Ontem, 20 de Julho, morreu Helena Cidade Moura, responsável pela maior campanha de alfabetização organizada em Portugal no pós-25 de Abril. Empenhou-se permanentemente na luta pela democracia e pela liberdade e, tal como uma formiguinha, trabalhou até ao fim da vida pela erradicação do analfabetismo no nosso país.
Infelizmente, os meios de comunicação social estavam distraídos. É que ontem também morreu uma cigarra.
Adenda:
Via comentador no Delito de Opinião, aqui fica a dedicatória que a própria Helena Cidade Moura deixou no seu Manual de Alfabetização publicado em 1979:
Àqueles que cortam à noite as estradas desertas a pé ou de motoreta contra o vento e contra a chuva e se dirigem à luz acesa na escola da terra adormecida.
Aos jovens que trocam as noites de descanso ou de convívio pelo grupo de alfabetizandos e que no fim de pouco tempo trazem no olhar as marcas da luta daqueles que passaram a ser os seus companheiros.
Àqueles que mal acabado o exame da 4ª classe entendem que devem alfabetizar os seus vizinhos. E depois de um dia de trabalho vão à noite à escola transformar em vida participada os gestos dos professores letrados que os ensinaram.
A todos os companheiros com quem tenho trocado experiências e que comigo são autores deste trabalho.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Mãe
Vou herdar-lhe as flores, pedi-as às minhas irmãs. Um dos grandes amores da sua vida. Mas mãos dela, tudo florescia. O galho mai...
-
Quem passa pela Barragem de Alqueva depara com uma frase em letras garrafais, porém já cheias de ferrugem, mal disfarçadas por uma rede que ...
-
Quando falo no Migraleve, no seu desaparecimento do mercado e no complicado esquema de fornecimento externo que consiste basicamente em crav...
-
Última hora José Sócrates ameaça mandar apagar as luzes de S. Bento e ligar o sistema de rega dos jardins do palácio às 20h00 do dia ...
Uma grande Senhora perante a qual me curvo respeitosamente.
ResponderEliminar