Até me esqueci que este ainda é o país do José Sousa que insiste em ser confundido com o filósofo e das suas políticas burlescas. No Expresso deste sábado, havia isto:
Tomás Bacelos, de 23 anos, é considerado o «melhor» aluno do país a entrar este ano na faculdade. A nota de entrada não deixa margem para dúvidas - 20 valores - , mas o caso torna-se particular pelo facto deste jovem não ter terminado o 12.º ano da forma habitual, mas sim através das Novas Oportunidades. [...] entrou na Universidade de Aveiro, no curso de Tradução, e, de acordo com as listas do Ministério do Ensino Superior, é o aluno com a nota mais elevada de entrada.
Os 20 valores que colocam Tomás no topo da lista das melhores notas de entrada na faculdade não têm em conta as notas do secundário, que Tomás não terminou.
A situação é permitida por lei. Mas Tomás sente que beneficiou de uma injustiça. «Para mim, foi óptimo, Mas é claro que é bastante injusto porque os outros passam anos a esforçar-se para terem boas médias. Com o Novas Oportunidades, uma pessoa que só tem o 7.º ano pode fazer o 9.º em seis meses e a seguir, em ano e meio, consegue tirar o 12.º. Se tiver sorte, pode passar à frente [no acesso à universidade] e tirar o lugar às pessoas que fizeram esse esforço», admite Tomás.
Pela honestidade em reconhecer o insólito da situação, desejo ao Tomás muita sorte para a frequência e conclusão do seu curso. Mas tudo isto é, cada vez mais, uma palhaçada.
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Será que o problema está na forma de aplicação do RVCC ou no próprio modelo?
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