quinta-feira, 29 de abril de 2010

É o que temos

Dois médicos do Hospital da Guarda foram multados por terem escrito ao primeiro-ministro recorrendo a papel timbrado e ao serviço de correio da instituição. A notícia é avançada pelo Público de hoje, que precisa o valor da multa para a falta: 33 mil euros, no total.
Realmente, são comportamentos que prejudicam gravemente o país, que ignoram de forma grosseira a lei, e que beneficiaram financeiramente e de forma ilegítima os seus autores... Ainda que a atitude seja condenável (e não estou completamente convencida que o seja), estará a penalização ajustada ao suposto crime?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Actualização

Isto de ter um blogue e mantê-lo actualizado não é fácil. Gosto muito de escrever aqui, não o faço por obrigação, ou para manter qualquer média, mas mesmo assim, sinto alguns remorsos quando deixo isto ao abandono, sem uma notícia.

Às vezes não há mesmo nada para dizer, mas desta vez nem é o caso. Simplesmente, não há tempo. A feira do livro é uma actividade muito intensa, que absorve a nossa energia, o nosso tempo, tudo. Mas meus amigos, garanto-vos que compensa.

Este ano compensa ainda mais graças ao Projecto dos Padrinhos de Leitura. Não há palavras para descrever a reacção dos miúdos e a alegria com que partem à procura do "seu" livro.

Ontem à noite, casa cheia para ver o "Auto da Barca do Inferno", no espaço da Feira do Livro. Uma boa experiência para repetir hoje à noite, com "Felizmente há luar", no Cine-Teatro Caridade. E amanhã, no Serão de Contos que decorrerá na Feira do Livro, com contadores de histórias como Jorge Serafim, Joaninha Duarte, José Craveira e Carlos Marques. Especialmente para o público sénior, haverá uma sessão extra de Contos com o Jorge Serafim às 18h00, no espaço da Feira.

Se é tudo positivo? Não, não é. Há dias, recebemos os cumprimentos de uma pessoa de fora, ligada ao que se designou chamar indústria da cultura, por termos um programa verdadeiramente cultural, e não um mero programa de animação.  É pena que os "intelectuais" da nossa praça não concordem e primem pela ausência.

domingo, 25 de abril de 2010

Ainda duvidam que os livros trazem felicidade?

Apresentação do livro de José Francisco Finha, O nome da minha rua

As meninas do Zé Francisco, muito orgulhosas

Fátima Donoso Gómez, na apresentação do seu livro, Despedida

Assistência interessada e sempre presente

Há um mundo inteiro para descobrir, não é?

Há sempre tanta coisa interessante a acontecer na feira, mas não consigo retratar tudo... E o blogger demora imenso tempo a carregar as imagens, por isso a alternativa é mesmo virem à Feira.

Somos livres. Somos livres. Não voltaremos atrás.

A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, a 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, a 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas.


No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime.

No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto de o primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.

No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.



Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.

O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.



O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.

No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.

À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.

36 anos depois, a pergunta impõe-se: O que fomos capazes de fazer do 25 de Abril?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Amanhã é o Dia Mundial do Livro

A UNESCO declarou o dia 23 de Abril, radicionalmente dedicado a São Jorge, como Dia Mundial do Livro.

Nesta data manda a tradição que os cavalheiros ofereçam uma rosa vermelha às suas damas. Em troca, estas devem oferecer-lhes um livro. Como habitualmente, a Feira terá rosas vermelhas à disposição.

Asinala-se também neste dia a morte de dois dos mais famosos escritores de sempre: William Shakespeare e Miguel de Cervantes.

Por todas estas razões, esperamos a vossa visita amanhã na Feira do Livro. Eis o programa do dia:

De manhã, às 10h30, será reaberta ao público a Biblioteca Municipal, que tem estado encerrada para remodelações, especialmente na sala infantil, cujo mobiliário estava já bastante "cansado".

Às 15 horas, o público infantil poderá assistir à peça infantil Capitão Livrão, pelo Grupo de Teatro de Animação Moura Encantada, no Cine-Teatro Caridade.

A pensar nos bebés e nos seus pais haverá um atelier de música com duas sessões: Às 17h30 para crianças até 18 meses e às 18h30 para crianças entre os 18 meses e os 3 anos.

Também às 18h30 terá início a apresentação pública do livro O nome da minha Rua, de José Francisco Finha, que explica a origem dos nomes das ruas da nossa terra.



A fechar o Dia Mundial do Livro, o Cine-Teatro Caridade encherá, com toda a certeza, para o espectáculo do Grupo de Teatro Lagarto Pintado.

22 de Abril

Hoje celebra-se o Dia da Terra.

Há 40 anos o então Senador do Wisconsin Gaylord Nelson, mais tarde agraciado com a Medalha da Liberdade (a maior condecoração atribuída a civis nos EUA) por esta iniciativa, propôs o primeiro protesto nacional pelo ambiente «para sacudir o establishment político» e forçar a introdução do tema do ambiente na agenda norte-americana. Em consequência dessa proposta, a 22 de Abril de 1970, 20 milhões de americanos manifestaram-se de costa a costa em favor de um ambiente sadio e sustentável. Milhares de escolas e universidades mobilizaram-se para esta manifestação.


O Dia da Terra viria a adquirir uma dimensão global quando, em 22 de Abril de 1990, 200 milhões de pessoas de 141 países aderiram à sua primeira celebração mundial e ajudaram a abrir caminho para a Convenção sobre a Biodiversidade, no Rio de Janeiro em 1992.

Este é também o dia em que se comemoram 510 anos sobre o descobrimento do Brasil pelos portugueses. Neste dia, Pedro Álvares Cabral terá chegado ao local que veio a ter a designação de Vera Cruz.

E hoje, as minhas irmãs gémeas fazem anos. Parabéns!

Feira do Livro 2010: Dia 2

Hoje teremos a primeira sessão dos Tapetes de Histórias no recinto da Feira, a partir das 18 horas. À noite, vai ter início a discussão pública do Programa MAIS CULTURA, que será apresentado a partir das 21 horas. Segue-se a assinatura dos protocolos de apoio ao associativismo, entre a Câmara Municipal de Moura e as Colectividades do Concelho.

A partir das 22 horas, a animação da Feira está a cargo do Dixie Gang, um grupo de jazz de grande qualidade, de que vos deixo um cheirinho.

Feira do Livro 2010: Dia 1

Ainda não desisiti da História da Feira do Livro, mas agora importa relatar o dia a dia da edição deste ano. Hoje foi o dia da inauguração e mais uma vez, muitas dezenas de pessoas estiveram presentes no momento da abertura da Feira.

Até esse instante, a azáfama habitual de todos os colegas, e são muitos, que contribuem para a construção desta Feira. Funcionários da Biblioteca, da Ludoteca, dos vários sectores que connosco integram o Departamento Sócio-Cultural, da Carpintaria, da Electricidade, dos Transportes, das Obras Municipais, do Gabinete de Informação... É um sem número de gente que entra e sai até ao momento em que as portas finalmente se abrem e a Feira é inaugurada.

Hoje foi uma cerimónia bonita. Homenageámos uma senhora que marcou a vida de muitos mourenses e que ajudou a formar muitos leitores: A Professora Mariana Aguilar. Dona de uma humanidade, generosidade e solidariesdade únicas, a D. Mariana era uma professora de elevadíssimo grau deexigência, que conseguia cultivar nos alunos valores tão importantes como a amizade, o respeito e a tolerância. Ainda bem que tive oportunidade de ser sua aluna. Tal como tive oportunidade de dizer hoje, a primeira vez em toda a minha vida que fui bibliotecária, foi pela sua mão, quando me indicou para tomar conta da Biblioteca de Turma. Há momentos na nossa vida cuja importância só conseguimos avaliar mais tarde...

Depois, seguiu-se a apresentação pública do Projecto Padrinhos de Leitura. Aos Padrinhos presentes foi entregue um diploma em reconhecimento da sua contribuição para a promoção da leitura no nosso concelho.

Ao final do dia, um belíssimo espectáculo de poesia, música e humor com o actor André Gago. Embora a noite estivesse pouco convidativa, quem veio ao Cine-Teatro deu o seu tempo por muito bem empregue.

E também aderiram:

RESULTADO LÍQUIDO + AUTO NARRA PISA
Moura

FVMC + D&F CEREJO
Moura

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Já são Padrinhos de Leitura!

Já aderiram ao projecto promovido pela Câmara Municipal de Moura 49 entidades públicas e privadas do nosso concelho, a saber:

AQUASPACE
Moura

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E SOCIAL DOS TRABALHADORES DA CMM
Moura

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DA EBI DE AMARELEJA
(2 salas)
Amareleja

BARÃO E CHIBITO
Moura

BENTINHA / RIHU
Moura

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO
Moura (Sobral da Adiça)

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS
Moura

CASA AGRÍCOLA JOÃO CARLOS BARROS
Moura

DAVID ROSA ALGARVE
Santo Aleixo da Restauração

DOCES D'ALDEIA + MINI MERCADO IRENE
Santo Amador

ELECTRO RÁDIO MACHADO
Moura

FRANCISCO DOMINGOS DO ESPÍRITO SANTO
Santo Aleixo da Restauração
FRANCISCO PÓVOA E HELENA
Moura

FRANCISCO SENA GORJÃO (PASTELINHOS DE SAFARA)
Moura

GRUPO MOTARD OS MOUROS
Moura

GUEST VIAGENS E TURISMO
Moura

INTERMARCHÉ
Moura

JOAQUIM MOLHO E FILHOS
Moura

JOPICA + EDUARDO FELICIANO
Moura

JOSÉ BAPTISTA GONÇALVES E HERDEIROS
Safara

JUNTA FREGUESIA DE AMARELEJA

JUNTA FREGUESIA DA PÓVOA S. MIGUEL
(2 salas)

JUNTA FREGUESIA DE S. JOÃO BAPTISTA

JUNTA FREGUESIA DE SAFARA
(2 salas)
JUNTA FREGUESIA DE SANTO AGOSTINHO
(2 salas)

JUNTA FREGUESIA DE SANTO ALEIXO DA RESTAURAÇÃO

JUNTA FREGUESIA DE SANTO AMADOR

JUNTA FREGUESIA DE SOBRAL DA ADIÇA
(2 salas)
LUÍS RAMALHO
Póvoa de S. Miguel

MARIA JOSE ISIDRO PEREIRA FERREIRA, HERDEIROS
Safara

MEDIPROP
Moura

MEDIMOURA
Moura

MINI MERCADO CANTOS DE JOÃO MENDES DE JOAQUIM PUNILHAS
Moura

MINI PRAÇA SALÚQUIA
Moura

MOURA CARNES
Safara

OURIVESARIA PINTO
Moura

RESTAURANTE PATOS E INFANTE
Moura

RESTAURANTE PÉRGULA + HDD
Moura 

SALERO + DALLAS BAR
Moura

SALVADOR E GROU + SANTOS E CALDEIRA
Moura

SÉRGIO ORVALHO PINTO
Moura

SUL OUT
Moura

WEBAVANT
Moura


Obrigada!

Caramba, que estou cheia de orgulho da gente da minha terra! O projecto será apresentado amanhã, durante a inauguração da Feira do Livro. Embora poucas, ainda há salas sem padrinho, por isso não sei do que estão à espera...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Feira do Livro

Daqui a pouco mais de um dia, a Feira do Livro estará a abrir as suas portas. Para o grupo de pessoas que trabalha na Biblioteca, é o momento mais importante do ano e tentamos criar durante a Feira, o ambiente de festa que gostaríamos de ter na Biblioteca todos os dias. Um dia, quando as novas instalações estiverem prontas e em actividade, e o espaço não for uma condicionante, é assim que a imaginamos: Gente a entrar e a sair, os livros a circularem de mão em mão, a cultura acessível a todos, nas suas mais diversas formas: a música, a dança, o teatro, a poesia, as artes plásticas, a escrita... Um local de convívio, de partilha de saberes, de comunhão de experiências.

Sendo o resultado de uma aposta forte da Câmara Municipal na Cultura em geral e na promoção da Leitura em particular, a Feira do Livro conseguiu trilhar caminho e afirmar-se como um momento importante da vida da cidade e do concelho. Para isso contribuiu sobretudo a participação activa e empenhada das pessoas nas actividades da Feira. É certo que é para as pessoas que trabalhamos, mas depende delas, e da reacção perante as propostas apresentadas, o sucesso ou insucesso das iniciativas. E aqui, o resultado é excepcional.

A média de vendas tem ultrapassado nos últimos anos a barreira dos 20 mil euros sem esforço, fruto da visita de vários milhares de pessoas ao longo dos dias de feira. A assistência aos espectáculos e o grau de exigência têm vindo a subir ano após ano, e com eles a nossa responsabilidade em corresponder às solicitações do público, não defraudando as suas expectativas. As visitas das escolas, que correspondem a 100% dos alunos de Jardim-de-Infância e 1º ciclo de todo o concelho, animam os nossos dias e desmentem a perspectiva sempre pessimista de que os miúdos não lêem e não se interessam pelos livros. Nos últimos anos, temos registado também uma participação cada vez mais activa dos alunos de 2º e 3º ciclos e do ensino secundário e profissionalizante, o que muito nos apraz.

Pessoalmente, este é um momento muito especial. São várias semanas sem descanso, numa pressão incrível, mas ainda hoje, quando a tenda ficou pronta e voltei a percorrê-la, todo o esforço que os vários sectores da Câmara têm desenvolvido nas últimas semanas fez sentido. Onde hoje havia silêncio e vazio, a partir de amanhã chegará a azáfama e a alegria. É impossível não nos deixarmos contagiar pelo ambiente, pelo cheiro, pelo  barulho, pelo movimento. É Primavera e é Abril. A Feira do Livro está aí, outra vez, e à nossa frente estão doze dias de trabalho com a melhor equipa do mundo (e arredores), para o melhor público do mundo. Apareçam. Sem vocês, nada faria sentido.

O sonho teve a sua carta de alforria
e de mãos dadas com a vontade
constituíram o exército dos livros,
rumo ao alevantamento.

Quebraram a amarra,
escalaram a montanha,
derrubaram a barreira
Fizeram do sonho, uma Feira!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tenham medo...

Em mais uma iniciativa da Associação Cultural e Social dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Moura, o Espaço Sheherazade vai render-se à Lua Nova amanhã à noite, a partir da 23 horas. Hip hop e muita música ritmada por 3 DJs são o prato forte desta noite assustadora.

É só nível!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Padrinhos de Leitura


A Câmara Municipal de Moura tem vindo a assumir como uma das suas prioridades, desde há alguns anos, a Promoção da Leitura e a aquisição de Hábitos de Leitura entre os munícipes, especialmente entre as crianças e jovens que frequentam os estabelecimentos de ensino do nosso concelho.
Até ao momento, esta aposta tem sido concretizada em duas linhas de actuação:

a) A implementação em todas as freguesias do Concelho de um Pólo da Biblioteca Municipal, devidamente apetrechado com fundo documental e equipamentos de acesso à informação, à cultura e ao lazer.

b) A implementação do Projecto Semeando Leituras, que visita quinzenalmente todas as salas de aula de Jardim-de-infância e Primeiro Ciclo da cidade de Moura. Durante esta visita é contada uma história aos alunos e é proporcionado o empréstimo domiciliário de livros existentes na ”Carrinha Amarela”, como as crianças carinhosamente lhe chamam.

A concretização destes projectos tem exigido da parte do município um investimento contínuo em pessoal, equipamento e sobretudo, em fundo documental variado e actualizado, para que as nossas crianças nunca percam o interesse pela leitura.

Felizmente, há outras instituições e várias empresas que atribuem grande importância à sua responsabilidade social em geral, e à questão da promoção da leitura em particular, especialmente considerando o contributo que a aquisição desta competência tem para o desenvolvimento das capacidades de aprendizagem ao longo da vida.

Considerando esta motivação, e no âmbito da implementação do seu Programa MAIS CULTURA, entendeu a Câmara Municipal de Moura criar um projecto de apoio à leitura, designado por Padrinhos de Leitura, em que é dada a possibilidade a instituições e empresas do nosso concelho, de apadrinhar os alunos de uma sala de aula de jardim-de-infância ou primeiro ciclo, através da atribuição de um apoio financeiro, que propomos seja de 100 euros, e que se destinará exclusivamente à aquisição de livros para esses alunos, durante a Feira do Livro de Moura.

Todas as instituições e empresas aderentes receberão um diploma de participação, e terão o seu logótipo ou designação afixado no painel gigante destinado ao projecto que estará em exposição durante toda a Feira do Livro, com indicação das turmas envolvidas e dos respectivos padrinhos.

Nas salas de aula apadrinhadas será afixado um outro diploma, para conhecimentos de todos os Pais e Comunidade Escolar, com o logótipo da instituição ou empresa que a apadrinhou.

Pretendemos assim publicitar a toda a comunidade o trabalho desenvolvido pelas instituições e empresas que participam neste projecto, sem outra motivação que não seja a de acreditarem no papel importante que podem desempenhar no crescimento saudável e desenvolvimento das nossas crianças.

As crianças do nosso concelho agradecem.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Em Londres III

"When a man is tired of London he is tired of life; for there is in London all that life can afford."

Samuel Johnson

(Quando um homem está cansado de Londres, está cansado da vida;
Porque há em Londres tudo o que a vida pode ter)



Dia 4

No dia em que o frio de Londres resolveu voltar, começámos em Hyde Park, à procura do mítico Speaker's Corner. É um recanto dentro do parque onde qualquer pessoa pode discursar sobre o que quiser, usando de total liberdade de expressão. Bem, na realidade, não se pode dizer mal ou ofender a família real ou o governo, e também não se podem dizer palavrões... Os oradores discursam em cima de um banco ou de um caixote, o que os isenta do cumprimento da lei britânica, pelo facto de não estarem a pisar solo inglês(!).

Enquanto esperamos pelos oradores inflamados, fazemos mais uma tentativa para tirar uma fotografia onde estejamos os oito, com o resultado que se vê:


E os primeiros oradores da manhã conseguiram ter mais público do que o comício político do dia anterior em Trafalgar Square:


A promessa estava feita desde que a viagem era apenas um projecto: Vamos ao Madame Tussaud. Ainda me tentei esquivar, afinal de contas, Baker Street, a lendária morada do fictício Sherlock Holmes era mesmo ali ao lado, e eu preferia ocupar o meu tempo lá, ou a passear por Hyde Park, mas fui arrastada até ao Museu de Cera.

Como se costuma dizer, primeiro estranha-se, depois entranha-se. Achava uma parvoíce andar ali a tirar fotografias com bonecos, mas algum tempo depois de lá estar, a nossa figurinha era esta:


O Hitchcock a contar-nos o final surpreendente do seu último filme.



O Pedro a tentar acalmar os ânimos a este senhor que eu não sei quem é, mas parece que joga râguebi, e pelos vistos deve ser famoso, porque tem um boneco no Museu de Cera.



O meu cunhado Francisco Manta a prometer ao Mourinho que vai meter uma cunha por ele no Sporting.



E aqui a tirar a fotografia da praxe depois de ter assinado o contrato de limpeza do Palácio de Buckingham com a Rainha, enquanto aproveita para lhe falar num apartamentozito muito jeitoso que tem para vender.


Aqui estava eu a explicar ao Newton como é a teoria da gravidade. Ele tinha um bocadinho de dificuldade em perceber, coitado.

A minha sobrinha Carolina a curtir a música do Bob Marley.


E aqui os vencedores dos Oscars na categoria de Melhor Filha Mais Velha, Melhor Filha do Meio e Melhor Filho Mais Novo.

A parte que mais apreciei foi o final, em que entramos numa imitação de táxi londrino e somos conduzidos numa exposição animada sobre o "Espírito de Londres". É a história da cidade e do seu espírito de multiculturalidade, contada de uma forma muito divertida. Muito bom.

Enfim, aí vamos nós à procura de uma casa que nunca existiu, a não ser nas páginas dos livros. O número 221 B de Baker Street é a morada do mais famoso detective de todos os tempos: Sherlock Holmes, que veio em pessoa receber-nos à porta.




Antes do final do dia, mais uma viagem de metro até Knigtsbridge, para ver os famosos Armazéns Harrods. Não sei se é mais impressionante o luxo no interior, se a fila de carros topo de gama, com motorista e duas criadas (uma baby-sitter e uma desgraçada que carrega os sacos das compras) que permanece à porta.

Enfim, como é a última noite, e antes da última viagem de metro até ao hotel, um típico jantar inglês numa casa de bifes em Paddington, mesmo ao lado da estação.





Dia 5

Chegou o dia do regresso a casa. O tempo está frio, mas optamos por ir a pé até Oxford Street, que fica no prolongamento de Bayswater Road, a tal avenida perpendicular ao nosso hotel. Depois de uns bons 30 minutos a andar, chegamos à rua descrita como a mais comercial da Europa.




Último almoço em Londres: Pizza, para não variar muito. Mais uma foto de família e a frase tantas vezes repetida nestes dias no metro, na rua, nas praças, nas estações e paragens: "Estamos todos? Contem-se lá. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito. Está tudo."

De regresso ao hotel, a última passagem por Marble Arch, originalmente construído para a entrada do Palácio de Buckingham, e depois transferido para o Hyde Park, alegadamente porque o carro que transportava a rainha não cabia na passagem, pelo que foi necessário retirá-lo da entrada do Palácio.



Já no aeroporto, enquanto esperamos pelo embarque, não resisitimos a aceder à internet, a começar... pelo Açúcar Amarelo, claro!

São cinco e meia da tarde. O avião deixa a pista, eu deixo a Inglaterra. Levo comigo a satisfação enorme destes últimos dias, mas sobretudo o grato prazer de ter conseguido cá chegar. Mais um projecto concretizado, com muito esforço, muita espera, muita paciência, mas muita determinação. Costumava dizer que não haveria de morrer sem visitar a Inglaterra, agora sei que não vou morrer sem lá voltar. Até à próxima!


domingo, 11 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Em Londres II

Dia 3

Fomos a pé até Notting Hill, mas fizémos um pequeno desvio pelos Kensington Gardens e pelo palácio de Kensington. O dia está óptimo e os ingleses saltam de casa como cogumelos para se espalharem pelos jardins de Londres.


Voltamos ao roteiro inicial e entramos em Notting Hill. O bairro é agradabilíssimo, alternando entre ruas estritamente residenciais e ruas com pequenos estabelecimentos comerciais colados uns aos outros. Predominam as lojas de antiguidades, especialmente em Portobello Road, lugar do famoso mercado de rua.




Quase tudo se compra e se vende em Portobello Road. Antiguidades, recordações, objectos decorativos e
artigos de moda, roupas, sapatos, discos… e depois os artigos frescos, a fruta, os legumes, pão de todos os tipos e muitas variedades de comida, todas confeccionadas ali no local e no momento. Vê-se logo que aqui não há ASAE.



(É impressão minha, ou o meu carrinho veio ter comigo a
Portobello Road?)

Encontro um senhor simpatiquíssimo, que nos orienta para o autocarro e nos explica várias coisas sobre Londres. Quando soube que éramos portugueses, perguntou se éramos adeptos dos adversários do Liverpool na última quinta-feira. Respondi-lhe que não, que éramos todos Sportinguistas. Ficou aliviado, ele sim, era adepto do Liverpool.

Apanhámos o primeiro autocarro que nos apareceu à frente. Só queríamos ir para perto do centro de Londres, acabámos por ir até Victoria Station.


Daí apanhámos o autocarro “sem cabeça”, como dizem os meus filhos, para fazermos o tour por Londres. Passámos por vários locais que já tínhamos visitado, e encontrámos a claque do Chelsea.

(Este ponto, em Trafalgar Square, é considerado o centro geográfico de Londres. É a partir daqui que se medem as distâncias de e para a cidade)


(A claque do Chelsea, horas antes do jogo)


(A catedral de S. Paulo)

Em Westminster Pier mudámos para o barco que faz as viagens no Tamisa, de onde saímos perto da Tower Bridge, para vermos a Torre de Londres.




(Até que enfim, uma biblioteca. Esta fica em Marylebone.)

De volta ao autocarro do Tour, não nos apercebemos que o horário das viagens estava a terminar e fomos parar… a Victoria Station. Já era hora do jantar, procurámos um autocarro que nos levasse até ao hotel, mas fizemos a proeza de passar da nossa paragem. Quando nos apercebemos, já estávamos na periferia.

Lá saímos numa paragem ao acaso, e procurámos um autocarro que nos levasse para perto do hotel. Arranjámos um que passava por Notting Hill, e com uma lata fenomenal, usando o mesmo bilhete, entrámos no autocarro.

Para que não voltasse a acontecer o mesmo, fui seguindo o percurso no mapa. Apercebi-me, um pouco antes da saída prevista, que estávamos mais perto do hotel do que se continuássemos até Notting Hill, por isso, pedimos para parar e sair.

O autocarro arrancou e fez a curva para a Bayswater Road. Nós seguimos na mesma direcção, a pé, porque a rua do hotel é perpendicular a essa avenida. Cerca de 30 segundos depois, um carro arranca do estacionamento sem olhar e bate no autocarro de onde tínhamos acabado de sair…

Embora nada tenha acontecido aos passageiros, devem ter ficado ali retidos por muito tempo, à espera da Polícia. O condutor do carro, sem metade do pára-choques, arrancou e fugiu.

Amanhã há mais.

Mãe

Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...