Tem de se aprender a gostar, mas é extraordinária.
Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras
Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe
Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou
Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua
Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz
Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau
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Quando me vieres "ouver", prometo que ta canto, só para ti... ;)
ResponderEliminarBeijo prima!
Acompanho ao de longe a carreira do Rui Veloso, mesmo antes de ele ter vindo actuar na sala d'Os Leões (sim em Moura).
ResponderEliminarEle tem uma cantiga que está no seu 2º LP no 10º lugar do alinhamento e que me deixa sempre uma sensação de revolta quando a oiço. Curiosamente tem um pouco a ver com o seu trabalho.
Aqui fica a letra e vale a pena ouvir.
A Gente Não Lê
Carlos Tê / Rui Veloso
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezítia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E nã quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem.
assina: Sound Shaper Two IC
Também actuou no velhinho cinema ao ar livre, ali na Rua S. João de Deus.
ResponderEliminarTalvez porque esteja a ficar velha, conheço muito melhor essa fase do Rui Veloso do que a actual, por isso conheço bem a música a que se refere e agradeço muito o contributo.
Olha Rogério, vou cobrar!
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