terça-feira, 2 de agosto de 2011
Como já devem ter percebido, tenho um gostinho especial pela culinária. Sigo a série Masterchef (Austrália) há algum tempo (SIC Mulher) e agora, também na versão portuguesa na RTP.
É confrangedor ver como, apesar do enorme esforço da produção para que todas as condições sejam idênticas nas várias versões do Masterchef, os dois programas parecem a sorte grande e a aproximação.
Na versão australiana, o programa é apresentado por dois divertidos, competentes, porém humildes chefs (Gary Mehigan e George Calombaris), acompanhados por um emproado mas simpático crítico gastronómico (Matt Preston).
Os concorrentes conseguem competir em ambiente de entreajuda e equipa, e apesar das sucessivas provas e rondas eliminatórias, mantêm uma enorme solidariedade e amizade. Já experimentei a receita da Pavlova e de uns calamares muito mais fáceis e saborosos que os habituais.
Em Portugal, há 3 chefs donos da verdade absoluta, sem um pingo de simpatia, porque a produção destes programas acha que os concorrentes precisam de ser assustados e viver em pavor constante. A apresentação fica a cargo da bengala de serviço na RTP, Sílvia Alberto. As rondas eliminatórias desapareceram e foram substituídas pelas decisões absolutamente arbitrárias do júri, que já demonstraram bem as suas preferências e a protecção que dão a alguns concorrentes (que entretanto já andam às turras).
Na versão australiana, há Masterclasses, onde os concorrentes (e nós) aprendem a confeccionar vários pratos com os anfitriões do programa. Na versão portuguesa só há arrogância.
Até a forma como as provas são concluídas é diferente. Do sorridente "Step away from your benches", passou-se para um ameaçador "Ninguém toca mais nos pratos!"
Resultado: Da demonstração australiana de que a cozinha pode ser um lugar feliz, passa-se para a versão portuguesa da cozinha como um lugar de sofrimento. Que pena...
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Apoiado. Por alguma razão nunca me aproximo do local.
ResponderEliminarMais valia nem terem a versão portuguesa do MasterChef ...
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