Ânimo Sportinguistas! De que massa somos feitos?
Coragem e toca a andar de cabeça erguida!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Padrinhos de Leitura 2011 (Actualização)
Já são Padrinhos de Leitura para o ano de 2011:
AGRUPAMENTO 314 CNE
Moura
AQUASPACE
Moura
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E SOCIAL DOS TRABALHADORES DA CMM
Moura
AUTO NARRA PISA
Moura
CENTRO SOCIAL DE AMARELEJA
Amareleja
DOCES D'ALDEIA
Santo Amador
HDD INFORMÁTICA
Moura
JORNAL A PLANÍCIE
JORNAL A PLANÍCIE
Moura
JUNTA FREGUESIA DE S. JOÃO BAPTISTA
Moura
(2 salas)
JUNTA FREGUESIA DE SANTO AGOSTINHO
Moura
(3 salas)
JUNTA DE FREGUESIA DE SANTO ALEIXO DA RESTAURAÇÃO
Santo Aleixo da Restauração
JUNTA FREGUESIA DE SANTO AMADOR
Santo Amador
JUNTA DE FREGUESIA DE SOBRAL DA ADIÇA
Sobral da Adiça
Santo Aleixo da Restauração
JUNTA FREGUESIA DE SANTO AMADOR
Santo Amador
JUNTA DE FREGUESIA DE SOBRAL DA ADIÇA
Sobral da Adiça
LIVRARIA ESCOLAR EDITORA
Lisboa
(2 salas)
PASTELARIA AMOROSA
Moura
PETROMOURA
Moura
RESTAURANTE PATOS E INFANTE
Moura
RESTAURANTE PÉRGULA
Moura
RESULTADO LÍQUIDO
Moura
SUL OUT
Moura
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Assembleia Municipal #12 - 25 de Fevereiro 2011
(Crónica de uma peixeirada)
A sessão decorreu no Espaço Internet de Moura, na antiga Adega da Mantana. Iniciou-se com a aprovação por maioria, das actas nº 7 e 8, referentes às sessões da Assembleia Municipal realizadas a 13 e 14 de Dezembro de 2010.
No período antes da Ordem do Dia, a Mesa apresentou um voto de pesar pelo falecimento do nosso colega José Maria Pimpão, aprovado por unanimidade, a que se seguiu um minuto de silêncio.
A Mesa apresentou em seguida um pedido de solidarização com o Manifesto “Investir na Educação, Defender a Escola Pública!”
O Sr. João Gomes (PS) considerou então não se tratar de um documento político, mas sim um documento “de classe”, que como tal, não teria cabimento na Assembleia Municipal e possivelmente, nem teria enquadramento no Regimento.
O Sr. Amílcar Mourão (PSD) repudiou a ideia de que fosse um documento de classe, uma vez que afecta a todos a forma como é conduzido o ensino em Portugal.
O Sr. João Ramos (CDU) protestou, na medida em que classificar este documento como “de classe” era redutor porque era subscrito por várias entidades, incluindo associações de pais e de diversas classes profissionais, e não apenas por organizações sindicais. Trata-se sobretudo de uma tomada de posição relativa à política educativa. Independentemente da questão do enquadramento, importava saber se os membros da Assembleia se solidarizavam ou não com o manifesto.
O Sr. João Gomes (PS) considerou não lhe parecer correcto um protesto da Assembleia Municipal de Moura perante a política educativa porque não devia ser esquecido o investimento feito no nosso concelho nesse domínio.
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) alertou para o facto de o investimento económico não ser o mais importante, mas sim a criação de condições de sucesso escolar.
Neste ponto, questionei então se o investimento a que se referia tinha a ver com a remodelação da Escola Secundária de Moura, que além de ainda não ter sido iniciado, não era feito de forma gratuita, uma vez que a propriedade da Escola passa a ser da Parque Escolar.
A bancada do PS pediu então alguns minutos para discussão interna, após os quais se procedeu à votação.
Aprovada com maioria de 18 votos e 10 abstenções (PS).
Ordem de trabalhos
1. Fiscalização dos actos da Câmara
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) chamou a atenção para notícias vindas a público sobre a redução das horas agora atribuídas a professores para apoio ao desporto escolar, que reverterão para a componente lectiva e que resultarão na diminuição do número de horários e consequentemente de professores de Educação Física nas escolas. Perguntou ainda à Câmara qual a sua tomada de decisão relativamente à questão do desporto escolar.
O Sr. Joaquim Baptista (PS) perguntou para quando estava prevista a intervenção em alguns caminhos municipais, nomeadamente a Estrada dos Lameirões.
O Sr. António Gonçalves (Ind., JF Amareleja) questionou a Câmara sobre a dívida às Juntas de Freguesia e sobre o cumprimento do protocolo de delegação de competências.
O Sr. Amílcar Mourão (PSD) perguntou em que ponto estava o processo do Parque de Campismo Municipal.
O Sr. Francisco Semião (PS) manifestou a sua felicidade por haver preocupação com a questão do desporto escolar, e expressou o seu desconhecimento relativamente à informação sobre a intenção de reduzir o número de horas atribuídas ao desporto escolar. Questionou então a Câmara sobre o tipo de apoios que pretende dar à actividade.
O Sr. Ventinhas (PS) relembrou o pedido para envio do relatório do auditor externo, alegando que a Câmara Municipal se havia comprometido a esse envio e não havia cumprido. Foi de imediato informado que o documento havia sido enviado (eu própria confirmo a recepção no dia 23 de Fevereiro). Questionou ainda a existência da AMAGIA, cujo objectivo era gerir as questões da água no sistema intermunicipal, o que deixou de fazer sentido com a parceria estabelecida com a Águas de Portugal e a constituição da Águas do Alentejo.
A Sra. Maria Fialho (PS) analisou a Semana da Comunidade Educativa, considerando terem existido actividades de grande interesse mas com reduzida participação dos agentes educativos. Recomendou a realização de um levantamento junto do público alvo – professores e auxiliares – para que a actividade possa ser mais participada. Perguntou ainda se a Câmara tenciona continuar a assegurar o transporte dos alunos de 1º ciclo.
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) respondeu à questão colocada pelo Sr. Francisco Semião (PS), informando que a notícia foi publicada em vários órgãos de comunicação social. Considerou ser um tema que deve suscitar a preocupação de todos, especialmente dos professores.
O Sr. João Dinis (PS) questionou a Câmara sobre o ponto de situação da Ribeira da Perna Seca e sobre a construção da zona Industrial do Sobral da Adiça, cuja inexistência tem impedido a instalação de várias empresas naquela freguesia. Reforçou o pedido de transferência das verbas para a Juntas de Freguesia. Relativamente ao mau estado dos caminhos rurais na freguesia do Sobral, perguntou para quando estava previsto algum tipo de intervenção.
O Sr. Francisco Semião (PS) voltou ainda à questão do desporto escolar, dizendo estar muito preocupado com este assunto, já tendo assumido publicamente essa preocupação.
O Sr. Álvaro Azedo (PS, JF Santo Agostinho) lamentou que ninguém se preocupe com os pobres, apesar de a crise já ter sido decretada há cerca de 4 ou 5 meses. Citou especificamente, identificando-o pelo nome e morada, o caso de um munícipe da sua freguesia que necessita de apoio urgente.
(Como devem compreender, a ética impede-me de transcrever aqui essa informação.)
O Sr. João Ramos (CDU) mostrou-se sensibilizado com o apelo feito pelo Sr. Álvaro Azedo, mas aconselhou-o a dirigir também esse apelo ao interior do seu próprio partido, responsável pelo deteriorar das condições de vida dos portugueses. Acrescentou terem sido as políticas do PS que conduziram a esta situação. Perguntou ainda por que motivo só se pedia apoio à Câmara Municipal, desresponsabilizando a Segurança Social e os Serviços de Saúde.
O Sr. Álvaro Azedo (PS, JF Santo Agostinho) respondeu então “Ena, Sr. Deputado, vem com a guita toda!” e acusou a bancada da CDU de não defender a população e se limitar a acusar o Governo. Informou ainda que com “apenas tostões” tem apoiado a população com diversas medidas de solidariedade, como por exemplo acompanhar os idosos quando eles vão levantar a sua reforma. Ao contrário de alguns, que vão para Lisboa (referindo-se certamente à eleição do colega João Ramos como Deputado na Assembleia da República), outros ficaram cá para lutar pela população. Acrescentou não aceitar lições de moral de ninguém e exigiu respeito, aconselhando ainda mais humildade.
O Sr. João Ramos (CDU) esclareceu ter intervindo no pleno direito da sua condição como membro eleito da Assembleia Municipal de Moura.
Foi então que a bancada do PS desatou aos gritos, interrompendo a intervenção do Sr. João Ramos, enquanto o Sr. Ventinhas (PS) acusava a Mesa de permitir a anarquia, caracterizando a Assembleia como uma bandalheira, dizendo frases como “se é bandalheira que querem, nós também sabemos abandalhar”, ou "João, nós sabemos que tem que vir para aqui treinar!".
Apesar dos pedidos da Mesa e do Sr. Presidente da Assembleia Municipal para que se acalmassem, os membros da bancada do PS continuaram a reclamar. O Sr. Presidente da Assembleia Municipal deu então a palavra ao Sr. Presidente da Câmara Municipal para que respondesse às questões colocadas, dando assim a oportunidade para que os ânimos por parte da bancada do PS pudessem serenar.
O Sr. Presidente da Câmara respondeu então às questões:
Relativamente ao desporto escolar, já é conhecida a posição da Câmara Municipal de Moura;
Relativamente à Estrada dos Lameirões, a brigada já está no terreno e a fazer as intervenções necessárias;
Relativamente ao protocolo com as Juntas de Freguesia, tal como o próprio nome indica, trata-se de um protocolo, assinado de boa fé por duas partes, mas que pode ser denunciado caso uma das partes já não esteja satisfeita.
Relativamente ao Parque de Campismo, foi publicada nova legislação a regulamentar esta matéria, que terá de ser tida em conta.
Relativamente à AMAGIA, foi discutida em Assembleia Geral a sua extinção.
Relativamente à Comunidade Educativa, agradeceu o contributo.
Relativamente à Ribeira da Perna Seca, informou que o processo está a seguir o seu curso normal. Quanto à Zona Industrial do Sobral, não está prevista, mas se existem empresas interessadas em fixar-se no concelho, devem contactar os serviços da Câmara, para se encontrar a melhor solução.
Relativamente às questões do apoio social, essa tem sido uma preocupação constante dos serviços, que infelizmente já têm vários casos sinalizados e continuarão certamente o seu trabalho.
O Sr. Francisco Semião (PS) retomou a questão do desporto escolar, perguntando como é que a Câmara financiava antes esta actividade. Acrescentou ainda que, antes que lhe perguntassem em que qualidade estava ali, representava os seus filhos e os filhos de todos os presentes.
2. Cedência de lote à ACIMEG – Associação de Cuidados Integrados da Margem Esquerda do Guadiana.
Aprovado por unanimidade dos presentes.
3. Proposta de adesão do Município à FECO Portugal – Associação de Cartoonistas
Aprovado por unanimidade dos presentes.
4. Alteração da designação da Lógica, Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura, EM
Aprovado por unanimidade dos presentes.
5. Contrato de aquisição de gasóleo e vários tipos de óleos lubrificantes destinados às viaturas do Município.
Aprovado por unanimidade dos presentes.
Depois de lida e aprovada por unanimidade a minuta, foi encerrada a sessão.
-----
Desta vez, vejo-me na obrigação de incluir aqui um comentário. Independentemente das convicções políticas de cada um dos membros da Assembleia, a presença de todos está legitimada de igual forma pelo voto dos munícipes. Infelizmente, e por demasiadas vezes, a defesa dos interesses da população passa para segundo plano, em detrimento dos ataques pessoais, com a única intenção de rebaixar e humilhar os "adversários".
A cena a que assisti nesta Assembleia em nada dignificou os seus protagonistas, que apenas pretenderam ofuscar o mérito de um colega em funções no mais importante órgão deliberativo do nosso país, e cujo desempenho já tem merecido destaque e reconhecimento público, apesar do curto espaço de tempo decorrido. Não acredito que haja um único eleitor que neles tenha depositado o voto e a confiança, que se sinta orgulhoso pela forma como foi representado na Sexta-feira à noite. Espero muito sinceramente não voltar a assistir a este tipo de espectáculos em sessões de um órgão com a nobreza da Assembleia Municipal.
A sessão decorreu no Espaço Internet de Moura, na antiga Adega da Mantana. Iniciou-se com a aprovação por maioria, das actas nº 7 e 8, referentes às sessões da Assembleia Municipal realizadas a 13 e 14 de Dezembro de 2010.
No período antes da Ordem do Dia, a Mesa apresentou um voto de pesar pelo falecimento do nosso colega José Maria Pimpão, aprovado por unanimidade, a que se seguiu um minuto de silêncio.
A Mesa apresentou em seguida um pedido de solidarização com o Manifesto “Investir na Educação, Defender a Escola Pública!”
O Sr. João Gomes (PS) considerou então não se tratar de um documento político, mas sim um documento “de classe”, que como tal, não teria cabimento na Assembleia Municipal e possivelmente, nem teria enquadramento no Regimento.
O Sr. Amílcar Mourão (PSD) repudiou a ideia de que fosse um documento de classe, uma vez que afecta a todos a forma como é conduzido o ensino em Portugal.
O Sr. João Ramos (CDU) protestou, na medida em que classificar este documento como “de classe” era redutor porque era subscrito por várias entidades, incluindo associações de pais e de diversas classes profissionais, e não apenas por organizações sindicais. Trata-se sobretudo de uma tomada de posição relativa à política educativa. Independentemente da questão do enquadramento, importava saber se os membros da Assembleia se solidarizavam ou não com o manifesto.
O Sr. João Gomes (PS) considerou não lhe parecer correcto um protesto da Assembleia Municipal de Moura perante a política educativa porque não devia ser esquecido o investimento feito no nosso concelho nesse domínio.
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) alertou para o facto de o investimento económico não ser o mais importante, mas sim a criação de condições de sucesso escolar.
Neste ponto, questionei então se o investimento a que se referia tinha a ver com a remodelação da Escola Secundária de Moura, que além de ainda não ter sido iniciado, não era feito de forma gratuita, uma vez que a propriedade da Escola passa a ser da Parque Escolar.
A bancada do PS pediu então alguns minutos para discussão interna, após os quais se procedeu à votação.
Aprovada com maioria de 18 votos e 10 abstenções (PS).
Ordem de trabalhos
1. Fiscalização dos actos da Câmara
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) chamou a atenção para notícias vindas a público sobre a redução das horas agora atribuídas a professores para apoio ao desporto escolar, que reverterão para a componente lectiva e que resultarão na diminuição do número de horários e consequentemente de professores de Educação Física nas escolas. Perguntou ainda à Câmara qual a sua tomada de decisão relativamente à questão do desporto escolar.
O Sr. Joaquim Baptista (PS) perguntou para quando estava prevista a intervenção em alguns caminhos municipais, nomeadamente a Estrada dos Lameirões.
O Sr. António Gonçalves (Ind., JF Amareleja) questionou a Câmara sobre a dívida às Juntas de Freguesia e sobre o cumprimento do protocolo de delegação de competências.
O Sr. Amílcar Mourão (PSD) perguntou em que ponto estava o processo do Parque de Campismo Municipal.
O Sr. Francisco Semião (PS) manifestou a sua felicidade por haver preocupação com a questão do desporto escolar, e expressou o seu desconhecimento relativamente à informação sobre a intenção de reduzir o número de horas atribuídas ao desporto escolar. Questionou então a Câmara sobre o tipo de apoios que pretende dar à actividade.
O Sr. Ventinhas (PS) relembrou o pedido para envio do relatório do auditor externo, alegando que a Câmara Municipal se havia comprometido a esse envio e não havia cumprido. Foi de imediato informado que o documento havia sido enviado (eu própria confirmo a recepção no dia 23 de Fevereiro). Questionou ainda a existência da AMAGIA, cujo objectivo era gerir as questões da água no sistema intermunicipal, o que deixou de fazer sentido com a parceria estabelecida com a Águas de Portugal e a constituição da Águas do Alentejo.
A Sra. Maria Fialho (PS) analisou a Semana da Comunidade Educativa, considerando terem existido actividades de grande interesse mas com reduzida participação dos agentes educativos. Recomendou a realização de um levantamento junto do público alvo – professores e auxiliares – para que a actividade possa ser mais participada. Perguntou ainda se a Câmara tenciona continuar a assegurar o transporte dos alunos de 1º ciclo.
A Sra. Maria do Céu Rato (CDU) respondeu à questão colocada pelo Sr. Francisco Semião (PS), informando que a notícia foi publicada em vários órgãos de comunicação social. Considerou ser um tema que deve suscitar a preocupação de todos, especialmente dos professores.
O Sr. João Dinis (PS) questionou a Câmara sobre o ponto de situação da Ribeira da Perna Seca e sobre a construção da zona Industrial do Sobral da Adiça, cuja inexistência tem impedido a instalação de várias empresas naquela freguesia. Reforçou o pedido de transferência das verbas para a Juntas de Freguesia. Relativamente ao mau estado dos caminhos rurais na freguesia do Sobral, perguntou para quando estava previsto algum tipo de intervenção.
O Sr. Francisco Semião (PS) voltou ainda à questão do desporto escolar, dizendo estar muito preocupado com este assunto, já tendo assumido publicamente essa preocupação.
O Sr. Álvaro Azedo (PS, JF Santo Agostinho) lamentou que ninguém se preocupe com os pobres, apesar de a crise já ter sido decretada há cerca de 4 ou 5 meses. Citou especificamente, identificando-o pelo nome e morada, o caso de um munícipe da sua freguesia que necessita de apoio urgente.
(Como devem compreender, a ética impede-me de transcrever aqui essa informação.)
O Sr. João Ramos (CDU) mostrou-se sensibilizado com o apelo feito pelo Sr. Álvaro Azedo, mas aconselhou-o a dirigir também esse apelo ao interior do seu próprio partido, responsável pelo deteriorar das condições de vida dos portugueses. Acrescentou terem sido as políticas do PS que conduziram a esta situação. Perguntou ainda por que motivo só se pedia apoio à Câmara Municipal, desresponsabilizando a Segurança Social e os Serviços de Saúde.
O Sr. Álvaro Azedo (PS, JF Santo Agostinho) respondeu então “Ena, Sr. Deputado, vem com a guita toda!” e acusou a bancada da CDU de não defender a população e se limitar a acusar o Governo. Informou ainda que com “apenas tostões” tem apoiado a população com diversas medidas de solidariedade, como por exemplo acompanhar os idosos quando eles vão levantar a sua reforma. Ao contrário de alguns, que vão para Lisboa (referindo-se certamente à eleição do colega João Ramos como Deputado na Assembleia da República), outros ficaram cá para lutar pela população. Acrescentou não aceitar lições de moral de ninguém e exigiu respeito, aconselhando ainda mais humildade.
O Sr. João Ramos (CDU) esclareceu ter intervindo no pleno direito da sua condição como membro eleito da Assembleia Municipal de Moura.
Foi então que a bancada do PS desatou aos gritos, interrompendo a intervenção do Sr. João Ramos, enquanto o Sr. Ventinhas (PS) acusava a Mesa de permitir a anarquia, caracterizando a Assembleia como uma bandalheira, dizendo frases como “se é bandalheira que querem, nós também sabemos abandalhar”, ou "João, nós sabemos que tem que vir para aqui treinar!".
Apesar dos pedidos da Mesa e do Sr. Presidente da Assembleia Municipal para que se acalmassem, os membros da bancada do PS continuaram a reclamar. O Sr. Presidente da Assembleia Municipal deu então a palavra ao Sr. Presidente da Câmara Municipal para que respondesse às questões colocadas, dando assim a oportunidade para que os ânimos por parte da bancada do PS pudessem serenar.
O Sr. Presidente da Câmara respondeu então às questões:
Relativamente ao desporto escolar, já é conhecida a posição da Câmara Municipal de Moura;
Relativamente à Estrada dos Lameirões, a brigada já está no terreno e a fazer as intervenções necessárias;
Relativamente ao protocolo com as Juntas de Freguesia, tal como o próprio nome indica, trata-se de um protocolo, assinado de boa fé por duas partes, mas que pode ser denunciado caso uma das partes já não esteja satisfeita.
Relativamente ao Parque de Campismo, foi publicada nova legislação a regulamentar esta matéria, que terá de ser tida em conta.
Relativamente à AMAGIA, foi discutida em Assembleia Geral a sua extinção.
Relativamente à Comunidade Educativa, agradeceu o contributo.
Relativamente à Ribeira da Perna Seca, informou que o processo está a seguir o seu curso normal. Quanto à Zona Industrial do Sobral, não está prevista, mas se existem empresas interessadas em fixar-se no concelho, devem contactar os serviços da Câmara, para se encontrar a melhor solução.
Relativamente às questões do apoio social, essa tem sido uma preocupação constante dos serviços, que infelizmente já têm vários casos sinalizados e continuarão certamente o seu trabalho.
O Sr. Francisco Semião (PS) retomou a questão do desporto escolar, perguntando como é que a Câmara financiava antes esta actividade. Acrescentou ainda que, antes que lhe perguntassem em que qualidade estava ali, representava os seus filhos e os filhos de todos os presentes.
2. Cedência de lote à ACIMEG – Associação de Cuidados Integrados da Margem Esquerda do Guadiana.
Aprovado por unanimidade dos presentes.
3. Proposta de adesão do Município à FECO Portugal – Associação de Cartoonistas
Aprovado por unanimidade dos presentes.
4. Alteração da designação da Lógica, Sociedade Gestora do Parque Tecnológico de Moura, EM
Aprovado por unanimidade dos presentes.
5. Contrato de aquisição de gasóleo e vários tipos de óleos lubrificantes destinados às viaturas do Município.
Aprovado por unanimidade dos presentes.
Depois de lida e aprovada por unanimidade a minuta, foi encerrada a sessão.
-----
Desta vez, vejo-me na obrigação de incluir aqui um comentário. Independentemente das convicções políticas de cada um dos membros da Assembleia, a presença de todos está legitimada de igual forma pelo voto dos munícipes. Infelizmente, e por demasiadas vezes, a defesa dos interesses da população passa para segundo plano, em detrimento dos ataques pessoais, com a única intenção de rebaixar e humilhar os "adversários".
A cena a que assisti nesta Assembleia em nada dignificou os seus protagonistas, que apenas pretenderam ofuscar o mérito de um colega em funções no mais importante órgão deliberativo do nosso país, e cujo desempenho já tem merecido destaque e reconhecimento público, apesar do curto espaço de tempo decorrido. Não acredito que haja um único eleitor que neles tenha depositado o voto e a confiança, que se sinta orgulhoso pela forma como foi representado na Sexta-feira à noite. Espero muito sinceramente não voltar a assistir a este tipo de espectáculos em sessões de um órgão com a nobreza da Assembleia Municipal.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A melhor notícia dos últimos tempos
Segundo um estudo recentemente publicado, o consumo de chocolate pode reduzir não só o risco de enfarte como ajuda a reduzir o risco de morte em pessoas que já sofreram enfartes. E ainda ajuda à produção do bom colesterol, chegando a ser comparável ao tão apregoado copo de vinho tinto às refeições.
Eu acredito no estudo. Só assim se explica a minha capacidade de resistência aos desgostos que o meu Sporting me dá... Por via das dúvidas, amanhã vou ao supermercado comprar mais umas tabletes profilácticas. Com os resultados dos últimos dias, tenho o stock em baixo.
Eu acredito no estudo. Só assim se explica a minha capacidade de resistência aos desgostos que o meu Sporting me dá... Por via das dúvidas, amanhã vou ao supermercado comprar mais umas tabletes profilácticas. Com os resultados dos últimos dias, tenho o stock em baixo.
Prioridades
A última pérola do Governo é a identificação da profissão de cada um de nós no Cartão de Cidadão. Onde não há espaço para inscrever o número de eleitor, vai ter de caber a informação sobre as funções que desempenhamos no nosso trabalho.
Hoje em dia, como todos sabemos, a estabilidade profissional é comum. As pessoas raramente evoluem, nunca mudam de profissão, não são obrigadas a "flexibilizar as suas competências" e nem lhes passa pela cabeça serem confrontadas com a perda do seu posto de trabalho por circunstâncias para as quais não contribuíram. Sendo a profissão uma característica tão estável e perpétua, faz todo o sentido incluí-la num cartão pelo qual é preciso pagar 15 euros, apesar de ser obrigatório proceder à sua substituição de cada vez que há alterações.
Mas já viram bem o que é apresentar um cartão em todas as repartições públicas com a indicação "Profissão: Primeiro-Ministro de Portugal"? Manda cá um estilo...
Hoje em dia, como todos sabemos, a estabilidade profissional é comum. As pessoas raramente evoluem, nunca mudam de profissão, não são obrigadas a "flexibilizar as suas competências" e nem lhes passa pela cabeça serem confrontadas com a perda do seu posto de trabalho por circunstâncias para as quais não contribuíram. Sendo a profissão uma característica tão estável e perpétua, faz todo o sentido incluí-la num cartão pelo qual é preciso pagar 15 euros, apesar de ser obrigatório proceder à sua substituição de cada vez que há alterações.
Mas já viram bem o que é apresentar um cartão em todas as repartições públicas com a indicação "Profissão: Primeiro-Ministro de Portugal"? Manda cá um estilo...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Dias
Não sei se já repararam, mas este blogue começa a entrar em "modo Feira do Livro". Actividades para programar, livros das provas distritais do concurso nacional de leitura para ler, padrinhos de leitura para contactar e encaixar no puzzle das turmas, transportes e visitas das escolas, não há tempo para mais nada.
Enfim, aqui vão as primeiras actualizações.
Já são Padrinhos de Leitura para o ano de 2011, as seguintes entidades:
Enfim, aqui vão as primeiras actualizações.
Já são Padrinhos de Leitura para o ano de 2011, as seguintes entidades:
Agrupamento 314 do CNEAquaspaceAssociação Cultural e Social dos Trabalhadores da Câmara Municipal de MouraAuto Narra PisaHDD InformáticaJunta de Freguesia de S. João BaptistaLivraria Escolar EditoraPastelaria AmorosaPetromouraRestaurante PérgulaResultado LíquidoSul Out
Todas as entidades que aceitaram participar no último ano vão ser novamente desafiadas a darem o seu contributo. Entretanto, podem contactar os serviços da Biblioteca Municipal ou qualquer um dos membros da nossa equipa para manifestarem o vosso interesse. Aqui ficam os contactos:
Biblioteca Municipal de Moura
Praça Sacadura Cabral
7860-207 Moura
Tel. 285 250 446 / 400 Fax 285 25 15 22
Agradecemos a simpatia com que temos sido recebidos* e o entusiasmo que este projecto está a gerar.
Entretanto, estamos já a trabalhar na programação. Cada vez mais a Feira do Livro é um evento que envovle toda a comunidade e não apenas uma actividade da Câmara na qual o público se limita a participar. Como tal, todas as sugestões são benvindas, para os contactos indicados aqui em cima.
Ah! Já me esquecia! Já repararam nestes extraordiários dias de primavera? Lindíssimos.
*Ok, com excepção daquele café / restaurante onde as minhas colegas quase levaram uma sova :-)
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Zeca Afonso 2 de Agosto de 1929 — 23 de Fevereiro de 1987
Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
D'aquém e D'além Mar
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
Os lucros da PT
- Bom dia, fala XYZ, em que posso ajudar?*(Irra, eu sei o meu nome!!!!!)
- Bom dia. Eu quero suspender a subscrição do serviço MEO.
- Com certeza, sra. dona Zélia Maria Parreira*. Posso perguntar porquê?
- Porque cada vez estou a pagar mais. A minha factura tem valores altíssimos que não correspondem aos valores que eu vejo na publicidade ao serviço.
- Então, sra. dona Zélia Maria Parreira*, se eu lhe apresentar uma proposta de redução de valores, reconsideraria a sua intenção?
- Não estou a ver como é que isso é possível...
- É muito simples, sra. dona Zélia Maria Parreira*, através de alguma promoções, pode ter um desconto durante 24 meses no aluguer das boxes e de 12 meses no valor de contratação do serviço.
- Posso ser sincera?
- Com certeza, sra. dona Zélia Maria Parreira*
- Se é possível passar a pagar menos, porque é que tenho andado este tempo todo a pagar tanto?
Notas finais:
1. A senhora que me atendeu foi simpatiquíssima e muito competente, até se ofereceu para resolver a questão insignificante de me estar a ser cobrado o serviço de internet móvel quando supostamente era gratuito.
2. Aos senhores da PT: Não é com vinagre que se apanham moscas. O serviço MEO é muito bom, mas convém ter algum respeito pelos clientes... São os clientes que vos dão os maiores lucros de sempre, não é o Zeinal Bava.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
E, no entanto, algo de preocupante se passa
O Tribunal Constitucional anunciou hoje que votaram nas eleições presidenciais 4.492.453 pessoas, mais 60.604 do que no mapa oficial dos resultados, mas praticamente o mesmo número que tinha sido anunciado a 23 de Janeiro.
Orgulhosamente unidos
É nos momentos difíceis que se conhecem os Sportinguistas. Podem bombardear à vontade, a nós ninguém nos derruba.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Lápis cor-de-rosa?
De prevenção
Isto será bom? Tenho o pressentimento de que esta noite vou precisar de qualquer coisinha que me anime...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Realmente, que parvos que somos.
1. O Millenium BCP está a pagar honorários certamente milionários ao José Mourinho para fazer uma campanha publicitária. O problema é que aquela campanha é paga pelos clientes e feita nitidamente de má vontade pelo Special One. Mal barbeado, com um aspecto desleixado e muitíssimo antipático, Mourinho "tenta" convencer-nos a escolher o BCP. Pergunto a mim própria se todo aquele dinheiro da publicidade revertesse para redução de spreads, juros e taxas de serviços, não seria mais produtivo?
2. Armando Vara fez uso de toda a prepotência a que estes sócretinos nos habituaram e foi a um Centro de Saúde onde passou à frente de todas as pessoas doentes que aí se encontravam para exigir à médica que lhe passasse um atestado médico. A médica ainda terá tentado dizer-lhe que não estava na sua vez,“Mas ele respondeu que estava cheio de pressa para apanhar um avião. E a médica que lhe passasse o atestado na hora”!
Detesto faltas de respeito.
2. Armando Vara fez uso de toda a prepotência a que estes sócretinos nos habituaram e foi a um Centro de Saúde onde passou à frente de todas as pessoas doentes que aí se encontravam para exigir à médica que lhe passasse um atestado médico. A médica ainda terá tentado dizer-lhe que não estava na sua vez,“Mas ele respondeu que estava cheio de pressa para apanhar um avião. E a médica que lhe passasse o atestado na hora”!
Detesto faltas de respeito.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A minha prenda para vocês
Muito Obrigada a todos! Pelos parabéns, pelo carinho, pela amizade. Tem sido um dia muito especial.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Há problemas? Acabamos já com eles!
O Governo aprovou hoje um diploma que determina a extinção do número de eleitor e a sua substituição pelo número de identificação civil, mas a alteração só irá produzir efeitos a partir de 01 de janeiro de 2013.
Que é lá isso, uns números insignificantes a fazerem-nos passar uma vergonha destas! Acaba-se já com isto, arrasa-se tudo.
Nem nos venham falar em análise ponderada da situação, procura de soluções viáveis ou coisas do género... Isso é para gente medrosa.
Nós não temos medo de nada, decidimos tudo assim, de um dia para o outro. Acaba-se o cartão de eleitor, obrigamos os velhinhos todos a ter internet senão deixamos de lhe pagar reforma, mudamos todos os livros escolares em apenas um dia para o novo acordo ortográfico, cobramos portagens nas SCUTs mesmo sem termos capacidade de fornecer dispositivos de cobrança... Temos que mostrar trabalho, pá! Os gajos quando se virem aflitos que se desenrasquem, isso já não é connosco, pá!
Que é lá isso, uns números insignificantes a fazerem-nos passar uma vergonha destas! Acaba-se já com isto, arrasa-se tudo.
Nem nos venham falar em análise ponderada da situação, procura de soluções viáveis ou coisas do género... Isso é para gente medrosa.
Nós não temos medo de nada, decidimos tudo assim, de um dia para o outro. Acaba-se o cartão de eleitor, obrigamos os velhinhos todos a ter internet senão deixamos de lhe pagar reforma, mudamos todos os livros escolares em apenas um dia para o novo acordo ortográfico, cobramos portagens nas SCUTs mesmo sem termos capacidade de fornecer dispositivos de cobrança... Temos que mostrar trabalho, pá! Os gajos quando se virem aflitos que se desenrasquem, isso já não é connosco, pá!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Então quer dizer que tem andado a gastar desnecessariamente? Mal governado!
O ministro da Defesa Nacional afirmou hoje que o seu Ministério vai demonstrar como é possível «reduzir a despesa» mantendo todas as suas capacidades operacionais.
É comigo?
O Boletim da Biblioteca Escolar do Agrupamento Vertical de Escolas de Moura trazia isto:
A minha colega S. ligou-me logo. "Já viu isto? É mesmo você!". Pois sou.
A minha colega S. ligou-me logo. "Já viu isto? É mesmo você!". Pois sou.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Mais do mesmo
Uma pessoa passa 3 dias fora de casa. São só 3 dias, uma escapadinha, mas o suficiente para respirar outros ares. E depois volta.
O Sócrates ainda está sentado no mesmo sítio, e na RTP garantem que ele está muito satisfeito com umas estatísticas quaisquer que foram publicadas, e que provam, no papel, que Portugal está a crescer como nenhum outro país, o que significa que devemos estar todos doidos porque o que sentimos na pele é bem diferente.
O Louçã anda a brincar àquele jogo do “Partida, largada, fugida!”. Era suposto ser um jogo de estafetas, em que todos os membros da equipa participam na prova, dando o melhor de si, mas ele fez batota e arrancou antes do tiro de partida. Agora, já há dois colegas de equipa que estão fartos de reviver “O Triunfo dos Porcos” no dia-a-dia do Bloco de Esquerda e resolveram abandonar a pocilga, perdão, o partido.
O Portas também está na mesma. Vai chumbar a moção porque sim, e depois vai apresentar outra porque não. Entretanto, já se adiantou na tomada de posição, o que me faz lembrar vagamente a atitude do Louçã. Afinal, os extremos tocam-se mesmo.
A velhota que morreu abandonada num prédio em Sintra afinal tinha 5 sobrinhos. Mas agora, a pobre já é designada por senhora idosa (afinal, tratava-se de uma pessoa que tinha família, não era uma pobre de Cristo abandonada à sua sorte!) e os sobrinhos passaram a chamar-se herdeiros.
23 dias depois das eleições presidenciais, ficámos a saber que os resultados divulgados tinham algumas "incorrecções" e "erros", que originaram uma "discrepância" de mais de 60 mil votos relativamente aos números contabilizados nas urnas. Entretanto, Pedro Silva Pereira veio a público desvendar o que correu mal com o cartão de cidadão: Não há indicação do número de eleitor no cartão, e as pessoas não foram informadas do respectivo número, atribuído automaticamente pelos serviços. Caramba, como é que ninguém tinha descoberto uma coisa destas? Só um visionário poderia ser tão perspicaz.
Os “Xicos espertos” estão cada vez mais gananciosos e desprezíveis, os mentirosos têm cada vez mais descaramento, os notáveis são cada vez mais intocáveis. Brandos costumes, um país anestesiado, à deriva. Triste.
O Sócrates ainda está sentado no mesmo sítio, e na RTP garantem que ele está muito satisfeito com umas estatísticas quaisquer que foram publicadas, e que provam, no papel, que Portugal está a crescer como nenhum outro país, o que significa que devemos estar todos doidos porque o que sentimos na pele é bem diferente.
O Louçã anda a brincar àquele jogo do “Partida, largada, fugida!”. Era suposto ser um jogo de estafetas, em que todos os membros da equipa participam na prova, dando o melhor de si, mas ele fez batota e arrancou antes do tiro de partida. Agora, já há dois colegas de equipa que estão fartos de reviver “O Triunfo dos Porcos” no dia-a-dia do Bloco de Esquerda e resolveram abandonar a pocilga, perdão, o partido.
O Portas também está na mesma. Vai chumbar a moção porque sim, e depois vai apresentar outra porque não. Entretanto, já se adiantou na tomada de posição, o que me faz lembrar vagamente a atitude do Louçã. Afinal, os extremos tocam-se mesmo.
A velhota que morreu abandonada num prédio em Sintra afinal tinha 5 sobrinhos. Mas agora, a pobre já é designada por senhora idosa (afinal, tratava-se de uma pessoa que tinha família, não era uma pobre de Cristo abandonada à sua sorte!) e os sobrinhos passaram a chamar-se herdeiros.
23 dias depois das eleições presidenciais, ficámos a saber que os resultados divulgados tinham algumas "incorrecções" e "erros", que originaram uma "discrepância" de mais de 60 mil votos relativamente aos números contabilizados nas urnas. Entretanto, Pedro Silva Pereira veio a público desvendar o que correu mal com o cartão de cidadão: Não há indicação do número de eleitor no cartão, e as pessoas não foram informadas do respectivo número, atribuído automaticamente pelos serviços. Caramba, como é que ninguém tinha descoberto uma coisa destas? Só um visionário poderia ser tão perspicaz.
Os “Xicos espertos” estão cada vez mais gananciosos e desprezíveis, os mentirosos têm cada vez mais descaramento, os notáveis são cada vez mais intocáveis. Brandos costumes, um país anestesiado, à deriva. Triste.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
So um favorzinho
Dos meus queridos amigos e familiares que tem o meu numero de telefone, alguem me manda uma sms com o resultado? Please?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Contra factos nao ha argumentos
"Os deputados comunistas têm reputação de trabalhar muito e o partido faz questão de manter os altos níveis de produtividade no grupo parlamentar. O alentejano João Ramos chegou de Moura ao hemiciclo de São Bento em Setembro de 2010 para substituir José Soeiro, de 72 anos. Em seis meses, já apresenta mais trabalho nos registos do site do parlamento do que alguns deputados do PS e do PSD que levam um ano de avanço."
Para ler na Sabado (o teclado ingles nao tem acentos, tenham paciencia). Um abraco desde terras de Sua Majestade.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Em contagem decrescente para a Feira do Livro 2011
Setenta dias nos separam da inauguração da Feira do Livro de Moura e do Moura BD - Salão Internacional de Banda Desenhada. O placard com os 17 painéis que correspondem aos 17 dias que este ano vamos ter de festa dos livros e da leitura já está montado e a receber actividades.
De 22 de Abril a 8 de Maio, a Praça Sacadura Cabral vai ser palco de teatro, dança, poesia, música, humor, banda desenhada, caricaturas e muitas, muitas leituras.
Dando continuação a um projecto muito feliz, a Câmara Municipal de Moura propõe mais uma vez às empresas, associações e outras instituições do concelho que se associem, apadrinhando uma ou mais turmas do Jardim de Infância e 1º ciclo, através da oferta de um livro a cada aluno. O projecto (que pode ser consultado aqui) representa o envolvimento de toda a comunidade na promoção da leitura e o assumir da responsabilidade social na formação de cidadãos livres, conscientes e informados.
Nunca é demais o agradecimento devido às instituições que contribuiram generosamente para a concretização deste projecto (ver a lista das entidades aqui e aqui).
Muito, muito obrigada, e já agora... estão disponíveis para participar este ano? Contamos convosco, todos juntos não seremos demais.
De 22 de Abril a 8 de Maio, a Praça Sacadura Cabral vai ser palco de teatro, dança, poesia, música, humor, banda desenhada, caricaturas e muitas, muitas leituras.
Dando continuação a um projecto muito feliz, a Câmara Municipal de Moura propõe mais uma vez às empresas, associações e outras instituições do concelho que se associem, apadrinhando uma ou mais turmas do Jardim de Infância e 1º ciclo, através da oferta de um livro a cada aluno. O projecto (que pode ser consultado aqui) representa o envolvimento de toda a comunidade na promoção da leitura e o assumir da responsabilidade social na formação de cidadãos livres, conscientes e informados.
Nunca é demais o agradecimento devido às instituições que contribuiram generosamente para a concretização deste projecto (ver a lista das entidades aqui e aqui).
Muito, muito obrigada, e já agora... estão disponíveis para participar este ano? Contamos convosco, todos juntos não seremos demais.
O culto da indiferença, ou quando as pessoas deixam de ser importantes
Desapareceu dos olhos dos vizinhos e do mundo em 2002. A única pessoa que se importou com ela, diz que foi em Agosto. Apresentou queixa nas autoridades, mas sem mandado judicial (que ninguém se incomodou em obter), não era possível entrar no apartamento para ver o que tinha acontecido.
O correio acumulado, as pensões de reforma nunca levantadas, as contas nunca pagas deviam ter alertado a sociedade, mas não. Prevaleceu a indiferença. Só o Ministério das Finanças deu pela sua falta e na ausência de respostas, penhorou-lhe o prédio e remeteu-o para leilão.
Foi encontrada ontem, nove anos depois do dia em que a vida a abandonou no chão da cozinha, dentro da sua casa, num prédio de vários andares onde habitavam várias famílias a que antigamente se chamavam vizinhos.
O correio acumulado, as pensões de reforma nunca levantadas, as contas nunca pagas deviam ter alertado a sociedade, mas não. Prevaleceu a indiferença. Só o Ministério das Finanças deu pela sua falta e na ausência de respostas, penhorou-lhe o prédio e remeteu-o para leilão.
Foi encontrada ontem, nove anos depois do dia em que a vida a abandonou no chão da cozinha, dentro da sua casa, num prédio de vários andares onde habitavam várias famílias a que antigamente se chamavam vizinhos.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Tristeza
Faleceu hoje o meu colega de Assembleia Municipal, José Maria Pimpão. A morte é sempre insuportável, estúpida e cruel. Não sei se é pior esperar pacientemente que ela chegue, ou ser colhido assim, inesperadamente.
À família, as minhas condolências.
À família, as minhas condolências.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Concurso Nacional de Leitura - Provas distritais
A Biblioteca Municipal de Moura foi mais uma vez convidada a organizar a Final Distrital do Concurso Nacional de Leitura 2011.
As provas terão lugar no próximo dia 30 de Abril - no decurso da Feira do Livro de Moura - no Cine-Teatro Caridade. As obras escolhidas para as provas do concurso são:
3º ciclo do Ensino Básico:
Para maiores de 16 / Ana Saldanha
Um crime no expresso do oriente / Agatha Christie
Ensino Secundário
O livro / José Luís Peixoto
O bom inverno / João Tordo
Todas as informações e esclarecimentos serão prestados pela Biblioteca Municipal de Moura, nos contactos habituais.
Ainda sobre a música dos Deolinda
Que mal pergunte, de todas as pessoas que ficaram emocionadas, de braços no ar, naquelas salas magníficas dos Coliseus de Lisboa e do Porto, de todas as pessoas que já partilharam e linkaram e viram, e fizeram download do vídeo, de todas as pessoas que já copiaram a letra e já a sabem de cor, de todas as pessoas que acham que é o grito de revolta que faltava e o hino desta geração, quantas é que foram votar no dia 23 de Janeiro? E quantas tencionam votar nas mais que anunciadas eleições legislativas onde poderão decidir, com o seu voto, quem nos vai governar?
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Coragem ou proximidade do Congresso do PS?
«No PS, há falta de debate interno e (...)"autoritarismo da actual liderança". "Tornou-se autocrata, distribuindo lugares e privilégios, ultrapassando até o "centralismo democrático" de Lenine. Alimentando promiscuidades que recuso"
"O PS hipotecou o seu papel na sociedade portuguesa e deixou-nos sem perspectivas de um futuro melhor. Assumiu o papel que antes pertencia aos centristas do PSD, ocupou o seu espaço e tornou o país mais pobre, política e economicamente"»
"O PS hipotecou o seu papel na sociedade portuguesa e deixou-nos sem perspectivas de um futuro melhor. Assumiu o papel que antes pertencia aos centristas do PSD, ocupou o seu espaço e tornou o país mais pobre, política e economicamente"»
Ana Benavente é ex-dirigente do PS, e foi secretária de Estado da Educação de António Guterres. Entre muitas outras publicações, foi co-autora, na década de 90, de um estudo exaustivo sobre literacia em Portugal.
Para ler no «Público»
Coincidências
Já chega!
Chega de lágrimas, chega de lamentações, chega de cachecóis pendurados, chega de promessas, chega de frases feitas, de palavras vãs, chega de conformismo. Chega de directores e de dirigentes que sabem tudo.
Joguem, caraças!
Joguem, caraças!
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Revista à minha rua - Grupo de Teatro Al-Manijah
Alegadamente, anda um extra-terrestre à solta no Cine-Teatro Caridade, em Moura. Centenas de jornalistas estão a acorrer à cidade para fazer a reportagem que irá ser notícia de abertura dos telejornais e capa dos jornais impressos. Mas como sempre, é aqui que a informação aparece em primeira mão!
Obrigada por se terem lembrado de mim, e do Açúcar Amarelo! Um abraço a todos.
Obrigada por se terem lembrado de mim, e do Açúcar Amarelo! Um abraço a todos.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A música que tocou uma vez e alastrou pela internet para ser hino de uma geração
Nos concertos dos Deolinda nos coliseus do Porto e de Lisboa, uma música nova fez furor. Chama-se "Que Parva que eu Sou", não se encontra em qualquer disco dos Deolinda e retrata a "geração sem remuneração", com passagens como "que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar".
Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sorria. Não custa nada.
As rádios portuguesas uniram-se hoje numa grande operação em simultâneo com o objectivo de fazer sorrir quem as ouve. Às 8h00, às 9h00, de norte a sul do Pais e regiões autónomas, quem estava ligado a qualquer rádio, recebeu um convite para um grande momento - a Rádio convidava a olhar para o lado,
sorrir e receber um sorriso.
Mais de 400 rádios nacionais, regionais e locais aderiram ao projecto, desafiando o país a fazer um gesto simples, mas que pode mudar o decorrer do nosso dia: sorrir.
Depois do efeito surpresa das 08h00 e das 09h00 da manhã, as rádios querem mobilizar todos os portugueses, para pôr o País a sorrir às seis da tarde. Ao longo do dia, esta mobilização nacional será uma presença contínua nas antenas das rádios. A televisão e as redes sociais (o Facebook está ao rubro, diziam na televisão) irão permitir também acompanhar toda a iniciativa, mostrando tudo o que se passa: comentários, reacções e os momentos mais emocionantes e divertidos.
Várias equipas estão a gravar sorrisos nas principais cidades (Lisboa, Porto, Braga, Faro, etc.) e o resultado sorridente será emitido na RTP 1. Uma reportagem que vale a pena ver, um sorriso para levarmos connosco no fim de semana.
sorrir e receber um sorriso.
Mais de 400 rádios nacionais, regionais e locais aderiram ao projecto, desafiando o país a fazer um gesto simples, mas que pode mudar o decorrer do nosso dia: sorrir.
Depois do efeito surpresa das 08h00 e das 09h00 da manhã, as rádios querem mobilizar todos os portugueses, para pôr o País a sorrir às seis da tarde. Ao longo do dia, esta mobilização nacional será uma presença contínua nas antenas das rádios. A televisão e as redes sociais (o Facebook está ao rubro, diziam na televisão) irão permitir também acompanhar toda a iniciativa, mostrando tudo o que se passa: comentários, reacções e os momentos mais emocionantes e divertidos.
Várias equipas estão a gravar sorrisos nas principais cidades (Lisboa, Porto, Braga, Faro, etc.) e o resultado sorridente será emitido na RTP 1. Uma reportagem que vale a pena ver, um sorriso para levarmos connosco no fim de semana.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
No deserto
A RTP1 passou hoje uma reportagem sobre o encerramento dos centros de saúde no nordeste transmontano. Apesar de terem o direito fundamental, num Estado que se quer moderno e de primeiro mundo, a ter cuidados de saúde básicos e vitais, os entrevistados (julgo que responsáveis políticos) já nem punham isso em causa, mas chamavam a atenção para o gelo acumulado nas estradas nesta altura do ano, impedindo as deslocações de doentes até Bragança. E o que faz esta gente, fica a morrer em casa? A tutela diz que o serviço é caro, e que a média da sua utilização é baixa, logo, há que fechar. A estatística comanda.
A desertificação do interior, esse chavão que aprendemos nas aulas de Geografia e que ouvimos repetidamente pela vida fora nos discursos políticos, não é obra do Acaso. Resulta de escolhas, péssimas escolhas feitas pelos nossos governantes dos últimos 35 anos.
Primeiro retiraram-nos a mobilidade. Quilómetros e quilómetros de linha de comboio que os Regeneradores tanto se esforçaram por construir, completamente votados ao abandono. Os edifícios onde funcionavam as estações estão completamente arruinados, vítimas da estupidez da CP e da REFER, que se recusam a ceder as casas para outros fins, e por isso preferem vê-las destruídas. Populações envelhecidas, sem condições de mobilidade autónoma, privadas da liberdade de movimentos, só podiam ir à cidade na ambulância, quando estavam doentes. Iam, mas agora vão ficar doentes em casa, porque não vão ter condições para pagar o serviço.
Os jovens já cá não estão. Os primeiros foram com o comboio, outros com os autocarros que supostamente substituiriam o serviço. Outros, forçados a prosseguir os estudos longe de casa, nunca mais voltaram. Preferem o conforto, preferem ter acesso a serviços de saúde, a transportes, a escolas para os filhos. Mesmo que quisessem, não poderiam voltar. A profissão que escolheram já não tem vagas no interior. Os poucos lugares que restam estão ocupados com gente à espera da idade de reforma, depois extinguem-se.
São cada vez menos: Professores e Educadores, Médicos e Enfermeiros, Bombeiros e Polícias. Não há empresários, não há indústria, porque não há vias de comunicação, não há turismo porque ninguém quer ver terras moribundas. Não há comércio, porque não há clientes. Não há famílias. Não há gente.
Fomos esquecidos pelo governo central, que prefere rir-se às nossas custas. Investimento para o deserto, jamais! Os governos locais, que deveriam lutar pelas suas terras e reivindicar os direitos das populações que os elegeram, não podem contrariar as indicações que vêm “de cima”. Um dia, deixará de haver gente suficiente para os eleger, porque quem comanda é a estatística. E onde não há votantes, não há palhaços.
A desertificação do interior, esse chavão que aprendemos nas aulas de Geografia e que ouvimos repetidamente pela vida fora nos discursos políticos, não é obra do Acaso. Resulta de escolhas, péssimas escolhas feitas pelos nossos governantes dos últimos 35 anos.
Primeiro retiraram-nos a mobilidade. Quilómetros e quilómetros de linha de comboio que os Regeneradores tanto se esforçaram por construir, completamente votados ao abandono. Os edifícios onde funcionavam as estações estão completamente arruinados, vítimas da estupidez da CP e da REFER, que se recusam a ceder as casas para outros fins, e por isso preferem vê-las destruídas. Populações envelhecidas, sem condições de mobilidade autónoma, privadas da liberdade de movimentos, só podiam ir à cidade na ambulância, quando estavam doentes. Iam, mas agora vão ficar doentes em casa, porque não vão ter condições para pagar o serviço.
Os jovens já cá não estão. Os primeiros foram com o comboio, outros com os autocarros que supostamente substituiriam o serviço. Outros, forçados a prosseguir os estudos longe de casa, nunca mais voltaram. Preferem o conforto, preferem ter acesso a serviços de saúde, a transportes, a escolas para os filhos. Mesmo que quisessem, não poderiam voltar. A profissão que escolheram já não tem vagas no interior. Os poucos lugares que restam estão ocupados com gente à espera da idade de reforma, depois extinguem-se.
São cada vez menos: Professores e Educadores, Médicos e Enfermeiros, Bombeiros e Polícias. Não há empresários, não há indústria, porque não há vias de comunicação, não há turismo porque ninguém quer ver terras moribundas. Não há comércio, porque não há clientes. Não há famílias. Não há gente.
Fomos esquecidos pelo governo central, que prefere rir-se às nossas custas. Investimento para o deserto, jamais! Os governos locais, que deveriam lutar pelas suas terras e reivindicar os direitos das populações que os elegeram, não podem contrariar as indicações que vêm “de cima”. Um dia, deixará de haver gente suficiente para os eleger, porque quem comanda é a estatística. E onde não há votantes, não há palhaços.
A Igreja sempre esteve perto dos pobres
«A viagem do papa ao Reino Unido em Setembro do ano passado foi em parte financiada por fundos públicos de ajuda ao desenvolvimento de países pobres, de acordo com um relatório parlamentar publicado hoje, quinta-feira.
Um porta-voz do departamento explicou que a atribuição de fundos à visita do papa, cerca de 2,2 milhões de euros, foi "um reconhecimento do papel da igreja católica como um contribuidor importante nos serviços de saúde e educação dos países em vias de desenvolvimento".
A visita de quatro dias de Bento XVI ao Reino Unido custou cerca de 11 milhões de euros aos contribuintes britânicos»
Um porta-voz do departamento explicou que a atribuição de fundos à visita do papa, cerca de 2,2 milhões de euros, foi "um reconhecimento do papel da igreja católica como um contribuidor importante nos serviços de saúde e educação dos países em vias de desenvolvimento".
A visita de quatro dias de Bento XVI ao Reino Unido custou cerca de 11 milhões de euros aos contribuintes britânicos»
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Spam
A caixa de spam do meu e-mail está outra vez a negrito. Enquanto clico no botão para eliminar as mensagens e remetê-las para o lixo, os meus olhos ainda enviam alguma informação para o cérebro, que ele faz o favor de processar.
….14 de Fevereiro…. Delete? Ok.
….Xanax… Delete? Ok.
Desculpem, mas não é coincidência. Para aguentar o fingimento do primeiro, só com doses preventivas do segundo. É que não há pachorra!
Aí vêm os ursinhos de peluche (encarnados e brancos) e as almofadas em forma de coração (encarnadas), e as caixas de bombons com muitos laços (encarnados) e umas amostras de chocolate lá dentro, e toda uma colecção de outras inutilidades (encarnadas) para assinalar este dia.
E o resto do ano? Desgostamos de quem amamos neste dia? Agredimos aqueles a quem fazemos festas nesta data? Insultamos os mesmos a quem agora dedicamos os poemas? Exigimos a mesa posta e a comida no prato daqueles a quem levamos a jantar fora nesta noite?
Há 365 dias no ano. Não gastem os afectos todos neste. Não esbanjem as poupanças em prendas caras que não apagam a ausência dos outros dias. Não sejam tolos, isto é só um golpe publicitário, nada mais… e ainda por cima, é tudo encarnado!
….14 de Fevereiro…. Delete? Ok.
….Xanax… Delete? Ok.
Desculpem, mas não é coincidência. Para aguentar o fingimento do primeiro, só com doses preventivas do segundo. É que não há pachorra!
Aí vêm os ursinhos de peluche (encarnados e brancos) e as almofadas em forma de coração (encarnadas), e as caixas de bombons com muitos laços (encarnados) e umas amostras de chocolate lá dentro, e toda uma colecção de outras inutilidades (encarnadas) para assinalar este dia.
E o resto do ano? Desgostamos de quem amamos neste dia? Agredimos aqueles a quem fazemos festas nesta data? Insultamos os mesmos a quem agora dedicamos os poemas? Exigimos a mesa posta e a comida no prato daqueles a quem levamos a jantar fora nesta noite?
Há 365 dias no ano. Não gastem os afectos todos neste. Não esbanjem as poupanças em prendas caras que não apagam a ausência dos outros dias. Não sejam tolos, isto é só um golpe publicitário, nada mais… e ainda por cima, é tudo encarnado!
Não havia necessidade...
Na verdade, estava farto de a aturar. É certo que se tinha casado com ela, mas lá por isso não era obrigado a suportá-la até ao fim da vida. Como não tinha instintos assassinos, resolveu utilizar a arma mais poderosa que possuía. Não era um saca-rolhas, mas sim a password de acesso à lista de potenciais terroristas impedidos de entrar na Grã-Bretanha.
Primeiro, mandou-a dar uma volta para visitar familiares e depois, aproveitando a sua condição de funcionário dos serviços de imigração britânicos, colocou a mulher na lista de potenciais terroristas, "para se ver livre dela". No regresso da viagem, a mulher, paquistanesa, foi impedida de entrar pelas autoridades inglesas.
A pobre ainda telefonou ao marido (estou a imaginá-la a pegar no telefone, ameaçando usar as suas influências), e ele prometeu "ver o que se passava", mas deixou-a retida no Paquistão durante 3 anos. Sim, 3 anos.
Acabou por ser descoberto porque concorreu a uma promoção para a qual se requeria um nível de segurança muito elevado, sem qualquer registo de incidentes. Infelizmente para ele, o facto de a mulher estar incluída na "lista de potenciais terroristas", acendeu a luz vermelha. Tentando salvar o emprego, apressou-se a confessar ter sido ele o autor da proeza. Acabou despedido. E certamente, divorciado. Ou talvez não, porque isso seria um alívio.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
...
Dói-me a cabeça. Tenho a casa toda esburacada graças à competência da espécie rara de canalizador que fez a obra de recuperação na minha casa, antes de eu a comprar. As roturas parecem grãos de milho no micro-ondas. Pop, pop, pop.
Lavei a louça em alguidares dentro da banheira, porque os senhores que andam aqui a trabalhar fazem todos os dias uma série de truques, antes de saírem, para vedar a água onde há rotura mas permitir que ela passe livre para a casa de banho. Os pratos é que devem ter estranhado, em vez de serem enxaguados com aquele fio preguiçoso que sai da torneira da cozinha, foram submetidos a um duche enérgico de água quase a ferver.
Também conseguem deixar-me a canalização da máquina da roupa desimpedida. Primeiro perguntaram se me fazia falta, mas como eu estava de frente para eles, antes que a minha boca se abrisse para dizer "sim, por favor", o pânico de ver o cesto da roupa suja a vomitar por todos os lados tomou conta de mim, e os meus olhos esbugalhados fizeram o resto. "Esteja descansada, nós deixamos-lhe a máquina pronta a funcionar". Abençoados.
Está mais que certo que vou ter de substituir o chão. Há buracos em todo o lado. Eu sei que tinha esse projecto em mente, mas eu não me importava de esperar mais uns tempos, a sério! Estou habituada a esperar, não sei porque é que o Destino me faz estas coisas. Decide por mim, atravessa-se no meu caminho e prega-me rasteiras a torto e a direito. Sobretudo quando eu tenho a infeliz idéia de dizer em voz alta que a minha vida já vai entrando nos eixos outra vez. É o pior que posso fazer, já reparei.
É por isso que estou a escrever esta ladaínha toda. Para me lamentar. Para ver se o destino tem pena de mim, que sou tão desgraçadinha, e me faz uma surpresa boa. Só para variar...
Já disse que me dói a cabeça?
Lavei a louça em alguidares dentro da banheira, porque os senhores que andam aqui a trabalhar fazem todos os dias uma série de truques, antes de saírem, para vedar a água onde há rotura mas permitir que ela passe livre para a casa de banho. Os pratos é que devem ter estranhado, em vez de serem enxaguados com aquele fio preguiçoso que sai da torneira da cozinha, foram submetidos a um duche enérgico de água quase a ferver.
Também conseguem deixar-me a canalização da máquina da roupa desimpedida. Primeiro perguntaram se me fazia falta, mas como eu estava de frente para eles, antes que a minha boca se abrisse para dizer "sim, por favor", o pânico de ver o cesto da roupa suja a vomitar por todos os lados tomou conta de mim, e os meus olhos esbugalhados fizeram o resto. "Esteja descansada, nós deixamos-lhe a máquina pronta a funcionar". Abençoados.
Está mais que certo que vou ter de substituir o chão. Há buracos em todo o lado. Eu sei que tinha esse projecto em mente, mas eu não me importava de esperar mais uns tempos, a sério! Estou habituada a esperar, não sei porque é que o Destino me faz estas coisas. Decide por mim, atravessa-se no meu caminho e prega-me rasteiras a torto e a direito. Sobretudo quando eu tenho a infeliz idéia de dizer em voz alta que a minha vida já vai entrando nos eixos outra vez. É o pior que posso fazer, já reparei.
É por isso que estou a escrever esta ladaínha toda. Para me lamentar. Para ver se o destino tem pena de mim, que sou tão desgraçadinha, e me faz uma surpresa boa. Só para variar...
Já disse que me dói a cabeça?
Leitores para a vida
O folheto explicativo do projecto está disponível em todas as Bibliotecas do Concelho, e também aqui.
Entretanto, terá início já este mês o programa de formação contínua (gratuita e aberta a todos os que a queiram frequentar), e já estão abertas as inscrições para as primeiras acções.
Mais esclarecimentos e ficha de inscrição aqui.
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