivadas e confiantes, e perceberão a razão de ser de muitos procedimentos "obrigatórios".
terça-feira, 30 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Ser bibliotecário
É frequente perguntarem-me se gosto daquilo que faço. Sim, gosto muito. Confesso que vim aqui para por uma série de (felizes) coincidências, ou talvez fosse o destino, não sei. Mas se pudesse voltar atrás, e com conhecimento de causa, seria esta a profissão que escolheria.
Para eventuais descrentes, aqui fica um texto que me enviou há uns tempos, o meu professor Dr. José António Calixto, director da Biblioteca Pública de Évora:
OK. Pois. Todos temos as nossas ideias preconcebidas do que é ser bibliotecário e do que eles fazem o dia todo. Muitas pessoas pensam nos bibliotecários como funcionários públicos de estatuto menor, esgueirando-se por todo o lado, a fazer "ssssh" constantemente, para não falar de selar e carimbar coisas a torto e a direito.
Ora... pensem melhor!
Os Bibliotecários têm licenciaturas e pós-graduações em ciências da informação e, muitas vezes, mestrados em Sistemas de Dados e Interface Homem/Computador, gestão da informação, promoção da leitura, etc.
Os bibliotecários podem catalogar tudo o que existe entre um alho e a orelha de um cão. Podem catalogá-lo a si.
Os bibliotecários controlam poderes inimagináveis. Com um leve torcer do pulso a sua tese de doutoramento desaparece por trás de 50 anos de "Crónica Feminina", para nunca mais ser encontrada. Podem descobrir informação para o seu trabalho final que nem você sabia que existia. Podem até guiá-lo para novos e mais apropriados temas de investigação.
As pessoas tornam-se bibliotecários porque sabem demais. O seu conhecimento estende-se muito para além das meras categorias. Não podem ser confinados a meras disciplinas. Os bibliotecários sabem e conhecem tudo. Eles dão ordem ao caos. Dão cultura e sabedoria às massas. Preservam todos os aspectos do conhecimento humano.
Ser bibliotecário é fixe. E dão cabo do canastro a quem pense o contrário!
Para eventuais descrentes, aqui fica um texto que me enviou há uns tempos, o meu professor Dr. José António Calixto, director da Biblioteca Pública de Évora:
Porque todos devem cair de joelhos
e adorar um(a) bibliotecário/a
e adorar um(a) bibliotecário/a
OK. Pois. Todos temos as nossas ideias preconcebidas do que é ser bibliotecário e do que eles fazem o dia todo. Muitas pessoas pensam nos bibliotecários como funcionários públicos de estatuto menor, esgueirando-se por todo o lado, a fazer "ssssh" constantemente, para não falar de selar e carimbar coisas a torto e a direito.
Ora... pensem melhor!
Os Bibliotecários têm licenciaturas e pós-graduações em ciências da informação e, muitas vezes, mestrados em Sistemas de Dados e Interface Homem/Computador, gestão da informação, promoção da leitura, etc.
Os bibliotecários podem catalogar tudo o que existe entre um alho e a orelha de um cão. Podem catalogá-lo a si.
Os bibliotecários controlam poderes inimagináveis. Com um leve torcer do pulso a sua tese de doutoramento desaparece por trás de 50 anos de "Crónica Feminina", para nunca mais ser encontrada. Podem descobrir informação para o seu trabalho final que nem você sabia que existia. Podem até guiá-lo para novos e mais apropriados temas de investigação.
As pessoas tornam-se bibliotecários porque sabem demais. O seu conhecimento estende-se muito para além das meras categorias. Não podem ser confinados a meras disciplinas. Os bibliotecários sabem e conhecem tudo. Eles dão ordem ao caos. Dão cultura e sabedoria às massas. Preservam todos os aspectos do conhecimento humano.
Ser bibliotecário é fixe. E dão cabo do canastro a quem pense o contrário!
sábado, 13 de junho de 2009
Dias extraordinários
Domingo, 12 de Junho de 1994
São horas de almoço. Acabei de imprimir todos os anexos para as 3 cópias do relatório de estágio que tenho de entregar. Empacoto e escrevo o endereço dos Departamentos onde deverão ser entregues os dois exemplares destinados à Universidade de Évora e vou entregar pessoalmente o terceiro ao professor Joaquim Chaparro, meu orientador na Escola Secundária de Moura.
Segunda-feira, 13 de Junho de 1994
São 01:50. Ruptura da bolsa, entro em trabalho de parto.
Já saí de casa, lembro-me que vou passar várias horas sem comer e volto para trás. Corto uma fatia de pão enorme, barro com Nutella e vou avisar os meus pais que vou a caminho do hospital. Levo "a mala" e os relatórios de estágio para entregar.
Chego a Évora por volta das 3 e pouco da madrugada. Vou ao Largo da Sé, explicar onde fica o Departamento de Psicologia e Pedagogia, e o Departamento de História, para que os meus relatórios sejam entregues no prazo. Finalmente vou para o Hospital do Espírito Santo.
Várias horas de soro, exames, e muitas assopradelas depois, por volta das 23:50 a dilatação está completa e sou transferida para a sala de partos. Acompanha-me um médico estagiário, timorense, a quem tenho de dizer que não estou nada nervosa (nada, nada!), pelo que não precisa de se preocupar. O Dr. Bugalho (meu médico) chega, e eu tenho a certeza que tudo vai correr muito bem.
Terça-feira, 14 de Junho de 1994
00:10 A Inês nasce. É a bebé mais linda que já vi. É perfeita e rosadinha. É um milagre. É uma vida que começa, e eu sou a mãe.
Passo toda a noite acordada, não consigo desviar os olhos dela. Dorme tranquila, 3680 Kg e 51 centímetros de gente.
A minha família vem vê-la. A minha sobrinha Carolina tem apenas 10 meses, está muito espantada com aquele bebé que veio do nada.
Quinta-feira, 16 de Junho de 1994
Com uma procuração assinada por mim e uma declaração sob compromisso de honra quanto à conclusão da licenciatura, a minha irmã Marta vai à Faculdade de Letras inscrever-me na pós-graduação em Ciências Documentais.
Sexta-feira, 17 de Junho de 1994
A minha classificação é atribuída, o meu curso está oficialmente concluído nesta data. O certificado é emitido.
Temos alta do hospital. Regresso a casa, com o curso terminado e a minha primeira filha ao colo.
Há dias extraordinários...
São horas de almoço. Acabei de imprimir todos os anexos para as 3 cópias do relatório de estágio que tenho de entregar. Empacoto e escrevo o endereço dos Departamentos onde deverão ser entregues os dois exemplares destinados à Universidade de Évora e vou entregar pessoalmente o terceiro ao professor Joaquim Chaparro, meu orientador na Escola Secundária de Moura.
Segunda-feira, 13 de Junho de 1994
São 01:50. Ruptura da bolsa, entro em trabalho de parto.
Já saí de casa, lembro-me que vou passar várias horas sem comer e volto para trás. Corto uma fatia de pão enorme, barro com Nutella e vou avisar os meus pais que vou a caminho do hospital. Levo "a mala" e os relatórios de estágio para entregar.
Chego a Évora por volta das 3 e pouco da madrugada. Vou ao Largo da Sé, explicar onde fica o Departamento de Psicologia e Pedagogia, e o Departamento de História, para que os meus relatórios sejam entregues no prazo. Finalmente vou para o Hospital do Espírito Santo.
Várias horas de soro, exames, e muitas assopradelas depois, por volta das 23:50 a dilatação está completa e sou transferida para a sala de partos. Acompanha-me um médico estagiário, timorense, a quem tenho de dizer que não estou nada nervosa (nada, nada!), pelo que não precisa de se preocupar. O Dr. Bugalho (meu médico) chega, e eu tenho a certeza que tudo vai correr muito bem.
Terça-feira, 14 de Junho de 1994
00:10 A Inês nasce. É a bebé mais linda que já vi. É perfeita e rosadinha. É um milagre. É uma vida que começa, e eu sou a mãe.
Passo toda a noite acordada, não consigo desviar os olhos dela. Dorme tranquila, 3680 Kg e 51 centímetros de gente.
A minha família vem vê-la. A minha sobrinha Carolina tem apenas 10 meses, está muito espantada com aquele bebé que veio do nada.
Quinta-feira, 16 de Junho de 1994
Com uma procuração assinada por mim e uma declaração sob compromisso de honra quanto à conclusão da licenciatura, a minha irmã Marta vai à Faculdade de Letras inscrever-me na pós-graduação em Ciências Documentais.
Sexta-feira, 17 de Junho de 1994
A minha classificação é atribuída, o meu curso está oficialmente concluído nesta data. O certificado é emitido.
Temos alta do hospital. Regresso a casa, com o curso terminado e a minha primeira filha ao colo.
Há dias extraordinários...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Ainda as eleições europeias
Duas notas relativas às eleições de ontem:
- A vitória do PSD e de Manuela Ferreira Leite significa que não vão demitir o director de campanha/marketing, e que teremos mais cartazes da líder do PSD directamente saídos da produção da "família Adams".
- Todas as flores acabam por murchar um dia. Mesmo as de plástico.
sábado, 6 de junho de 2009
Os Caricas
Soube há poucos dias que um grupo de amigos de Moura concorreu a uma iniciativa designada Street Football. Hoje, neste preciso momento, estão em campo com as maiores estrelas do nosso futebol, como o Luís Figo e o Pauleta.
A brincar, a brincar, lá temos o nome de Moura na televisão, a ser falado em todo o país. Parabéns aos Caricas!
A brincar, a brincar, lá temos o nome de Moura na televisão, a ser falado em todo o país. Parabéns aos Caricas!
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Eleições - Parte 3
Sexta-feira, úlimo dia de campanha eleitoral para as eleições europeias.
Entro na pastelaria e peço um gelado. Está um folheto de um partido político em cima do balcão e a conversa vai para as eleições de domingo.
Apelo ao voto, mesmo que seja em branco. Peço às pessoas que não fiquem em casa. Há uma senhora que participa na conversa e me chama, para me fazer uma pergunta:
- Olhe lá, estas eleições de agora são para escolher o quê?
Tento disfarçar, mas fico estarrecida. Tantos milhões de euros gastos em propaganda, tantos quilómetros de papel impresso em rosa, azul, laranja e vermelho, tantos almoços, tantos autocarros cheios de gente, tantos pavilhões e tantas feiras, tantas bandeiras e tantos balões, e as pessoas nem sabem para que são as eleições.
Entro na pastelaria e peço um gelado. Está um folheto de um partido político em cima do balcão e a conversa vai para as eleições de domingo.
Apelo ao voto, mesmo que seja em branco. Peço às pessoas que não fiquem em casa. Há uma senhora que participa na conversa e me chama, para me fazer uma pergunta:
- Olhe lá, estas eleições de agora são para escolher o quê?
Tento disfarçar, mas fico estarrecida. Tantos milhões de euros gastos em propaganda, tantos quilómetros de papel impresso em rosa, azul, laranja e vermelho, tantos almoços, tantos autocarros cheios de gente, tantos pavilhões e tantas feiras, tantas bandeiras e tantos balões, e as pessoas nem sabem para que são as eleições.
Eleições - Parte 2
Como parece que há pessoas com dificuldade em entender a importância do voto, e sobretudo, em entender que não votar é deixar os outros decidirem por nós, achei melhor "fazer um desenho".
É claro que ninguém pode ser obrigado a votar, mas depois não se queixem...
Encontrei esta relíquia aqui
É claro que ninguém pode ser obrigado a votar, mas depois não se queixem...
Encontrei esta relíquia aqui
quinta-feira, 4 de junho de 2009
4 de Junho de 1989
Os protestos da praça de Tiananmen consistiram numa série de manifestações entre 15 de Abril e 4 de Junho de 1989, lideradas por estudantes da República Popular da China.
O dia 4 de Junho foi o mais marcante do protesto, uma vez que um dos manifestantes arriscou a sua vida e foi deliberadamente para o centro da Praça com o objectivo de acabar com as acções de violência do Governo.O “Homem-tanque” (como assim ficou conhecido o protagonista) não foi atropelado, porque o condutor do primeiro tanque – também ele numa acção de imensa coragem, desobedecendo às ordens do Governo, – desviou-se do manifestante e procurou seguir por outras direcções, embora o manifestante teimasse em seguir todas as direcções do tanque; chegou mesmo a subir ao topo do tanque e dizer algumas palavras ao condutor.
Esta fotografia, apelidada de “The Unknown Rebel”, é da autoria de Jeff Widener e venceu vários prémios por todo o mundo.
Retirado daqui.
O dia 4 de Junho foi o mais marcante do protesto, uma vez que um dos manifestantes arriscou a sua vida e foi deliberadamente para o centro da Praça com o objectivo de acabar com as acções de violência do Governo.O “Homem-tanque” (como assim ficou conhecido o protagonista) não foi atropelado, porque o condutor do primeiro tanque – também ele numa acção de imensa coragem, desobedecendo às ordens do Governo, – desviou-se do manifestante e procurou seguir por outras direcções, embora o manifestante teimasse em seguir todas as direcções do tanque; chegou mesmo a subir ao topo do tanque e dizer algumas palavras ao condutor.
Esta fotografia, apelidada de “The Unknown Rebel”, é da autoria de Jeff Widener e venceu vários prémios por todo o mundo.
Retirado daqui.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Avaliação de desempenho
Vejam aqui a classificação atribuída aos nossos ilustres deputados no Parlamento Europeu, no mandato que agora termina: http://www.parlorama.eu/en/european-deputies/0-0-0/
A classificação é atribuída tendo em conta o registo de presenças e a actividade desenvolvida, o que inclui número de propostas e relatórios apresentados, votações, a duração da actividade parlamentar, etc.
A quatro dias das eleições em que vamos renovar o mandato a alguns destes senhores e senhoras, vale a pena prestar um pouco de atenção a este assunto.
Só é pena que, à semelhança dos funcionários públicos, a classificação de serviço não influencie a progressão na carreira e consequentemente, o vencimento mensal destes deputados. Aliás, se o SIADAP se aplicasse aqui, bastariam duas classificações anuais inferiores a "3" para serem dispensados das suas funções.
É claro que os eleitores, no próximo dia 7, poderiam introduzir aqui alguma justiça, mas para isso seria necessário votar. E votar para quê?
Não vale a pena votar, a não ser...
A não ser que nos importemos com a educação, com a saúde, com a economia, com a sobrevivência de famílias inteiras, com o ambiente, com a cultura ou com o futuro dos nossos filhos. Nesse caso, e só nesse caso, vale a pena votar.
A classificação é atribuída tendo em conta o registo de presenças e a actividade desenvolvida, o que inclui número de propostas e relatórios apresentados, votações, a duração da actividade parlamentar, etc.
A quatro dias das eleições em que vamos renovar o mandato a alguns destes senhores e senhoras, vale a pena prestar um pouco de atenção a este assunto.
Só é pena que, à semelhança dos funcionários públicos, a classificação de serviço não influencie a progressão na carreira e consequentemente, o vencimento mensal destes deputados. Aliás, se o SIADAP se aplicasse aqui, bastariam duas classificações anuais inferiores a "3" para serem dispensados das suas funções.
É claro que os eleitores, no próximo dia 7, poderiam introduzir aqui alguma justiça, mas para isso seria necessário votar. E votar para quê?
Não vale a pena votar, a não ser...
A não ser que nos importemos com a educação, com a saúde, com a economia, com a sobrevivência de famílias inteiras, com o ambiente, com a cultura ou com o futuro dos nossos filhos. Nesse caso, e só nesse caso, vale a pena votar.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Ainda a Universidade
Esta conversa toda sobre Universidade e tempos de estudante fez-me lembrar os tempos que passei no Lar Académico Públia Hortênsia de Castro, em Évora. Este lar destina-se a hospedar filhas de militares da GNR, possibilitando assim a famílias com menos possibilidades económicas a frequência de estudos universitários a preços acessíveis. Para mim foi fundamental. Pude iniciar o percurso académico, que depois prossegui como trabalhadora-estudante, e consegui amizades que perduram até hoje.
Recentemente, durante a nossa Feira de Maio, encontrei a minha colega de quarto Cristina Bernardo, técnica da Câmara de Alvito. Obviamente relembrámos os bons velhos tempos e a forma como nos uníamos para lutar pelos nossos direitos e por aquilo em que acreditávamos. Como dizia o comentário de um dos posts abaixo, era o romantismo da juventude...
Já agora, deixem-me dar-vos uma informação: A Públia (que ainda consegue ter um nome mais feio que o meu) era nossa patrona por ter sido uma figura erudita do Renascimento português e grande oradora nascida em Vila Viçosa, e por se ter disfarçado de homem para conseguir frequentar a Universidade de Coimbra, tornando-se na primeira mulher diplomada em Portugal.
Recentemente, durante a nossa Feira de Maio, encontrei a minha colega de quarto Cristina Bernardo, técnica da Câmara de Alvito. Obviamente relembrámos os bons velhos tempos e a forma como nos uníamos para lutar pelos nossos direitos e por aquilo em que acreditávamos. Como dizia o comentário de um dos posts abaixo, era o romantismo da juventude...
Já agora, deixem-me dar-vos uma informação: A Públia (que ainda consegue ter um nome mais feio que o meu) era nossa patrona por ter sido uma figura erudita do Renascimento português e grande oradora nascida em Vila Viçosa, e por se ter disfarçado de homem para conseguir frequentar a Universidade de Coimbra, tornando-se na primeira mulher diplomada em Portugal.
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Mãe
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