A esta altura do campeonato, aquelas pérolas que o sr. Almeida Santos deita cá para fora já deviam ter deixado de me incomodar. A verdade, é que eu já devia estar imune ao desrespeito que ele tem pelos portugueses que lhe pagam a reforma, mas não. Continuo a ouvir, a ler e a ficar em pulgas.
Hoje, o senhor veio declarar que as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2011 poderão levar o Governo a "perder o poder", além de perder "popularidade e votos".
Admitir a preocupação em "perder o poder" é reconhecer que esse - o poder - foi sempre o único objectivo e a única meta. Qual missão nobre de servir o país, qual plano de desenvolvimento para tornar Portugal melhor, qual ambição de realizar obra! O que está, o que sempre esteve em causa, é apenas o poder, só o poder e nada mais que o poder.
E agora, esta chatice das medidas de austeridade, são uma maçada, não porque impliquem "sofrimento para as pessoas", isso é o menos, mas porque os portugueses começam a andar descontentes e ainda hão-de ter a triste ideia de votar noutros quaisquer, e depois, lá se vai o poder. Com certeza vão obrigar os deputados do PS a trocar de gabinetes com os deputados do partido que irá ganhar as eleições, porque os gabinetes são todos iguais, mas convenhamos, foi o que aconteceu quando o PS venceu as legislativas, obrigou o PSD a trocar e foi um virote, os derrotados para um lado e para o outro com a bagagem às costas, para sentirem o peso da humilhação. E os jobs, vai ser um trinta e um, onde é que encaixamos tanto boy...
E tudo porque estes desgraçados destes portugueses andaram a gastar acima das possibilidades, coisa que o governo e o sistema financeiro jamais incentivaram. Se calhar pensavam todos que tinham duas ou três reformas, como o sr. Almeida Santos...
Tanta conversa, tanto protesto, e afinal, só há um prejudicado com este orçamento: É o pobre e inocente PS, que vai perder o poder.
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O problema deste senhor é mesmo o poder, até sempre lá esteve.Para quem não sabe este senhor foi intérprete do canto e da guitarra de Coimbra, devendo-se-lhe a ele umas conhecidas Variações em ré menor.Até porque vindo da força politica de onde vem só podia ser em "ré", uma vez que "Lá" daquele lado "Sol" pouco se vê e "Dó" é coisa que não têm.
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