A 31 de Janeiro de 1891 deu-se a revolta da guarnição militar do Porto. Esta revolta foi o culminar do clima de insurreição que se instalara na sociedade portuguesa, resultante do sentimento de indignação provocado pela cedência ao
ultimato inglês. Por toda a parte, conspirava-se abertamente. Na imprensa, alguns intelectuais incitavam os militares à rebelião, que tinha como chefe civil o republicano Alves da Veiga. As forças rebeldes eram constituídas por soldados, cabos, sargentos e por três oficiais de baixa patente, tendo os sargentos desempenhado um papel decisivo na preparação e eclosão da revolta. Foi proclamada a República e anunciado o governo provisório nos Paços do Concelho, perante os militares revoltosos e os populares que, entretanto, se lhes juntaram.
Atacados pela Guarda Nacional, que se conservava fiel ao governo, os revoltosos viram-se obrigados a dispersar. Em poucas horas, a revolta foi debelada e os vencidos tiveram como destino a prisão e o exílio. Foi, no entanto, no 31 de Janeiro que, pela primeira vez, os republicanos se propuseram derrubar a monarquia pela via revolucionária.
Alguns dos revoltosos do 31 de Janeiro de 1891,
no Vapor Moçambique,
nas vésperas de seguirem para o degredo.
já cá faziam falta
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