A empresa Jerónimo Martins, uma das mais bem sucedidas em Portugal, uma das poucas que conseguiu lucros significativos na bolsa de valores, além dos mais que evidentes lucros obtidos com a exploração dos supermercados Pingo Doce e Recheio, acaba de transferir a propriedade do seu capital para uma empresa subsidiária sediada na Holanda, mantendo o direito a voto.
Ou seja, a Jerónimo Martins mantém a opção de gerir a empresa em Portugal, mas todos os lucros passam a ficar sediados na Holanda, o que significa que quaisquer impostos devidos pela empresa serão pagos naquele país e não em Portugal.
Além da Jerónimo Martins, outras empresas portuguesas de grande dimensão (e grandes lucros tributáveis) estão já sediadas na Holanda (que é um país que precisa muito da ajuda e do contributo de empresas estrangeiras), como por exemplo: Mota-Engil, Galp, Sonaecom, etc.
Aparentemente, transferir os capitais das empresas para a Holanda ou o Luxemburgo é "um must", devido às inúmeras vantagens fiscais.
Em Portugal fica a rede física de supermercados, postos de gasolina e outras prestações de serviços, cujos lucros são pagos pelos mesmos que pagam todos os impostos: os desgraçadinhos a quem só sobra dinheiro para comprar o "Cabaz Família Pingo Doce". O dinheiro, que é bom e faz falta, seguiu o conselho do governo, emigrou.
Imagem retirada daqui.
E o capitalismo no seu explendor, a fuga, para que os dividendos dos accionistas nao sejam tributadas, numa altura em que que se pedem sacrifícios a todos, principalmente aos trabalhadores e pequenos e medios empresarios, e os grandes grupos e accionistas dao este triste exemplo. Os sacrifícios sao sempre para os mesmos, quero ver o que vão dizer o Primeiro Ministro e o Presidente, estou com o Antonio Capucho e apelo tambem ao boicote ao Pingo Doce. Vamos todos deixar de fazer compras no Pingo Doce.
ResponderEliminarEu só lá ia em caso de manifesta necessidade. E agora nada!!!!
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