A maior votação de sempre na Coligação Demcrática Unitária foi a cereja no topo do bolo das semanas de intenso trabalho que vivemos. Vamos por partes:
Na Amareleja, quatro votos retiraram ao meu "Presidente de Junta preferido" um novo mandato à frente da freguesia. O Sr. Ramalho é a pessoa mais parecida com o meu pai que já encontrei. Merecia ter ganho, pela extraordinária pessoa que é e pelo desenvolvimento que a Amareleja tem tido nos últimos anos, conduzida pela sua mão generosa e íntegra. Compreendo as motivações da população de Amareleja, ciosa da sua independência, mas foi um resultado injusto. A votação na CDU para a Câmara e Assembleia Municipais não deixam dúvidas quanto à escolha política assumida dos amarelejenses, pelo que este resultado me soa um pouco a um "grito do Ipiranga".
Se os resultados brilhantes em Santo Amador são a justíssima recompensa do trabalho desenvolvido pela Helena Romana e pela sua equipa, as votações de Safara e Santo Aleixo são a prova de que as pessoas estão atentas e não alinham em folclore. Venceu a credibilidade, a seriedade e a humildade. No Sobral, apenas 33 votos separaram o Gabriel Ramos da conquista da Assembleia de Freguesia. Nada a lamentar, a semente já lá está e já deu os seus primeiros frutos.
Maioria absoluta para São João Baptista. Mérito do José Armelim e das minhas amigas Jú e Ana Paula, mas também o resultado do trabalho realizado nos últimos 4 anos pelo José António Oliveira. Apesar de a imprensa local parecer desconhecer a existência desta freguesia e da actividade desenvolvida, as pessoas, verdadeiras beneficiárias, souberam avaliar e premiar o esforço.
Santo Agostinho é a espinha que me está atravessada na garganta. Sabíamos que seria muito difícil, já que a maioria da população da freguesia tem ideais políticos diferentes, mas Santo Agostinho merecia melhor, merecia ter uma pessoa idónea, trabalhadora, empenhada e íntegra como a Ana Farinho. A Ana é vítima da sua ética e da sua incapacidade de atropelar e pisar os que se lhe atravessam no caminho para poder atingir os seus objectivos. Mas ela é que está certa, e como dizia ontem à noite a Lena, "é tão bom termos a consciência de que estamos do lado certo da vida".
Mesmo nas freguesias em que a CDU não obteve a vitória na eleição das Assembleias de Freguesia, foi esmagadora a vitória para a Assembleia Municipal e para a Câmara. É o testemunho do reconhecimento da população pelo trabalho efectuado e é uma prova inequívoca de confiança nos candidatos da CDU. Sabendo que é o último mandato do Dr. José Maria Pós-de-Mina, este resultado fez-me lembrar a ovação de pé que se costuma fazer nos estádios de futebol quando o melhor jogador em campo sai para ser substituído, não porque esteja a jogar mal, mas porque merece ouvir os aplausos do público. Felizmente, ainda vamos ter mais 4 anos com o melhor jogador em campo, mas acredito que este foi um resultado de agradecimento pela coragem e determinação, pela ousadia e inovação, pelo empenho e - desculpem o desabafo - pela paciência em aturar gente mal educada.
Uma palavra especial ao novo vereador eleito.
Zé, és o meu melhor amigo há muito anos. Estiveste ao meu lado nos bons e nos maus momentos. Mesmo quando discordavas de mim, ou quando eu fazia asneira, nunca deixaste de estar lá.
Sei que sou muito crítica e muito exigente, a ponto de às vezes parecer que só vejo defeitos no teu feitio, mas é apenas porque quero sempre que sejas melhor e que te superes.
Sei que a Joana se vai orgulhar muito de ti e do que tu lhe transmites, com o mesmo orgulho que tu tens na pessoa que o teu pai foi, e em tudo o que ele te deixou e que tu soubeste honrar: os valores morais, a convicção, a solidariedade, a justiça, a honestidade e sobretudo a capacidade de sonhar.
Vou ter muitas saudades de trabalhar directamente contigo. Vou sentir falta das conversas sobre tudo e mais alguma coisa e das discussões das quais conseguimos sempre retirar ensinamentos. Vou sentir falta daqueles primeiros dias de preparação da Feira do Livro, quando fazemos aquela espécie de "brainstorming" em que 98% das ideias são só disparates que nos valem umas boas gargalhadas.
Sei que darás o teu melhor, estou muito orgulhosa de ti.
Por fim, quero agradecer a todas as pessoas que ontem à noite fizeram questão de me dar os parabéns, a mim, que sou insignificante nestas andanças. Quero agradecer os muitos abraços emocionados que recebi e as 54 mensagens que chegaram ao meu telemóvel. Peço desculpa por não ter respondido a todas, mas não deu. E mais uma vez, muito, muito obrigada aos que me receberam sem preconceitos e fizeram questão de me dar as boas-vindas.
Últimas palavras para a minha família. Aceitaram a minha escolha sem reservas e mais uma vez, em bloco, apoiaram-me como sempre têm feito.
Foram uns dias extraordinários!
E agora, adeus, vamos limpar a sede de campanha e toda a propaganda eleitoral que andámos a espalhar pelas ruas. É que nós gostamos mesmo da nossa terra, e queremos um concelho (ainda) melhor.
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Das melhores campanhas de sempre...
ResponderEliminarDas melhores vitórias de sempre...
As melhore sensações...a vitória merecida de uma verdadeira equipa, com consciência de que nada se faz sem trabalho, honestidade e competência e de que, independentemente de convicções politicas, o mais importante é o projecto claro e objectivo, que consegue mobilizar todos aqueles, também sem interesses pessoais, se juntam para dar de si sem olhar a esforços para enriquecer a mesma causa.
Obrigada Zélia!
juntos somos muitos e nunca seremos demais...por MOURA.
zeza S.
Como tenho algumas coisas importantes que quero dizer, vou dividir este comentário em duas partes:
ResponderEliminarO meu gosto pela política, e por tudo quanto gira à sua volta remonta aos primeiros anos da Escola Secundária. Lembro com saudade as acesas disputas para as Associações de Estudantes, as GRA, onde pouca faltava para que os nossos dotes de pancadaria fossem testados. A minha formação não teve, como muitas vezes acontece, influência familiar. Tanto o meu pai como a minha mãe, ou mesmo a minha irmã, não eram dados a grandes opiniões políticas, as conversas em casa sobre esta temática eram raras. Mas tive logo desde muito novo (14/15 anos uma tendência para o Partido Comunista, curiosamente os meus grandes amigos de infância, eram todos PSD. Recordo com saudades as tertúlias políticas, acerca do marxismo e da Social-democracia, com o Paulo Vasconcelos, o Bito, principalmente estes dois, nunca chegávamos a conclusão nenhuma, ou por outra chegávamos, era mais uma rodada de imperiais, o resto da maralha, Luís Infante, Tonico, Augusto e Gemito, não gastavam tantas energias nestas discussões, eram mais para beber, eu era um oásis comunista naquela onda laranja. Hoje agradeço publicamente ao Tonico e ao Paulo o seu apoio nesta minha aventura política, foi muito importante para mim e revelador de que continuam a trilhar valores, que infelizmente hoje estão em desuso, como a solidariedade, a amizade e a honestidade.
Hoje e depois de analisar toda a campanha, e as peripécias a ela associadas, acho que estou no lado certo da barricada, não porque sejamos superiores ou melhores, somos diferentes. Esta experiência revelou-me o melhor do que o ser humano tem para dar, a solidariedade, a coragem, a dedicação, a alegria, a capacidade de sonhar e a militância desprendida de interesses. Ideologia à parte, era como uma equipa, uma verdadeira equipa, e nomes como a Ana Farinho, a Ana Paula, o Orlando, Zé Gonçalo, Chico Rui, Zé Nim, Minica, Maria Ana, Lurdes, Daniel, João Fialho, Zeza, a inevitável e insubstituível Ana Bendita, os outros que me perdoem, mas estes foram em alguns casos uma confirmação porque os conhecia, noutros, agradáveis surpresas.
ResponderEliminarPara a minha grande amiga Zélia, que me atura há mais de uma dezena de anos e que comigo tem partilhado momentos de pura amizade, solidariedade, coragem, tristeza, e muita e muita alegria, a minha admiração e reconhecimento de tudo que de bom me proporcionou, do mau ela já sabe. Da sua capacidade de organização, dedicação, criatividade, penso que só quem não trabalha ou convive com ela, poderá ficar surpreendido. Ajudou-me muito na minha caminhada na Junta de Freguesia, que modéstia à parte, penso que desempenhei com zelo e dedicação,
Acho injusto o rótulo que tentam colar, alguns por inveja, ou má fé, ou até desconhecimento, por vezes referem, “feitio difícil”, o que é um feitio difícil? É a dedicação extrema a uma causa, como a “Biblioteca” muitas vezes privando os filhos, ou recorrendo a meios próprios, para suprir certas faltas? É a pessoa ser sincera e dizer o que lhe vai na alma, esteja quem estiver? É a procura incessante da perfeição no trabalho? É conseguir arregimentar dezenas de pessoas para uma causa, mesmo que para isso e durante o percurso, fosse necessário enfrentar dissabores e reclamações? É estar ao lado de causas sem contrapartidas antes ou depois, e dar a cara, quando muito(a)s o já não fizeram , porque já não precisavam, ou porque tiveram medo de se comprometer e aparecem só depois do sucesso garantido, com falsas desculpas. Ferve em pouca água? Pois ferve! Mas desconfiar sim, daqueles que dizem a tudo que sim, que nunca tomam posição, ou que não saem de cima do muro, desses tenho conhecido e conheço muitos, enganam-nos durante um certo tempo, mas não nos enganam sempre.
Deixei para último a minha família, Adelaide e Joana, nem sempre é fácil conviver com tantas horas de ausência. Para a Joana principalmente, que tem apanhado de tudo durante estes seis anos: A minha licenciatura, a Pós-Graduação, o Futebol, a Política e a Junta, muitas vezes ao vê-la deitada, a dormir, pensava nessas horas de ausência, em que não a pude ter no colo, andar com ela de bicicleta, ou simplesmente conversar, e não conseguia evitar uma ou outra lágrima. Mas já lhe prometi que assim que pudesse iríamos à neve, como ela tanto gosta. Como está grande a minha Joana, a minha bailarina, cresceu, sem eu quase dar por isso. A minha irmã também tem tido um papel importante nas minhas decisões, quer pela força que me transmite, quer pela confiança que deposita em mim. Pode haver irmãos que se dêem tão bem como nós, mas melhor duvido!
A todos os que confiaram e confiam em mim, prometo apenas muito trabalho e dedicação, dentro do estilo que me caracteriza, não podemos arranjar modelos, temos de ser iguais a nós próprios, e espero contar com a valiosa ajuda de todos, todos são importantes, e dos meus amigos mais chegados espero o mesmo apoio com que me têm mimado até aqui.
Adeus e até à próxima campanha. O sonho nunca morre
José António Oliveira