terça-feira, 24 de março de 2015

A maioridade

Nesta madrugada sai a Mariana. Como tudo aquilo a que se propõe, vai fazer a viagem de finalistas que ela escolheu e não aquela que toda a gente faz. Exactamente como sempre disse que faria.

A Inês acaba de desligar o telefone: "Mãe, vais passar mais uma semana sem dormir!". Está no seu estágio, também ela no lugar onde sempre quis estagiar, a fazer aquilo que queria fazer. "Mãe, tu tinhas tanta razão! Não há nada melhor do que fazer as coisas bem feitas e deixar boa impressão por onde passamos."

O Pedro vai a caminho. Ao seu ritmo, como sempre. Com tranquilidade. Numa boa.

Como chegámos até aqui? Como deixaram de ser a minha ninhada para se transformarem nestas pessoas com vida própria, interesses definidos, metas estabelecidas, histórias para contar? O que fazem quando eu não estou, se quando estão por perto chamam "Mãe!" a cada minuto? E que farei eu quando todos tiverem voado do ninho, se de todas as coisas que já fiz ou farei na vida, a mais importante é ser mãe deles?




Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Mãe

Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...