Ok, estou a ser um bocadinho intolerante, mas estas tretas com nomes em inglês e cheias de blá-blá-blá positivo não vão transformar ninguém nos melhores pais do mundo, muito menos em apenas uma hora e meia. Não seria mais proveitoso passar o tempo que dura o workshop com os filhos? Ouvi-los, respeitá-los, cuidá-los, demonstrar o nosso afecto? Rir e chorar, estabelecer regras e infringi-las de vez em quando, criar a auto-estima e as memórias que os vão acompanhar ao longo da vida?
A seguir ao workshop há um livro, cheio de frases feitas e muito positivas, com 36 exercícios para fazer com papel e lápis. Talvez os pais que estão "a decidir que tipo de pai ou mãe querem ser", possam arranjar algum familiar ou amigo disponível para tomar conta dos filhos enquanto eles são ensinados a "ser parte da solução".
Também há uns kits especiais (podiam chamar-se pacotes, mas kit é muito mais internacional), caso a sua situação seja realmente dramática, como por exemplo a de famílias monoparentais, que custam apenas 250 euros ao desesperado pai sózinho. Mas afinal de contas, são apenas trocos e trazem à casa dos clientes a mais completa e perpétua harmonia familiar. Não é de estranhar, no fim do processo, os filhos já terão perdido o hábito de conversar com os pais...
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