Quando é que o cativeiro
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?
Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?
Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?
Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.
Fernando Pessoa
A menina sente-se perdida? E o magnífico contador que te acompanha, no topo do blog, é muito agradável...
ResponderEliminarAdoro Fernando Pessoa, regularmente publico poemas seus no FB...
ResponderEliminarQuase sempre somos os maiores inimigos de nós próprios, e Fernando Pessoa é um bom exemplo disso. Valeu-lhe o génio no meio de tanto pensamento inconclusivo.
ResponderEliminarEssas perguntas só encontram respostas dentro de nós.
ResponderEliminarÉ tudo muito difícil...
ResponderEliminar@ António o Implume
ResponderEliminarPronto, já tirei o contador. Que picuinhas que os meninos são... Está contentinho?
Sobravam ao ser humano Fernando Pessoa qualidades para nos mostrar suas fraquezas de imortal.
ResponderEliminarAos nossos políticos falta-lhes inteligência e sensibilidade para se indagarem até onde vão suas limitações.
Aparentar importância, na terra dos Srs. Doutores, é exigência cultural da herança discriminatória do passado. Esses falsos valores arruínam o País.
“Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”? Abraham Lincoln
Carlos - RJ