sábado, 18 de agosto de 2012

Um post cheio de apartes

Os familiares das vítimas da derrocada na praia Maria Luísa, há (creio que) 5 anos no Algarve, lembraram-se este verão, que a crise está má, de pedir ao Estado - ou seja, a todos nós - uma indemnização de 900 e muitos mil euros e 40 cêntimos (adorei o preciosismo).

Reconhecem - vou repetir: reconhecem - que a proibição de ocupar o espaço estava sinalizada, mas os diversos organismos com responsabilidade na matéria não fizeram tudo o que podiam para os impedir de irem para aquele lugar. Culpam o concessionário - cuja concessão não chega até ali porque era proibido estar naquele espaço - e sobretudo o desgraçado do nadador salvador que os "devia ter obrigado a abandonar o local". Imagino o pobre do nadador salvador a dizer-lhes que não podiam ir para ali e aquelas inteligências raras (que insistiram em estender a toalha num sítio devidamente sinalizado como proibido por perigo de derrocada) a teimarem em ficar e a chamarem nomes amorosos ao rapaz.

Os advogados (plural, e certamente bem pagos) das famílias já entraram com o pedido de indemnização em tribunal e até sugerem a possibilidade de os novecentos e muitos mil euros e 40 cêntimos serem distribuídos por famílias carenciadas do Porto. 'Tá bem abelha.

Ah! Já me esquecia. Apesar de tudo, continua a haver uns cérebros iluminados que acham que “Se cai e estivermos aqui, pois claro que é perigoso! Mas toda a gente está aqui e pensamos que não há assim tanto perigo que isto vá cair em cima de nós”.

Claro que não! Que ideia tão estúpida!

1 comentário:

  1. Também vi, na televisão, umas pessoas terem a mesma atitude de "ah! não vai acontecer logo agora". E como não houve notícias do género, a esta hora estão todos ufanos a pensar que eles é que têm razão...

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