Das profundezas do baú de recordações do Estado Novo, aí está ela, a Senhora Dona Isabel Jonet. Tão caridosa, a ajudar os pobrezinhos... e a pensar que eles só têm o que merecem porque gastaram o que não tinham.
Ir a um concerto e esperar que o Estado pague a radiografia de um aluno que cai numa aula de ginástica (onde até está a coberto do seguro escolar)? Que ideia mais ridícula! Quase tão ridícula como gastar dinheiro com atum, arroz e leite de que não preciso para oferecer ao banco alimentar.
Visto aqui.
o lobo deixou cair a pele de ovelha...já há algum tempo que o discurso desta senhora me irritava...agora desmascarou-se... vá continuem todos os portugueses que passam dificuldades para pôr o arroz e o feijão na mesa a continuar a oferecer pacotes para o Banco Alimentar, e a dar tempo de antena a esta senhorita!!!agora sim percebemos quem faz caridade com o esforço dos outros...sobretudo quando tudo depois é redistribuído pela mão caridosa da igreja!!!
ResponderEliminarMGantes
Sobre este tema, partilho aqui, o que escrevi na página Facebook do Antologia de Ideias:
ResponderEliminar"O povo é sereno… até o mandarem trabalhar! Esta ambição de enriquecer trabalhando, não merece confiança, não venham cá com histórias. Pode até dizer-se que é como aquele mal que não vem só. Como se já não bastasse trabalhar, arriscamos a tornamo-nos num daqueles que mais adoramos odiar: um rico. Lá o viver ricamente, vá que não vá, e até somos bons na coisa. Agora ser rico, jamais!
Mas não fica por aqui. Existem outras tiradas que fazem levantar da cadeira o mais sereno dos populares. Os mais afoitos que experimentem! Digam lá no café, ou na copa do escritório, que temos andado a viver “acima das nossas posses”. Ha! Sereno até ali, é vê-lo levantar-se e tirar as mãos dos bolsos, queixo levantado, em jeito de "ora diz lá isso outra vez!...". Portanto, cuidado.
Cuidado que, Isabel Jonet, presidente do BACF, não teve, coitada. Não apenas ousou dizer que desenvolvemos uma mentalidade despesista – na qual, sem pejo, inclui os próprios filhos – como veio sugerir que não existe miséria em Portugal. Estivesse ela no café teria levado na tromba, e era logo!
Curiosamente, Jonet não insulta tanto os visados, quanto indigna aqueles que, ainda que vivendo mais apertados, falam de uma miséria que não é sua. Aqueles para quem a miséria – seja a acrescida, seja a de sempre – existe e não pode ser negada, nem mesmo relativizada. Não fora perder-se assim uma causa nobre pela qual se insurgir, agora que, “à rasca”, já percebemos que estamos todos. Mais um não-tema."
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Nós os pobres... somos terríveis. Uns ingratos, é o que é. E ainda por cima temos a mania de querer ser respeitados. Um absurdo!
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