Em ambas as situações, as respectivas directoras foram imediatamente crucificadas e até circula uma petição infame pedindo a demissão imediata da directora do Convento de Cristo, sem que sejam apuradas as devidas circunstâncias e responsabilidades. As redes sociais são a nova fogueira da Inquisição.
Ora, meus amigos, como diria o diácono Remédios, não havia nexexidade. Ou haveria? Ou tudo isto vem da enorme pressão que os serviços do património cultural recebem para aumentar a receita? Arranjar formas de angariar proveitos, é esta a política cultural do meu país?
Atenção, isto ainda é só a ponta do iceberg. Os efeitos não são imediatos e o que vemos hoje são os primeiros resultados de anos e anos de desinvestimento. Mas outras consequências se seguem resultando sempre no mesmo destino fatal: a perda irreparável de património.
Abram os olhos, senhores. É agora ou nunca.
PS1: Não sei porquê, ninguém parece estar incomodado com o desvio das verbas. Se os valores forem da ordem dos que foram referidos na reportagem, estamos a falar de muito mais de 200 mil euros por ano (só na época alta), desviados da possibilidade de conservação do Convento para os bolsos dos funcionários. Um processo de anos e anos e anos e anos. Toda a gente acha isto normal?
PS2: A DGPC vai investigar o processo. Como deve se feito.
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