Silêncio. Não vale a pena. Há algo que tu não compreendes.
Um dia, com certeza, saberás. Ou então não, porque afinal era insignificante. Um mal-entendido,
uma indisposição, uma falta de paciência. Bem sei, que culpa tens tu? Não
resmungues, ignora. Não tem importância, de certeza. Não pode ter.
Talvez o problema esteja em ti. Incomodas. Trazes peso nos
ombros e as pessoas não querem mais peso, percebes? Querem rir alegremente,
dizer tolices, sentir a leveza da irresponsabilidade. E tu sempre com esses
pesos. Incomodas, percebes?
Talvez o problema não esteja em ti. Isso é só um complexo
que te persegue. Vive a vida, ri também despreocupadamente, diz tolices, que
interessa se tens problemas para resolver? Ninguém vai resolvê-los por ti…
Mantém o teu rumo. Não é o conselho que dás sempre?
Claridade, lembras-te? Precisas de claridade, tens de esperar que ela chegue e
separe o trigo do joio. Procura o teu porto de abrigo e espera. Tem paciência.
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