Em 1994, a descoberta de arte rupestre nas grutas que ficariam alagadas com a construção da barragem, motivou o protesto de especialistas em arqueologia e pré-história, iniciando uma onda que alastrou para todo o país, contribuindo ainda de forma decisiva para a queda do então Primeiro Ministro Cavaco Silva, acusado de inflexibilidade, insensibilidade e obsessão pelos interesses económicos.
Ao tomar posse, uma das primeiras medidas de António Guterres foi justamente a suspensão das obras de construção da Barragem do Côa, salvaguardando as gravuras rupestres, bem como as espécies de fauna e flora locais em risco de desaparecimento sob a água do Côa.
A arte das margens do Rio Côa foi classificada como Monumento Nacional em 1997 e Património da Humanidade em 1998 pela UNESCO, considerando que “A arte rupestre do paleolítico superior do Vale do Côa é uma ilustração excepcional do desenvolvimento repentino do génio criador, na alvorada do desenvolvimento cultural humano" e ainda que "A arte rupestre do Vale do Côa demonstra, de forma excepcional, a vida social, económica e espiritual do primeiro antepassado da humanidade”.
Mais informações sobre o Parque Arqueológico do Vale do Côa aqui.
Deviamos ter feito o mesmo com Alqueva por causa dos muinhos do Guadiana, ao menos eramos um pouco mais felizes fazendo aquelas pangalhadas de fim de semana. Era o bom que o monstro nos tirou em troca de Paulos Gonzos, Marizas (com"Z") e pouco mais que isso. O património foi por água desapareceu e deixou apenas um vazio que vamos lembrando nas histórias de um povo triste que se vai contentando com uma parede de cimento.
ResponderEliminar... porque apagaram numa das fotos o que estava escrito ???
ResponderEliminar... num dos rabiscos, por baixo estava escrito : Toino 1944 ...
tss tsss
LT