Desapareceu dos olhos dos vizinhos e do mundo em 2002. A única pessoa que se importou com ela, diz que foi em Agosto. Apresentou queixa nas autoridades, mas sem mandado judicial (que ninguém se incomodou em obter), não era possível entrar no apartamento para ver o que tinha acontecido.
O correio acumulado, as pensões de reforma nunca levantadas, as contas nunca pagas deviam ter alertado a sociedade, mas não. Prevaleceu a indiferença. Só o Ministério das Finanças deu pela sua falta e na ausência de respostas, penhorou-lhe o prédio e remeteu-o para leilão.
Foi encontrada ontem, nove anos depois do dia em que a vida a abandonou no chão da cozinha, dentro da sua casa, num prédio de vários andares onde habitavam várias famílias a que antigamente se chamavam vizinhos.
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Morreu sozinha, na freguesia mais populosa do país, com o seu cão, fiel companheiro até na hora da morte.
ResponderEliminarcada vez existe menos humanidade nesta humanidade.
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