segunda-feira, 2 de novembro de 2020
terça-feira, 20 de outubro de 2020
Dias que também passam
terça-feira, 25 de agosto de 2020
domingo, 23 de agosto de 2020
Politicamente incorrecto
Chega-me este texto, por mão amiga, e parece-me óptimo para dar corpo a uma série de (mais ou menos corajosos) pensamentos contra a corrente do entorpecimento espiritual/intelectual.
sábado, 22 de agosto de 2020
Coesão territorial
63 milhões para particulares e empresas que
apresentem provas documentais (ai, ai) de deslocação para o interior.
Entretanto, como já quase não há nada para fechar, também não se pensa
em reabrir: escolas, centros de saúde, postos de correios, postos de
segurança, repartições de finanças ou tribunais. Não se arranjam
estradas nem se reabrem linhas de caminho de ferro. Nem se melhoram ou
rentabilizam as existentes.
Nada.
Arranja-me aí umas declarações e levas 1900€ por mês durante 3 anos. Vais viver para o interior? Então são 4000, que lá os arrendamentos estão baratinhos. Ao fim de 3 anos, voltas e pagamos o mesmo a outros.
Quem aqui vive e escolheu trabalhar para a região, quem tem que mandar
os filhos para os grandes centros urbanos para poderem estudar, pagando
aí alojamentos a preços proibitivos, quem, desde sempre, tem
obrigatoriamente que usar carro para se deslocar porque não há
transportes públicos, quem teve toda a vida que viajar uma hora, pelo
menos, sabe deus por que estradas, para chegar a um hospital, não leva
nada. Nem vê a situação melhorar.
Nada.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
A Biblioteca Pública de Évora pela mão dos seus leitores #1
A nossa Leitora Sandra Gonçalves de Gaia fez uma pequena reportagem sobre a BPE, durante a realização das obras e reorganização dos espaços, que publicou no seu canal Youtube.
Esta é uma parte da entrevista, com a informação sobre a forma como o nosso empréstimo domiciliário funcionou durante a obra de reabilitação do edifício e em tempos de pandemia.
Divulgamos o trabalho realizado, com os nossos agradecimentos à Sandra Gonçalves. É bom ter Leitores assim, tão comprometidos com a sua Biblioteca.
domingo, 16 de agosto de 2020
100 anos de Bukowski
Charles Bukowski
16 de agosto de 1920 - 9 de março de 1994
______________
Então queres ser escritor?
se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
a menos que saia sem perguntar do teu
coração da tua cabeça da tua boca
das tuas entranhas,
não o faças.
se tens que estar horas sentado
a olhar para um ecrã de computador
ou curvado sobre a tua
máquina de escrever
procurando as palavras,
não o faças.
se o fazes por dinheiro ou
fama,
não o faças.
se o fazes para teres
mulheres na tua cama,
não o faças.
se tens que te sentar e
reescrever uma e outra vez,
não o faças.
se dá trabalho só pensar em fazê-lo,
não o faças.
se tentas escrever como outros escreveram,
não o faças.
se tens que esperar para que saia de ti
a gritar,
então espera pacientemente.
se nunca sair de ti a gritar,
faz outra coisa.
se tens que o ler primeiro à tua mulher
ou namorada ou namorado
ou pais ou a quem quer que seja,
não estás preparado.
não sejas como muitos escritores,
não sejas como milhares de
pessoas que se consideram escritores,
não sejas chato nem aborrecido e
pedante, não te consumas com auto-devoção.
as bibliotecas de todo o mundo têm
bocejado até
adormecer
com os da tua espécie.
não sejas mais um.
não o faças.
a menos que saia da
tua alma como um míssil,
a menos que o estar parado
te leve à loucura ou
ao suicídio ou homicídio,
não o faças.
a menos que o sol dentro de ti
te queime as tripas,
não o faças.
quando chegar mesmo a altura,
e se foste escolhido,
vai acontecer
por si só e continuará a acontecer
até que tu morras ou morra em ti.
não há outra alternativa.
e nunca houve.
(Alguém sabe a morada da Chiado Editora?)
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Pai
Que os dias continuem a suceder-se, como se nada se tivesse passado, é o mais estranho.
Que o sol nasça e se ponha de forma milimétrica, à hora marcada no
calendário, como se ainda te fosse encontrar na rotina dos dias, no
cumprimento das obrigações, é quase uma traição.
Como dizia o
Sebastião da Gama, a propósito do outro extremo da vida, do nascimento,
"os homens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém", tudo continuou
na normalidade à nossa volta.
Só nós ficámos aqui, perdidos, desorientados, atordoados perante uma inevitabilidade que julgávamos poder adiar indefinidamente.
Hoje era o teu dia, Pai.
Hoje é o teu dia.
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
As pessoas fazem a Biblioteca
O relacionamento pessoal como um recurso da Biblioteca Social.
"And with the future seeming so uncertain and riddled with more questions than answers, we can look to this one idea to help guide our work: connect with the people we interact with. Build trust. Share fear. Provide someone else with the opportunity to know that they have been heard, and for that moment, they are not alone. In doing so, we get outside of our own experience and can embrace the healing that comes from helping someone else".
A autora do artigo, Debra Keane, é Coordenadora da Área Social da Jefferson County Public Library, responsável pela resposta estratégica da Biblioteca às necessidades da comunidade e pela formação específica dos funcionários para lidar com as inúmeras questões sociais (doença mental, desemprego, sem abrigo, grupos marginalizados, violência doméstica, entre outros).
(partilhado de RNBP)
domingo, 9 de agosto de 2020
Bibliotecas mudam vidas
Via FEBAB
"O projeto de parques-bibliotecas de Medellín deu tão certo que os índices de violência caíram drasticamente e o município passou a ser reconhecido como cidade-modelo. Em um concurso realizado pelo The Wall Street Journal e pelo banco Citibank, em parceria com o Urban Land Institute, Medellín foi eleita a cidade do ano em 2013 devido às transformações sociais que realizou."
terça-feira, 4 de agosto de 2020
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
segunda-feira, 4 de maio de 2020
BIBLIOTECAS: ESTAMOS DISPONÍVEIS
No dia em que as bibliotecas de todo o país podem voltar a reabrir ao público,
Sou uma das subscritoras desta Carta, em conjunto com o Bruno Duarte Eiras, o João Guerreiro, a Manuela Barreto Nunes, o Miguel Mimoso Correia e o Nuno Marçal. Entendo-a útil e necessária. Embora reivindicativa, procurámos redigi-la num tom positivo e de proactividade, evitando cair na tentação fácil de pedir financiamentos ou atribuição de verbas. Elencámos medidas concretas, mas sobretudo reafirmámos a existência de uma rede de equipamentos de serviço público, que cobre todo o território e que pode e deve ser integrada nas políticas de desenvolvimento cultural, social e económico, especialmente no quadro de situações de crise como a que vivemos.
https://cartaabertabibliotecas.wordpress.com/
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Aos 50
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Nós e os outros
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
A intenção era boa, mas o caminho não é por aí
Querida Esquerda
Estou muito desiludida. Andámos uns anos na direcção certa, a forçar a durabilidade dos manuais escolares durante um determinado período de tempo, permitindo que irmãos de uma mesma família, por exemplo, pudessem utilizar os mesmos exemplares em anos diferentes. As editoras foram rápidas a contornar a situação. Criaram os livros de fichas, alegadamente para evitar que os alunos escrevessem nos seus manuais, mas obrigando à compra de novos livros de fichas anualmente. Só que... os livros de fichas só eram vendidos nos chamados packs, ou seja, era preciso comprar novamente os manuais. Mas agora, assim embrulhados, em pacote, duplicavam de preço.
Apoiei a entrega de manuais escolares gratuitos. Além da óbvia garantia de acesso à educação para todos, o Estado assumia-se como O Comprador, ganhava poder negocial para enfrentar as estratégias puramente lucrativas das editoras. Adoptava igualmente uma postura pedagógica de reutilização, respeito por materiais comuns, pagos pelo erário público.
Mas eis que começam os protestos. Não da opinião pública, porque se esses tivessem peso, as condições das escolas seriam muito diferentes: temperatura confortável nas salas de aula, refeições decentes, pessoal auxiliar em número suficiente, etc., etc. Os protestos que se fizeram ouvir foram outros: as editoras.
Portanto, aqui estamos: livros novos todos os anos, agora sim, oferecidos a todas as famílias. Lucro garantido. E tudo isto na era digital, onde todos os procedimentos se desmaterializam e onde era tão fácil, pura e simplesmente, eliminar os manuais escolares. Todos os materiais absolutamente necessários poderiam ser impressos nas escolas, à medida do professor e dos seus alunos. Isso sim, seria redução de papel e não a imposição ridícula ao número de folhas de papel que um serviço público (escolas incluídas) podem gastar por ano.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
Mãe
Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...
-
Quem passa pela Barragem de Alqueva depara com uma frase em letras garrafais, porém já cheias de ferrugem, mal disfarçadas por uma rede que ...
-
Quando falo no Migraleve, no seu desaparecimento do mercado e no complicado esquema de fornecimento externo que consiste basicamente em crav...
-
Última hora José Sócrates ameaça mandar apagar as luzes de S. Bento e ligar o sistema de rega dos jardins do palácio às 20h00 do dia ...