terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Estado do Estado

O Diário de Notícias está a conduzir desde o último fim-de-semana uma grande investigação sobre o Estado e a situação a que chegámos.

Na Sexta-feira ficámos a saber que a maioria das entidades públicas não presta contas: Em 13740, só 1724 apresentam contas, mas destas, apenas 418 são fiscalizadas.

No Sábado, a atenção era dirigida ao recorde de despesas, quando só se ouve falar de contenção. Só em telecomunicações o Estado gastou, na última década, mais do que o valor da Ponte Vasco da Gama e em viaturas, não se sabe ao certo quantas existem, mas rondam as 28 ou 29 mil (!).

No Domingo, o DN avisa que os Recibos Verdes vão triplicar em 2011. O recuo nos salários, para valores equivalentes aos de há dez anos, será completamente anulado pelos gastos com a prestação de serviços que correspondem a trabalho precário, sem contratos ou quaisquer outros direitos.

Ontem, o jornal alertava para a existência de mais de 4500 pensionistas que recebem reformas superiores a 4 mil euros por mês, o que custa ao Estado a módica quantia de 20 milhões de euros por mês.

Hoje, fiquei a saber que eu e os meus filhos temos de pagar uma factura de cerca de 20 mil euros para financiar as tão faladas Parcerias Público-Privadas. Coitadinhos, andam a poupar para os seus projectos pessoais e afinal, devem uma pipa de massa.

Vou acompanhar a investigação do DN, mas espero que um dos números que se seguem (o jornal promete continuar o dossier até dia 15) identifique claramente os responsáveis por todos estes roubos declarados. Infelizmente, ainda parece haver muita gente distraída por aí, que continua a cair no conto do vigário.
            

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