Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
Miguel Torga
Este homem, Poeta grande, gostava da vida e queria viver!
ResponderEliminarexcelente escolha.
ResponderEliminarPara os infortúnios da vida só a poesia para nos confortar.
ResponderEliminarSim, temos que rir das nossas loucuras. O que faço ao escrever era impensável há um ano.
Carlos - RJ
Tu que foste apenas um começo,
ResponderEliminarDuma aventura que parecia não ter fim,
És hoje tudo mais do que mereço,
Semente deste amor que há em mim
Amor por certo, aqui bem perto
Que descurei, como, só eu sei..
Até quando este sofrer, para ter
A coragem de te prestar homenagem
E do alto do meu pedestal,
dizer, que afinal,
Como tu ,não, não há igual!
Poema de Francesco Molina
Como escrevi noutro lado, obrigado pela partilha...
ResponderEliminarTudo estava como da última vez,
ResponderEliminarAs sombras de uma memória perduram,
Por entre as palavras, procuro o teu rosto
desaparecido desde o teu último olhar
O velho sofá, onde nos amamos, continua
junto às cortinas esverdeadas, desalinhadas
pelo vento, que irrompe da gasta janela,
que espreita altiva, sobre um horizonte,
que já foi nosso.
Ah, o amor, o amor, essa luta incessante,
que travamos e nos desgasta , mas que
eu quero de volta, que me pertence
por direito.
Quero de novo encadear-me no teu sorriso,
Quero de novo a nossa história, estou farto
das memórias!
Não encontro já nas palavras, o teu rosto.
Francesco Molina