Há dias, numa conversa com colegas bibliotecários, pedi-lhes que verificassem se, no balanço do trabalho realizado que os respectivos presidentes de câmara certamente vão fazer agora que é ano de eleições, a biblioteca constava como uma das realizações do mandato. É um indicador tão simples e tão revelador, que até assusta, por não deixar dúvidas de interpretação e por ter resultados tão desoladores.
O exercício também se aplica aos programas eleitorais. Em quantos há planos para a biblioteca? Que planos? O que representam? Afinal, quantos votos vale uma biblioteca?
É por isso com satisfação que vejo municípios determinados em investir nas suas bibliotecas. A esse entusiasmo não é alheio o trabalho entretanto já feito pela biblioteca, a postura pró-activa do bibliotecário e a demonstração de que o investimento compensa.
É o que está acontecer em Lisboa. Depois de um período de sincero desânimo nas hostes bibliotecárias provocado pela transferência da tutela de várias bibliotecas para as juntas de freguesia, como quem se livra do que é indesejado, eis que o município de Lisboa aposta na revitalização das suas bibliotecas e demonstra que todos os cêntimos ali aplicados não são um gasto, mas sim um investimento que dará muitos e longos frutos.
Parabéns à Susana Silvestre pelo entusiasmo e por não se deixar contaminar pelo espírito derrotista, mostrando que é possível inverter rumos e valorizar a Biblioteca Pública!
Pode ver aqui a magnífica Biblioteca de Galveias.
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