quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Obrigada

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!

Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!

Amigo é o erro corrigido
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada!

Amigo é a solidão derrotada!

Amigo é uma grande tarefa,
É um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill

3 comentários:

  1. Nem mais. Quantos enchem a boca com essa palavra e, no fim do fim, descobrem que não conseguiram derrotar a solidão?
    Só quem semeia em campo fértil pode ter a pretensão de, um dia, ter o retorno daquilo que plantou.

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  2. Vocês, Revendedores da Bimby, acabam comigo. Partem-me as pernas. Como é que eu posso continuar a criticar a Humanidade, se vocês existem?

    Ontem era um dia que podia ter sido apenas normal, e afinal foi muito especial, porque no momento certo, vocês compareceram mesmo sem terem sido chamados e mais uma vez, surpreenderam-me. Ainda me conseguem surpreender.

    E ontem à noite, naquele bocadinho que eu tanto temo, entre o apagar das luzes e o momento em que finalmente durmo, em vez do coração apertado de todas as noites, senti um orgulho enorme, porque a palavra amigo tem cara, tem a vossa cara, a vossa voz, o vosso ombro, a vossa mão estendida. Obrigada, obrigada, obrigada.

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