Como já há algum tempo que andava para escrever alguma coisa sobre o tema, deixo aqui a cópia do comentário que enviei.
Já duas ou três vezes que começo aqui um comentário, e depois apago, a pensar: Zélia, não te metas em discussões.
Mas tenho mesmo de meter a colher. Vamos por partes:
1. Casamento entre pessoas do mesmo sexo:
Nem deve ser objecto de referendo, porque são pessoas com vidas próprias e que como tal, têm o direito a tomar as suas decisões. Não aceito que ninguém possa impor a sua vontade sobre a vida de outra pessoa que lhe é estranha, só porque sim, só porque lhe apetece discordar.
Meus amigos, não tenham medo, lá por ser permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, vocês não vão ser obrigados a casar nessas circunstâncias! Mas não têm o direito de impedir que outros o façam, se é essa a sua vontade.
Não me respondam por favor com o argumento da religião. Jesus Cristo era tolerante. Pregava a tolerância, o respeito e o amor pelo próximo. É isso que estão a fazer?
Espero sinceramente que não obriguem o Estado a gastar o dinheiro que nos faz falta a todos em mais um referendo e respectiva campanha, apenas porque algumas pessoas se julgam “mais iguais que outras”.
Quanto à adopção de crianças por casais homossexuais, o que tenho a dizer é muito simples: O que me choca é o número de crianças que passam a sua vida em instituições sem oportunidade de viver numa família. Choca-me que pessoas com disponibilidade, carinho e afecto sejam impedidas de adoptar crianças que poderiam tornar felizes, apenas porque são casadas com pessoas do mesmo sexo, ou porque são solteiras, viúvas ou divorciadas. Mais uma vez é a opinião de alguns “iluminados” a interferir na vida de outras pessoas, a impedir a constituição de famílias e a obrigar crianças a crescerem numa “rede” sem rosto.
2. IVG
Participei activamente na campanha, embora contrariada. O motivo da minha contrariedade era a frustração que sentia por aquele referendo e aquela campanha serem necessários.
Nunca na minha vida interromperia uma gravidez. Fui colocada perante essa possibilidade quando fiquei grávida do meu terceiro filho, cinco meses após uma cesariana de urgência. À pergunta delicada do meu médico, a resposta foi imediata: Nem pensar. A minha decisão, que teve consequências posteriores a nível da minha saúde, valeu-me a existência do meu filho Pedro e da sua permanente boa disposição.
Mas o facto de, em qualquer circunstância, a minha resposta ao aborto ser NÃO, não me dá o direito de impedir outras pessoas de o fazerem. E acreditem, para uma mulher ou um casal ter a coragem de tomar essa decisão, os motivos têm de ser bem fortes.
Além disso, a penalização do aborto nunca impediu que ele fosse praticado. Apenas impedia que as mulheres o fizessem em condições de segurança e higiene, com o apoio médico necessário. Ou seja, sabemos que existe, mas preferimos fechar os olhos. A isto chama-se Hipocrisia.
3. Referendo ao Tratado de Lisboa
Cito as palavras de um comentador anterior: “não temos informação que nos permita ter uma opinião bem formada, mas só o facto dos nossos governantes, não nos facultarem essa informação, já é razão para ficarmos preocupados e até desconfiados.”
É uma matéria que vai afectar a vida de TODOS. É uma matéria que vai regulamentar a economia, a administração, o direito, a política e a nossa identidade. Devia ser objecto de Referendo e de verdadeiro esclarecimento (e não daquelas lutas de galos que costuma ser as campanhas eleitorais). Mas é claro que aqui, não fomos chamados a dar a opinião.
Onde é que se vota? Quero por a cruzinha ao lado do teu nome... :)
ResponderEliminarAssino por baixo, tudo!
Beijo.
... este ruído todo à volta dos casamentos, há-se ser como os touros de morte em barrancos ... tss tsss ... depois de promulgada a lei ... deixa de ter piada a discussão ...
ResponderEliminar... ah já agora ... podem depois dar-me o endereço de algumas moças que hão-de ficar desamparadas ???
LT
Olhe que também existem moçoilas que querem casar umas com as outras.
ResponderEliminarAcho que não vai ter sorte...
É verdade, respeito a opinião de todos e, se vivemos em liberdade, cada um faça como entender. Mas, que graça tem comer pão com pão?
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