Açúcar Amarelo: Os maiores cromos dos anos 80, para as minhas colegas que são "jovens"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Os maiores cromos dos anos 80, para as minhas colegas que são "jovens"

Pois é colegas, vocês podem ser novinhas, têm menos de 40 anos e tal... mas a vossa juventude nunca será tão divertida como a nossa porque não tiveram estas pérolas a abrilhantar as tardes de sábado, quando dava o top+, ou coisa do género.

Costumo ver uma série (acho que é na Fox) em que a protagonista parece a reencarnação do moreno. Não acham?

8 comentários:

Tiago R Cardoso08/08/11, 21:53
outros tempos.
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marta, a menina do blog08/08/11, 22:04
E o que é mais fantástico, é que isso, na altura, era o supra-sumo do moderno e actual!
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Julie D´aiglemont08/08/11, 22:34
De vez em quando canto o "Brother Louie" para chatear um amigo que se chama Luís. Uma classe de uma música, eheh
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Anónimo08/08/11, 23:06
Tão psicadélicos!
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Anónimo09/08/11, 09:51
Eu tenho menos de 40 (bastante jovem, portanto...) e tinha uma colecção de calendários com estas vedetas! Era mesmo a nata da nata da altura. Hoje só posso agradecer não ter tido autorização para decorar as paredes do quarto com posters. Mas os a-Ah eram mais fofinhos. :)
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António de Almeida09/08/11, 13:49
Estes nem foram os piores. Se fosse fazer uma lista dos cromos dos 80's, que felizmente caíram no esquecimento, 50 nomes seriam insuficientes... A década de 80 trouxe coisinhas muito boas, como Nick, Cave, The Cure, Cocteau Twins, Dead Can Dance, The Smiths, Talking Heads, U2 ou Brian Adams, entre outros e nem estou a incluir aqui os que já tinham alcançado alguma notoriedade nos 70's, mas atingiram o apogeu nos 80's (Police ou Dire Straits por exemplo) nem tão pouco os que formados durante os 80's, alcançaram a fama mundial no início dos 90's (Nirvana, Pearl Jam ou Mazzy Star), que hoje ainda ouvimos, seja nos projectos de origem, a solo ou outros.
A década de 80 trouxe alguns dos piores canastrões da história da música, mas actualmente também os há e até vendem, apesar de não chamar bem música a certas modas...
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Anónimo09/08/11, 21:40
O mais incrível é que o ultimo album de 2003 é tão piroso como o primeiro de 1985. A juntar á lista do António Almeida deixo os Metallica, Iron Maiden, Helloween, Anthrax, Megadeth, Judas Priest, Motorhëad,Ozzy Osbourne e muitos outros que completam a década de ouro do Heavy Metal mundial.
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Anónimo10/08/11, 00:03
E uma rubrica com músicas que já foram top de vendas e hoje nos parecem completamente desactualizadas?
Só alguns exemplos. E não vale a pena fingir que nos passavam ao lado e ouviamos coisas mais eruditas. Era isto o Top de vendas...

http://www.youtube.com/watch?v=y1kHrTTtAqM

http://www.youtube.com/watch?v=9jK-NcRmVcw&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=KrZHPOeOxQQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=Lr0xJBsVbZY

http://www.youtube.com/watch?v=pIYfgXKloMU
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Açúcar Amarelo

Primeiro, era a viagem de carro. Curvas e mais curvas no carocha amarelo que o meu pai comprou em 1976. Ao princípio, apenas eu e a minha irmã Marta no banco de trás, depois com a Sara e a Patrícia aninhadas entre nós as duas.

Quando chegávamos a Brinches, íamos logo ter a casa da minha avó. Ficava na rua da entrada, perto de uma igreja, e da Escola onde a minha irmã ainda frequentou a tele-escola naqueles meses inseguros de 1974.

Entrávamos sempre pelo quintal, que fazia uma espécie de corredor ao longo da casa e terminava num pátio, aconchegado pela sombra de uma parreira. Lembro-me de passar aí muitas horas, a conversar e sobretudo, a ouvir as conversas dos “grandes”. O meu avô gostava de fazer aí a barba, com uma bacia e um espelho rectangular pendurado no tronco da parreira.

Entrávamos em casa pela cozinha. Ele aí está, o cheiro da casa da minha avó. Cheira a nós, à nossa vida. Cheira a barro cheio de água fresca e a comida a acabar de cozinhar no fogão. Cheira a taipa e a cal.

Da cozinha passávamos para a casa de jantar, que era também a entrada de casa pela porta principal, e daí para os dois quartos. Na cozinha estava também a porta para a despensa, a minha divisão preferida da casa. Como me parecia enorme aquela despensa… Sempre na penumbra, era ali que se guardava tudo. O cântaro do azeite e a conserva das azeitonas, o queijo de cabra sequinho, as mercearias, os chocolates que a minha avó escondia apenas para que levasse algum tempo a encontrá-los e comê-los às escondidas. E era ali que guardava os pacotes de papel pardo com açúcar amarelo. Às vezes, havia dois pacotes. Era sinal que um deles era para nós trazermos para Moura.

Quando o açúcar se acabava, ia com a minha avó à rua que ia dar ao vale, à loja do vizinho Lico. Outra vez o cheiro. Cheirava a linguiça e a queijo, ao feijão e grão ensacados, a café, a farinha, a sabão azul e branco, a cera vendida a peso, a tudo o que a minha imaginação alcançava.

Do lado direito da porta, encostada à parede, estava a saca do açúcar amarelo, com a colher de latão, para encher os pacotes de ¼ e ½ quilo que as mulheres iam comprar. Eu ia sempre ver quando o vizinho Lico enchia o pacote, na esperança de que viessem muitos torrões, que eu adorava comer à socapa.

Às vezes, na volta, e quando a minha avó estava bem-disposta, passávamos pela casa de uma vizinha, ao lado do posto da GNR, para comprar pirolitos. Eram chupa-chupas caseiros feitos com água, açúcar e mel, com a forma de um cone muito esguio. Havia de vários tamanhos e eu levava sempre muito tempo a decidir quais os que queria. Os grandes eram tão bons, mas só podia comprar um ou dois. Dos pequenos podia comprar mais, mas acabavam-se num instante…

Basta-me fechar os olhos. Saborear o açúcar amarelo a desfazer-se numa chávena de café ou a envolver uma fatia dourada. Tudo volta: O carocha amarelo, a luz do dia no quintal da minha avó, a voz do meu avô, a sombra da parreira, o cheiro da despensa. Nós ainda somos pequeninas, a vida está à nossa frente e tudo, absolutamente tudo, é possível.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Os maiores cromos dos anos 80, para as minhas colegas que são "jovens"

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