sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

#cretinices

"Mãe, eles não querem brincar comigo!"

https://observador.pt/2021/01/29/autarquicas-ventura-acusa-psd-e-cds-de-bullying-politico-e-ameaca-romper-acordo-nos-acores/


#cretinices

Ainda há dois factores que nos permitem ter uma expectativa menos sombria em relação ao cretino e respectivo séquito:

1. Aquilo parece-se muito pouco com um partido. A ambição individual de cada um é incompatível com a do vizinho. Hoje demitiu-se o polémico (adjectivo quase redundante) líder da distrital do Porto. São muitos ratos a abandonar o navio, muitas pistolas apontadas e muitos dedos à espera de premir o gatilho. 

2. O cretino já perdeu a noção da realidade. A birra de hoje é reveladora da sua megalomania. Imaginem a Catarina Martins a vociferar porque o PCP e o PS faziam um acordo para as autárquicas (eu sei, também me estou a rir com essa possibilidade) e deixavam o BE de fora. Ridículo e delirante,  não era? Pois é.

Tenhamos esperança,  cidadãos!

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Eu sei onde estava

 

Agora, que as redes sociais se enchem de indignados com pungentes gritos de revolta contra Lisboa e as sucessivas administrações centralizadas que optaram por excluir o interior em geral, e o Alentejo em particular, de todas as estratégias de desenvolvimento regional, pergunto:
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra a extinção de freguesias? 
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra a extinção de postos da GNR? 
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra a extinção dos postos de CTT? 
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra o encerramento de escolas? 
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra o encerramento de postos de saúde e a falta de médicos? 
 
Onde estavam quando a esquerda apresentou propostas e moções e organizou protestos e manifestações contra a encerramento de redes de transportes, ou em reivindicação pela melhoria das existentes? 
 
Em casa, ou no local de trabalho, a criticar os manifestantes, não era? A rir, com escárnio, nas sessões das Assembleias Municipais ou nas reuniões de Câmara das respectivas autarquias.
 
Eu estava lá, nos protestos e nas manifestações, entre muitos companheiros de uma esquerda que presta atenção ao que a rodeia e viu esta nuvem a formar-se. Não ganhámos nada com isso e até perdemos o vencimento desses dias, mas protestámos e fizemos ouvir a nossa voz. 
 
Também apresentei, enquanto membro da Assembleia Municipal à qual pertenci, moções alertando para o abandono progressivo da região, reivindicando melhores condições de vida e de trabalho, alertando para os perigos deste abandono. Também votei favoravelmente muitas outras moções nesse sentido, viessem elas de que bancada viessem. Ajudei a escrever cartas e petições dirigidas às entidades competentes, para evitar o fecho de escolas e de outros serviços.
 
Nessa época, como agora, o importante era a defesa da região e das populações e não a fronteira partidária. Infelizmente, muitas propostas, moções e petições foram rejeitadas, porque a maioria encarava-as como ataques partidários ao partido no poder e concentrava-se nisso, ignorando o que a sua aprovação poderia ter representado para as populações que a elegera.
 
Lembro-me de tudo isso porque estive lá. Participei. Estava acordada. 
 
Mas fico feliz por terem visto a luz. Talvez agora possamos lutar todos juntos em defesa e afirmação de uma região que precisa de todos: dos políticos e dos cidadãos que, como eu, trabalham todos os dias para a comunidade, para melhorar o nível social, cultural e económico das populações que servimos, independentemente da área política em que acreditam. 
 
Quando houver um protesto, avaliem a sua justiça e adiram. 
Quando houver uma proposta, avaliem a sua justiça e subscrevam-na. 
Quando houver uma moção, avaliem a sua justiça e aprovem-na.
Não se deixem condicionar pelas directrizes partidárias. O Alentejo precisa de todos. 
 
(Bom, talvez não precise do José Carlos Malato 😉 )
 
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Foto de António Dimas
 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Ideologias ou a falta delas

 

Ainda é cedo, ainda está quente, mas o resultado eleitoral de ontem começa a ser um sinal do quase desaparecimento da ideologia política. 
 
1. Marcelo é a cara mais simpática dessa ausência de ideologia. Bem com Deus e a dar dois dedos de conversa ao diabo, não vá o dito cujo tecê-las. Eleito após anos e anos de homilia dominical, onde punha em prática este "pode ser, mas também pode não ser". Reeleito após 5 anos de selfies, muitas medalhas e presenças na primeira linha dos acontecimentos (muitas vezes a dificultar os trabalhos, mas a ele tudo se perdoa). 
 
2. Ana Gomes não merecia, pelo que já fez ao longo da sua vida, sobretudo no episódio de Timor, ter que andar a disputar votos com cretinos, mas eis que aí está. A colagem a Sócrates nunca mais a abandonará e pagará esse preço para sempre, fazendo esquecer o resto. Teve nesta campanha um acto de coragem admirável, que pouquíssimos ousariam ter: escolheu Paulo Pedroso para mandatário. Esquecido, apagado da história do PS, para sempre abandonado nas catacumbas mais negras do partido (ele sim, mas Ferro Rodrigues não), foi agora resgatado por alguém disposto a pagar o preço de mostrar solidariedade a um companheiro. Quantos o fariam, por mais que acreditassem na inocência do acusado? Bem poucos.
Queira o PS ou não, Ana Gomes era a legítima representante ideológica do partido, mas nem isso lhe valeu o apoio socialista. Liberdade de voto e um olho piscado a Marcelo. Para onde foi a ideologia do PS? Para parte desconhecida, no mesmo lugar onde se encontram os votos da maioria socialista do Alentejo. Se o PCP perdeu votação, que dizer do PS, completamente pulverizado? "Ah, mas o PS não tinha candidato próprio". Ter, tinha, mas a ausência de ideologia permitiu que se votasse com menos problemas de consciência no candidato apoiado oficialmente pelo CDS e pelo PSD do que na candidata ideologicamente socialista. 
 
3. João Ferreira viu desaparecer o voto de protesto. O voto de oposição, de reivindicação, de contra poder, fugiu para o cretino e ficou só um combinado algo estranho: o voto marcadamente ideológico que votará sempre nos candidatos da área da CDU; e o voto da esquerda que acompanhou a campanha e escolheu o candidato mais sereno do leque disponível (o mesmo se aplica a Mayan na direita) ou que, compreendendo as ordens do PS para não votar Ana Gomes não prescindiu de votar na esquerda. 
 
4. Também Marisa Matias perdeu o voto de protesto. Ideologicamente mais frágil, o eleitorado do BE evaporou-se para outras áreas. Não fosse a guerra do batom o resultado teria sido muito pior. Se o escrutínio fosse possível, apostaria numa larga maioria de eleitorado feminino entre os votantes de Marisa porque essa foi a única componente de protesto que se manteve. 
 
5. Tiago Mayan só conseguiu manter os votos ideológicos e de uma direita que não se revê em Marcelo. É, em espelho, o equivalente a João Ferreira. 
 
6. Vitorino Silva não tem, nem nunca terá, condições para ser Presidente da República. É a piada do sistema, mas é ele que se coloca nesse papel. Levá-lo a sério é penoso porque não tem ideologia nem programa. Se nisso é igual ao cretino, falta-lhe a facilidade de comunicação e o raciocínio rápido, aliado à ausência dos meios de comunicação social no intervalo entre eleições. 
 
7. O cretino beneficiou de tudo isto. Anos de exposição mediática a defender um clube de futebol deram-lhe um traquejo na comunicação social só comparável ao de Marcelo, mas em versão mal-educada. Acolheu os votos de protesto de milhares de cidadãos sem ideologia própria que votavam em quem se opunha ao Governo (encarnação do Estado) e capitalizou revoltas, angústias e cansaço de um interior abandonado à sua sorte, que vê o Estado/Governo fechar ou privatizar sucessivamente escolas, postos de saúde, postos de segurança, postos de CTT e redes de comunicações, com a desculpa de contenção de despesas e depois vê pessoas sem trabalho, a receber sem produzir. Não interessa que circunstâncias levaram essas pessoas so estatuto último e humilhante de beneficiários do RSI. Ninguém quer saber, porque também ninguém está verdadeiramente interessado em saber. Estão todos distraídos a cavar trincheiras dos lados de uma barricada que não existia. Compreender a política, o perfil social e económico das opções de esquerda e direita não é opção, dá demasiado trabalho e por isso foi tão fácil seguir, quais ratos de Hamelin, o flautista que lhes tocava música. 
 
8. Os partidos políticos que não apresentaram candidato bem podem colar-se à vitória de Marcelo, mas não pega. O CDS está completamente moribundo, mas a família decidiu não lhe contar ainda. O PSD segue o mesmo caminho e Rui Rio, ontem à noite, fez o favor de carregar no acelerador. Perder-se em congratulações com a perda de eleitorado comunista no Alentejo (deve ser a 18a vez que ouço dizer que o PCP perdeu o Alentejo em actos eleitorais, mas pelos vistos, volta sempre a recupera-lo, porque nas eleições seguintes volta a perde-lo outra vez), encarando os resultados de Marcelo como sendo do PSD... até o cretino se sentiu na obrigação de lhe explicar que os primeiros a ser engolidos serão eles.
É que o cretino estudou bem as lições de Trump e Bolsonaro e por isso sabe que lhe falta algo essencial: uma estrutura partidária a sério. O chega é um saco de gatos selvagens, interesses próprios de enriquecimento apressado e jamais conseguirá organizar-se de forma estável. Para isso, precisa do PSD, que será rapidamente colonizado, se assim o permitir. 
 
Resta saber se a esquerda saberá fazer-lhe frente, ou se se perderá em "liberdades de voto", preciosismos de "eu é que fui a autora da proposta" e outras idiotices pouco ideológicas.


domingo, 24 de janeiro de 2021

Notas finais do dia

 

1. Era eu a pessimista, não era?
 
2. Amigos virtuais que votaram e/ou são fãs do cretino: não vos vou desamigar porque eu gosto de observar, estar atenta, compreender o que se está a passar. Mas aqui, no meu feed, jamais vou permitir a defesa do indefensável e este será sempre um local de combate a qualquer forma de política assente na discriminação, ódio, xenofobia, segregação e afins. Logo, se vierem a sentir-se incomodados, não se prendam. Adeus e até um dia.

Notas além do cretino:


1. Como é possível que o Tino de Rans "já liguei ao Marcelo mas ele não atendeu, nunca nenhum presidente nem nenhum rei veio a Rans, em 9 séculos de história " consiga estar à frente de Tiago Mayan que, concorde-se ou não, tem uma ideologia, uma posição vincada?
 
2. Alguém explicou ao Chico do CDS como é que isto funciona? Alguém explicou ao Rui Rio como é que isto funciona? Andaram à procura de "lateralidades" para poderem dizer que ganham alguma coisa? Congratulam-se com a vitória do cretino sobre João Ferreira sem perceberem que ele, o cretino, se alimenta da sangria que lhes está a matar os respectivos partidos?

 

Primeiras impressões

Nos anos 70, quando o poder local dava os seus primeiros passos e procurava canalizar os recursos disponíveis para criar melhores condições de vida para as populações, uma autarquia propôs-se dotar as povoações de água canalizada e esgotos. Numa das Freguesias, a proposta foi recusada. Sempre tinham vivido assim, podiam continuar a viver. Com o dinheiro destinado à água corrente e ao sistema de esgotos, exigiram ter uma praça de touros. E assim foi.

Hoje, nessa freguesia, o cretino ganhou as eleições. 
 
Temos muito trabalho pela frente. Todos e cada um de nós.

Eu e os outros

Há 4 ou 5 dias

António Costa: «Devem ser muito raras as excepções das pessoas que estão, violando a lei, recenseadas fora do seu local de residência, mas admito que haja pessoas que tenham mudado de casa recentemente e, portanto, ainda não estejam devidamente actualizadas»
 
Hoje
 
Em todos os noticiários: Marcelo Rebelo de Sousa chega "a casa" depois de ter votado em Celorico de Basto.
 
Não é embirração, é observação.

Voto

 

Voto há 32 anos. Nunca vi tanta gente. É óptimo para a democracia a funcionar, é um resultado imprevisível para a continuidade da democracia que soubemos construir desde Abril. Tenho um nó no estômago que tenho medo de não conseguir desfazer logo à noite.
 
Vamos ter esperança! E votem, levem caneta e paciência, mas votem.
 
Adenda: Votei na EB André de Resende. Tudo muitíssimo organizado. Obrigada a todos os que contribuíram e contribuem para que assim seja.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Para acabar o dia

 

Ontem: só posts de gente indignada com António Costa por não fechar as escolas. Teimoso e tal, uma vergonha!

Hoje: Só posts de gente indignada com António Costa por ter fechado as escolas. Vira-casacas e tal, uma vergonha!
 
E é isto. Durmam bem, Pessoas!

WI-FI GRATUITO

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Durante o confinamento de Março/Abril muitas foram as carências sentidas no acesso livre e gratuito a wi-fi, imprescindível para o ensino e trabalho em ambiente remoto.

Essa era uma das razões que invocámos quando pedimos que fosse considerada uma solução de excepção para as bibliotecas públicas que lhes permitisse o funcionamento dos serviços mínimos.

Apesar de encerrada, a BPE mantém o seu sinal de wi-fi activo e acreditamos que, nas proximidades da Biblioteca, será possível a sua utilização.

Por questões de configuração, é necessária password de acesso. Por favor, se pretende usar a nossa rede de wi-fi envie-nos uma mensagem para que possamos enviar a password.

Aproveitamos para apelar a outras instituições que disponham de wi-fi público para adoptarem o mesmo procedimento. 

 

Adenda a 24-01-2021: Câmara Municipal de Beja manda desligar a rede de wi-fi da cidade. É o que temos.

Antes do dia 24

 

A maioria dos especialistas aponta para uma abstenção recorde.
 
Eu não sou especialista de nada, só percebo vagamente umas coisas de bibliotecas. Mas isso obriga-me a observar com muita atenção as pessoas, a forma como se movem e o que as motiva. E, com base nisto, digo-vos:
 
A abstenção vai descer, porque:
 
1. Há uma imensa massa de gente que não se manifesta porque sabe pouco das movimentações políticas, não compreende as diferenças entre os candidatos e as suas opções económicas e sociais. São os que vivem vidas inteiras alternando entre os transportes públicos durante a semana e o pijama/fato de treino ao fim-de-semana, que contam os meses pelo ritmo da carta da luz, da água ou do dia de pagar a renda. Não compreendem como caíram naquela rotina nem mostram vontade de compreender como podem sair dela. São também os que, mais na província, e por oposição, não conhecem a diferença entre domingo e segunda. Todos os dias os animais têm que comer, as terras precisam de cuidados e o pão precisa de estar na mesa. E depois há os que já estão fora do sistema. Milhares de cidadãos em lares, casas de acolhimento, onde a mudança de orientação política não chega nunca.
 
2. Esta imensa massa de gente, que afirma que "eles são todos iguais", que "para nós não faz diferença, eles é que ganham o dinheiro ", que sistematicamente se absteve de votar por não compreender a importância do voto, viu subitamente aparecer alguém que fala uma linguagem acessível. Nada de teorias sociais e económicas. Só expressões simples como as que deram a vitória ao Brexit (take back control), a Trump (make America great again) ou a Bolsonaro (Brasil acima de tudo) e agora, com o nosso próprio cretino (pessoas de bem).
 
3. São estas pessoas, que os especialistas não incluem nos estudos ou sequer "vêem", que causam as surpresas que temos tido nos últimos 5 anos e que causam tanto espanto aos especialistas, o "como é que é possível?", "mas as pessoas são burras?" que temos repetido sem parar depois da asneira feita.
 
4. Isto é o que nos vai acontecer no dia 24. A maioria silenciosa não vai ficar toda em casa, desinteressada, porque acha que apareceu alguém, como ele insiste em repetir, de fora do sistema, sem medo e que, se calhar, só para provocar, "porque ele não tem hipótese de ganhar", vão votar nele. "Só para pregar um susto aos de sempre".
 
5. Por outro lado, a maioria silenciosa que vota, que está a ser contabilizada a favor de Marcelo, votou nele porque ele era a pessoa que explicava o que se passava ao domingo à noite, com aquele ar de avô culto, fora do sistema. Mas, 5 anos depois da PR, ele tornou-se um "deles" e isso vai ter consequências. 
 
Portanto, meus amigos aproveitem estes 3 dias de Portugal livre e democrático, porque depois de domingo, tudo vai mudar. Tudo vai ser muito pior, feio e negro. 
 
E nós deixámos que isto acontecesse.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Rigor

Comentador na Sic Notícias


Hoje: 
Este Benfica, apesar de não vencer hoje (perdeu, queria ele dizer), nem ter vencido no dragão, está mais estabilizado e até em crescendo (eu a revirar os olhos).
 
Ontem: 
Este Sporting está claramente em decrescendo no campeonato (não perdeu nenhum jogo até agora), apesar de estar na liderança (o que isto lhes custa!) como prova o empate do último fim de semana (os adversários também empataram e mantêm a distância igualzinha) e dificilmente poderá aspirar à vitória frente ao Porto (olha, ganhou!).
 
Chama-se a isto falhar em toda a linha. Muita opinião (só asneiras, infelizmente) e pouco jornalismo.
 
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Biblioteca em confinamento

 

Estimados Leitores
 
Relembramos que os prazos de empréstimos que terminavam entre 15 e 30 de janeiro foram todos prolongados até 2 de fevereiro.
 
Não obstante, caso queira devolver os livros que requisitou e que já terminou de ler, pode depositá-los na nossa caixa de correio, por baixo da primeira janela a contar do lado esquerdo do edifício.
 
 
A imagem pode conter: céu e ar livre 
 
A imagem pode conter: interiores

domingo, 17 de janeiro de 2021

#vermelhoembelem

 

Vergonha e muita desilusão. 
 
É o que sinto cada vez que vejo alguém, especialmente uma mulher, dizer que pinta os lábios de preto em contra-protesto à onda #vermelhoembelem. Explico porquê:
 
1. Felizmente tenho mais do que uma célula no cérebro. Consigo indignar-me com a corrupção e os corruptos, com as medidas que tornam os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, com a insuficiente dotação orçamental do SNS e da Educação, com os que exigem mundos e fundos ao Estado, com rapidez e eficiência, mas recusam pagar impostos e até, para espanto de muitos, com as tricas do futebol.
 
2. Ao mesmo tempo, há outras células que se indignam, que se recusam a aceitar que alguém, uma pessoa, se ache no direito de enxovalhar candidatos ao mais alto cargo da nação, chegando a comparar uma candidata a um boneco sexual da mais reles categoria.
 
3. Que essa pessoa seja, ele mesmo, um candidato ao mesmo cargo, só agrava a situação a um ponto que nunca imaginei possível. 
 
4. Que haja outras pessoas, seres humanos, especialmente mulheres - filhas, irmãs e mães de outras mulheres - que concordem com ele, subscrevam o que ele diz e ainda contra-ataquem com o discurso xenófobo, racista e instigador de ódio, só pode significar uma de duas coisas: ou são tão más pessoas como ele, ou são mesmo burras e a única celulazinha que têm a funcionar está gravemente doente.
 
5. Podia ter ficado calada e ignorado. Podia, mas já dizia Martin Luther King: o que me preocupa não é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons. E eu não quero que me confundam, que pensem que isto não me incomoda, que me é indiferente. À filha dos meus Pais e à mãe dos meus Filhos isto incomoda, incomoda muito!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Encerramento dos serviços

Estimados Leitores

Esta é a publicação que não queríamos fazer.

Na sequência da publicação do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro (https://dre.pt/application/file/a/153958827 ), informamos que as instalações da Biblioteca Pública de Évora estarão encerradas a partir do final do dia de hoje, 14 de janeiro de 2021, até indicação em contrário.

Este encerramento é particularmente penoso quando passam apenas 10 dias sobre a reabertura da Biblioteca após as obras de requalificação. Aguardamos a resposta a várias propostas que foram apresentadas no sentido de nos ser permitido adotar, pelo menos, um sistema semelhante ao da venda "ao postigo" que foi autorizado para as livrarias para o empréstimo domiciliário.

Fiquem bem, boas leituras!

NOTA: Todos os empréstimos domiciliários cujo prazo de devolução terminava entre 15 e 30 de janeiro foram adiados para o dia 2 de fevereiro.

Contactos durante este período:
Email: bpevora@bpe.pt | Telefone, sms ou whatsapp: 910104678

 

 https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/139368993_10159223937780746_348796300218084124_o.jpg?_nc_cat=105&ccb=2&_nc_sid=730e14&_nc_eui2=AeFi_3SEIrxMT0YKxzwUNCjmPrHuWZaHBac-se5ZlocFp-3Qnfts9VKfZ_o8b2VwbHGDJFCn9tXihDzrnMd-TIJO&_nc_ohc=brYEbAAJ2zwAX96_1qq&_nc_ht=scontent.flis5-1.fna&oh=6c917c66830497a0d8660e20e8770bd2&oe=60371FEE

 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Bibliotecas em tempos de Confinamento

Exma. Senhora Ministra da Cultura Doutora Graça Maria da Fonseca  

Exma. Senhora Ministra da Coesão Territorial Doutora Ana Abrunhosa Exmo. 

Senhor Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional Dr. Carlos Miguel

  

Assunto: Funcionamento das Bibliotecas Públicas em cenário de novo confinamento. 

 

Aproximando-se de forma inevitável um novo confinamento geral, solicitamos a V. Exa. que seja  considerada uma medida específica para as Bibliotecas Públicas, que preveja a continuidade do seu funcionamento, ainda que em moldes reduzidos, com base nos seguintes pressupostos:  

1. 

Bibliotecas Públicas constituem uma rede de equipamentos que cobre todo o país, prestando um  serviço gratuito de:

  • acesso à informação e combate à desinformação, tão necessário nesta fase;
  • acesso ao livro e à leitura para toda a família;
  • acesso a serviço de internet sem fios, que o anterior período de confinamento mostrou ser tão necessário e que ainda não é um bem universal e disponível para todas as famílias.  

2. 

As Bibliotecas Públicas aplicam e fazem cumprir todas as normas de higiene e segurança determinadas pela Direção-Geral de Saúde e nunca constituíram foco de infeção, como comprova a atribuição do selo Clean & Safe a várias Bibliotecas. Reunimos as condições para cumprir o lema da administração pública portuguesa nesta fase (Estam@s On).  

3. 

Durante a primeira fase de confinamento, após o choque inicial, várias Bibliotecas reagiram à pressão dos seus utilizadores e criaram serviços inovadores de empréstimo domiciliário no designado regime de takeaway ou através da entrega de livros no domicílio dos seus leitores. Estas iniciativas mereceram a atenção da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, que as identificou e estudo o seu impacto (ver http://Bibliotecas.dglab.gov.pt/pt/noticias/Paginas/Impacto da-pandemia-nas-Bibliotecas-da-RNBP-2.aspx) e, consequentemente, da comunicação social (ver https://rr.sapo.pt/2021/01/08/vida/pandemia-reforca-necessidade-da-aposta-nos-servicos-online-das Bibliotecas/noticia/221592/). 

4.

Numa fase em que os danos colaterais desta pandemia na saúde mental dos Portugueses já começam a ser analisados e parecem assumir contornos preocupantes, acreditamos que as Bibliotecas, o acesso livre à informação e a disponibilização de livros e leituras podem contribuir para menorizar os efeitos nefastos do isolamento.  

5. 

Em alguns países europeus, designadamente a Bélgica, as Bibliotecas foram consideradas como equipamentos de primeira linha e mantiveram-se abertas ao público.  

6. 

Consideramos que Bibliotecas em funcionamento constituem uma medida com impacto positivo, quer no sector do livro (através das leituras que geram e dos leitores que criam), quer no da comunicação social (através da disponibilização de acesso a publicações periódicas).  

7. 

As muitas funções que as Bibliotecas desempenham ao serviço das suas comunidades não são todas convertíveis em teletrabalho. Naturalmente, compreendemos a necessidade de restringir a movimentação de pessoas, pelo que sugerimos diferentes níveis de funcionamento que as Bibliotecas podem adotar: 

  • Diminuição do horário de funcionamento (apenas umas horas por dia ou apenas alguns dias por semana);
  • Sistema de alternância / rotatividade entre os funcionários em regime presencial ou em confinamento;
  • Funcionamento, apenas, de um posto de entrega e recolha (mediante requisição prévia) de livros.  

Sabemos que as Bibliotecas Públicas Municipais dependem das autarquias locais e que a estas cabe a decisão de encerrar ou manter serviços em funcionamento. Porém, sabemos também que a manutenção desta possibilidade em aberto - ou até a sua recomendação - por parte do Governo de Portugal, pode contribuir positivamente para influenciar a decisão da administração local. 

É neste sentido que pedimos a intervenção de V. Exa.  

À consideração de superior,

Lisboa, 11 de janeiro de 2021  

O Grupo de Trabalho das Bibliotecas Públicas BAD - Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Muito barulho pelas Bibliotecas

 

https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/136931230_10220870316886200_4113698604677395643_o.jpg?_nc_cat=105&ccb=2&_nc_sid=730e14&_nc_eui2=AeHPYB4_BaMT71c--dGZJejpQuAnZOpUihtC4Cdk6lSKG85Il2r6weglSRGvAJRN1d1zcLUPactqoIhzm7jPEZkW&_nc_ohc=3VZVVezaEeAAX-3Uwvz&_nc_ht=scontent.flis5-1.fna&oh=05d160c6f41759196205b0c169a51abd&oe=6036296E 


Da página da RNBP:
 
Zélia Parreira, Diretora da Biblioteca Pública de Évora, no programa “Muito barulho para nada” de 30 de dezembro (desde 1'02''51) fala com José Navarro de Andrade sobre hábitos de leitura, sobre a Biblioteca Pública de Évora e sobre as funções das bibliotecas públicas nas suas comunidades, incluindo a capacidade de captação de novos utilizadores que passa por horários de abertura adequados, recursos atualizados e equipas profissionais habilitadas. 
 

Mãe

Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...