quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Trabalhos forçados
Dores de garganta e um dia em casa, aproveitado para adiantar trabalho enquanto a televisão debita o que se vai passando no mundo. Manhã de discussão sobre a indisciplina nas escolas. Liga uma mãe de Braga, empresária. Diz que nunca foi chamada à escola enquanto o filho frequentou um colégio particular, mas desde que está numa escola pública, o filho é constantemente convidado a sair da aula e mandam-no para uma biblioteca de castigo, incluindo numa aula em que estavam a receber o guião do próximo teste. E a senhora não acha certo.
Vou passar ao lado do facto de o filho da senhora ser, para sua grande surpresa, realmente mal-educado, embora ela ache que a culpa é toda da influência dos novos colegas e da organização da escola. Também não vou demorar-me a explicar que numa escola particular, a autoridade é vista como uma qualidade e reverenciada pelos pais, que se apressam a questioná-la numa escola pública, retirando assim, cada vez mais, a possibilidade de um professor controlar o comportamento na sala de aula. Também vou ignorar o facto de um colégio particular nunca levantar problemas aos detentores da conta bancária de onde sai o pagamento da mensalidade, quero dizer, aos pais. O que me tirou mesmo, mesmo, mesmo do sério, foi o menino ir de castigo para a biblioteca.
Podem parar com o PNL, com o CNL, com a RBE, com os subsídios e financiamentos para a leitura, com o investimento em bibliotecas. Pára tudo!
Enquanto a biblioteca for lugar de castigo, acham que alguém se vai sentir atraído pelo hábito de leitura? É como convencer os turistas a irem passar férias a um estabelecimento prisional. Então não vão?
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Pois, dá vontade de chorar, ana escola da Vidigueira, tem uma sala de reflexão...mas não é na biblioteca, acho que ficam a escrever textos sobre atitude .
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