quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cortar, mas só para alguns

Cada vez que há uma greve aparecem os arautos do bom-senso. "Ah, e tal, os trabalhadores têm razão, têm de lutar pelos seus direitos, mas não têm o direito de prejudicar aqueles que querem trabalhar". Seria de esperar que o mesmo tipo de raciocínio se aplicasse a todas as classes profissionais.

Porém, tal não acontece. Operários e funcionários públicos perderam o direito de protestar perante a opinião pública, mas esse direito continua a ser válido e pertinente em determinadas classes profissionais, como é o caso dos médicos.

Perante a ameaça dos profissionais de saúde de cessarem a prestação de horas extraordinárias, o governo decidiu criar um regime especial para médicos e enfermeiros, permitindo-lhes o pagamento de valores superiores ao de todos os restantes funcionários públicos pelo trabalho extraordinário.

A saúde é um sector fundamental? Sem dúvida. Tal como a educação, os transportes, a segurança pública, etc., etc.

Os médicos e enfermeiros não estão a ser beneficiados, antes pelo contrário. Os restantes profissionais especializados nas suas respectivas áreas é que estão a ser prejudicados, para ser delicada.



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